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GOVERNO EVITA QUE PAC ELEVE DESMATAMENTO, DIZ PRESIDENTE DO IBAMA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

25 de Janeiro de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente interino do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Bazileu Margarido, disse que o governo trabalha para evitar que as obras do Programa da Aceleração do Crescimento (PAC) intensifiquem o desmatamento na Amazônia.

“Estamos trabalhando e empenhando um esforço muito grande para que isso não aconteça”, comentou, questionado sobre se o PAC pressiona por mais desmate na região.

Diante de pergunta sobre a relação entre grandes empreendimentos e o aumento da destruição da floresta amazônica, ele respondeu que o Brasil precisa chegar a um resultado que concilie desenvolvimento econômico e social e preservação dos recursos naturais.

“Em todos os países do mundo, o modelo de desenvolvimento sempre representou degradação de recursos naturais, isso ocorreu nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia. O modelo de desenvolvimento capitalista é intensivo em uso de recursos naturais. No Brasil, precisamos provar que somos capazes de promover o desenvolvimento econômico e social com proteção dos recursos naturais”, avaliou em entrevista à Agência Brasil na noite de ontem (24). “Não é algo fácil de ser feito”, acrescentou.

O presidente do Ibama citou o processo de licenciamento ambiental da BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) como exemplo de que é possível equacionar crescimento e sustentabilidade. Segundo ele, quando o governo anunciou o asfaltamento da estrada, em 2002, o resultado foi um aumento de 500% do desmatamento da região.

“Paramos o processo, o governo fez um grupo de trabalho para propor um plano de desenvolvimento sustentável. Foram criados 8,5 milhões de hectares em unidades de conservação, terras indígenas, houve regularização fundiária”, citou. De acordo com Margarido, após as medidas, o desmatamento na região da rodovia caiu 91%.

Ao comentar os números de aumento do desmatamento, apresentados na última quarta-feira (22) pelo Ministério do Meio Ambiente, e a possibilidade de que a valorização das commodities seja uma das causas do avanço do desmate, Margarido afirmou que o governo ainda precisa aprofundar a análise dos dados para fazer um diagnóstico definitivo.

“Temos, por enquanto, uma coincidência do aumento do preço das commodities, principalmente do boi, e essa intensificação do desmatamento. Mas, por enquanto, ela é apenas uma coincidência que precisa ser melhor avaliada.”

No entanto, o presidente do Ibama reconheceu que em algumas áreas da Amazônia a expansão da agropecuária está diretamente ligada ao avanço do desmatamento. “Em São Félix do Xingu [PA], por exemplo, é possível afirmar que a atividade pecuária cresceu bastante e foi um fator de pressão”, apontou.

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Ministros e governador do MT sobrevoam município campeão de desmatamento

30 de Janeiro de 2008 - Carina Dourado - Repórter da TV Brasil - Sinop (MT) - Os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, da Justiça, Tarso Genro, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, fizeram hoje (30) uma reunião fechada no município de Sinop (MT), com o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi. Os ministros e autoridades também fizeram um sobrevôo na região centro-norte do Mato Grosso para saber como está a situação de Marcelândia (MT), o município que mais desmatou de agosto a dezembro do ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O teor da conversa, no entanto, não foi divulgado. Também participaram do encontro o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, e representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Inpe.

Desde o início da semana, o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, tem questionado os dados do Inpe. O Inpe admitiu que imprecisões no Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter). Os dados, segundo o órgão, serão checados durante o sobrevôo.

Na semana passada, durante a divulgação dos números do desmatamento na Amazônia, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Gilberto Câmara, os dados preliminares não refletem a totalidade da devastação ocorrida na região. Segundo ele, a diferença entre o Deter e o Prodes, sistema de imagens de satélite mais minucioso e que divulga resultados anuais, chega a 40%.

Para o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, a devastação real na Amazônia pode chegar a 7 mil quilômetros quadrados, mais que o dobro dos 3.235 quilômetros quadrados detectados pelo Deter.

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SNA e rede de produtos naturais aderem a manifesto de defesa da floresta amazônica

25 de Janeiro de 2008 - Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - Com cerca de 600 mil assinaturas válidas, o manifesto Amazônia para Sempre, de preservação da floresta amazônica, foi acolhido hoje (25) pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e pela rede de produtos naturais Mundo Verde. Com isso, o manifesto, lançado há um ano, fica mais perto de seu objetivo, que é somar 1 milhão de assinaturas, para se tornar um instrumento público capaz de garantir a defesa da região, agindo como um suporte à lei.

O presidente da SNA, Octavio Melo Alvarenga, colocou à disposição dos organizadores do manifesto todos os meios disponíveis para divulgação da iniciativa. A Mundo Verde também prometeu colocar em todas as suas lojas, inclusive as franqueadas, urnas para coleta de assinaturas.

A atriz Christiane Torloni, uma das idealizadoras do manifesto, disse que a Constituição precisa ser respeitada. Segundo ela, a lei determina que a floresta amazônica é patrimônio nacional e deve ser protegida. "Em qualquer tipo de iniciativa, de desenvolvimento sustentável, tem que se observar a integridade da floresta amazônica. Isso não está acontecendo”, ressaltou.

Dados divulgados no último dia 23 pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontavam um desmatamento na região amazônica de 3.235 quilômetros quadrados entre agosto e dezembro de 2007, ou o equivalente a cerca de 320 mil campos de futebol.

De acordo com Christiane, quando for atingida a meta de 1 milhão de assinaturas, muitas medidas poderão ser pedidas em lei, entre elas, que "as Forças Armadas possam intervir realmente para combater a ilegalidade”. A atriz ressaltou que são justamente ações ilegais que estão desmatando a região amazônica. “Ficam os ministérios batendo cabeça uns com os outros, mas nós sabemos que o que está acontecendo é a ilegalidade”. Para ela, a ilegalidade estaria partindo do próprio governo, ao “permitir as licitações ilegais”.

Segundo a atriz, a floresta amazônica funciona como um regulador da temperatura do planeta. “A floresta tem um sistema de chuvas e de umidade que faz com que a temperatura do planeta se mantenha. Uma das causas do aquecimento global é a emissão dos gases através das queimadas. E, também pela perda de umidade, a temperatura está subindo. Então, nós estamos atrapalhando o planeta em duas frentes. Uma queimando e outra cortando”.

Christiane Torloni fez um convite ao povo brasileiro: “Entre no site www.amazoniaparasempre.com.br e assine você também a favor da imediata paralisação do desflorestamento da nossa querida floresta amazônica.”

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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