Furtos e vandalismo inutilizaram
20% das 300 lixeiras instaladas em dezembro pelo
Governo do Paraná na orla de Guaratuba, Matinhos
e Pontal do Paraná.
Levantamento do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) mostra que 60 lixeiras foram roubadas ou destruídas
pouco mais de um mês após a instalação,
em 23 de dezembro.
As lixeiras — feitas de metal
e com recipientes separados para resíduos
orgânicos e recicláveis — custaram
R$ 19 mil, pagos com dinheiro público. O
IAP instalou 100 lixeiras nas praias de cada um
dos balneários. Em cada um, 20 não
tem condições de uso ou simplesmente
desapareceram, constataram os técnicos.
Os veranistas podem denunciar
furtos ou depredação das lixeiras.
Além de avisar a Polícia Militar,
ligue para a Força Verde (0800 400 304 ou
8435 8234). “O material usado na fabricação
das lixeiras é aço galvanizado. Ele
tem pouco valor comercial como sucata”, explica
Adriana Ferreira, coordenadora do Programa Nossa
Praia é Limpeza.
Para repor uma lixeira furtada
ou depredada, o Estado gasta R$ 42. “Quem for apanhado
depredando o patrimônio público será
levado à delegacia”, avisa Adriana. Além
das lixeiras de metal, o Governo do Paraná
investiu R$ 10 mil na instalação de
150 recipientes de concreto nos balneários
mais afastados, onde foram investidos R$10 mil.
Desde 2006, a orla recebeu 1.280 novas lixeiras.
+ Mais
Fiscalização aérea
fortalece proteção ao meio ambiente
no Litoral do PR
Durante a Operação
Viva o Verão, o Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) intensifica o monitoramento ambiental no Litoral
do Estado fazendo fiscalizações aéreas
com o Batalhão de Polícia Ambiental
Força Verde. Desde o início deste
mês, oito sobrevôos já foram
realizados na região da Ilha do Mel, Paranaguá,
Guaraqueçaba, Superagui, Ilha das Peças,
além de toda extensão da orla paranaense.
“Utilizando um avião motoplanador
e um helicóptero, as equipes procuram possíveis
focos de desmatamento, pesca de arrasto, depósitos
de lixo a céu aberto e construções
irregulares”, explicou o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.
“Além disso, também intensificamos
a fiscalização em terra e em alto
mar. No total, foram investidos R$ 670 mil para
proteger ainda mais nossos remanescentes de mata
atlântica, vegetação típica
da região litorânea, que estão
entre os mais significativos do país”, acrescentou.
Ao avistar situações
suspeitas, os fiscais que estão no avião
usam um aparelho de GPS (sigla em inglês para
Sistema de Posicionamento Global) para georreferenciar
as áreas. As coordenadas geográficas
– latitude e longitude – registradas no aparelho
são repassadas às equipes que atuam
em terra ou embarcadas para que façam a vistoria
no local.
AGILIDADE - O capitão César
Lestechen, que comanda a 1.ª Companhia de Polícia
Ambiental (responsável pela região
do litoral), ressaltou que um dos principais benefícios
da fiscalização aérea é
a identificação de pontos não
visíveis quando se está em terra.
“Com os aviões localizamos desmates que do
ponto de vista horizontal são difíceis
de serem detectados, pois muitos deles estão
encobertos por árvores que formam verdadeiras
cortinas florestais e escondem a degradação”,
comentou.
Segundo ele, o uso de aeronaves
também traz agilidade à fiscalização.
“Nos poupa tempo e recursos, pois o GPS informa
precisamente o local da área e isso facilita
e torna mais rápido nossos procedimentos”,
acrescentou.
A fiscalização aérea
já tem se mostrado muito eficiente, segundo
o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko. “Durante
um sobrevôo feito no último dia 11,
os fiscais identificaram uma grande área
degradada na localidade de Emboguaçu (município
de Paranaguá) e encaminharam as informações
à equipe em campo para verificar se o proprietário
da área tinha autorização para
corte de árvores”, disse.
Na ocasião, foi constatado
o desmatamento de quase 16 hectares de mata atlântica
em estágio médio de desenvolvimento,
outros 2,9 hectares foram roçados e ainda
5,8 hectares de mangue, considerado Área
de Preservação Permanente, foram degradados.
“Para se ter idéia do estrago, cada hectare
equivale a um campo de futebol profissional”, destacou
Burko.
A vegetação considerada
em estágio médio de desenvolvimento
tem entre 10 e 20 anos de existência e uma
de suas principais características é
ser composta por cerca de dez diferentes espécies.
Seu corte é proibido de acordo com o decreto
federal número 1000, de 1993, que permite
apenas o corte de vegetação em estágio
inicial de desenvolvimento. Já o bioma mata
atlântica é considerado patrimônio
nacional e seu desmate é considerado crime,
de acordo com lei federal.
As duas empresas proprietárias
do terreno em que houve o desmate foram autuadas
em R$ 40,5 mil cada. Além destas irregularidades,
também foram encontrados cerca de 300 metros
cúbicos de lenha cortados sem autorização.
+ Mais
Sanepar reforça equipe
para fiscalizar
A Sanepar intensificou a fiscalização
das ligações de esgoto, em Guaratuba.
Cerca de 40 empregados da empresa, que atuam em
diversas cidades do Paraná, foram levados
para o Litoral para reforçar o trabalho.
Eles estão vistoriando todos os imóveis
onde já existe rede coletora de esgoto. Nos
locais em que a rede ainda não passou, eles
orientam sobre a necessidade de construção
de fossas sépticas e a limpeza periódica
das já existentes. A ação conta
com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná
(IAP), Força Verde e Poder Judiciário.
Em seis dias da segunda etapa
do Programa “Se ligue na Rede”, em Guaratuba, as
equipes vistoriaram 2.184 imóveis, destes
786 receberam o certificado de regularização.
No mesmo período, foram notificados 27 imóveis
que estavam com fossas irregulares.
A maior dificuldade encontrada
pelas equipes da empresa ainda é a ausência
dos moradores. Cerca de 35% das residências
estavam fechadas. O presidente da Sanepar, Stênio
Jacob, afirma que a Sanepar vai continuar o trabalho
de orientação e fiscalização
até que todos os imóveis estejam regulares.
“Vamos manter as ações durante o ano
todo e vamos utilizar todos os mecanismos possíveis
para que sejam eliminados todos os lançamentos
irregulares”, acrescentou.
PROJETO-PILOTO – A metodologia
de trabalho e a forma de intensificação
do programa “Se Ligue na Rede”, que está
sendo desenvolvida no Litoral do Paraná,
também será estendida a todas as cidades
do Estado.
De acordo com a diretora de Meio
Ambiente e Ação Social da Sanepar,
Maria Arlete Rosa, os empregados que vieram ao Litoral
estão sendo treinados para levar às
suas cidades o conhecimento e experiências
adquiridos. “O Governo do Estado tem uma política
de saneamento e a companhia está cumprindo
esta política, que é promover a saúde
pública e contribuir para a despoluição,
não só do mar, mas de todos os rios
do Paraná”, completa.
O programa tem por objetivo conscientizar
a população sobre a importância
de fazer corretamente a ligação do
esgoto à rede coletora da Sanepar.
LACRES – Até segunda-feira
(28), a Sanepar já havia lacrado 41 saídas
de esgoto irregulares em Matinhos e Guaratuba. O
trabalho conta com o apoio do Instituto Ambiental
do Paraná (IAP) e Força Verde. Os
lacres evitam que o esgoto seja lançado diretamente
em canais, galerias ou no mar. Além dos lacres,
foram realizadas 29 autuações.