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INDÍGENAS RECEBEM ALGODÃO PARA PRODUÇÃO DE ARTESANATO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Janeiro de 2008

(01/02/2008) Aproximadamente cinco toneladas de algodão cultivado nos campos da Embrapa Roraima estão sendo doados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR) para serem utilizados pelas comunidades indígenas na confecção de redes, artesanatos e outros materiais com fibra natural.

O coordenador do departamento de projetos do CIR, Júlio José de Souza - Júlio Macuxi - disse que será discutido com os indígenas da Região das Serras, que têm a tradição de trabalhar com a fibra do algodão, para que o material seja utilizado em projetos de geração de renda na comunidade.

O algodão que está sendo doado pela Embrapa é proveniente de plantios experimentais, para estudos de correção do solo, adubação e uso de reguladores de crescimento para a cultura do algodão, com a finalidade de desenvolver tecnologias para subsidiar o cultivo dessa cultura no Estado.

O pesquisador da Embrapa Roraima, Gilvan Barbosa Ferreira, doutor em solos e nutrição de plantas, responsável por essas pesquisas com algodão, explica que foram feitos plantios para cinco diferentes experimentos com cultivo em solo argiloso no campo do Monte Cristo e em solo arenoso no campo Água
Boa. Após terem sido retiradas as informações necessárias à pesquisa, a produção ficou disponível para a doação.

Durante a visita de um grupo de alunos do Núcleo Insikiran, de formação de professores indígenas, o professor Edinaldo Pereira André, também coordenador do Centro de Formação e Cultura do CIR, manifestou interesse e intermediou os contatos para a doação.

Os indígenas, membros da comunidade Maturuca estão fazendo a colheita. A Embrapa Roraima vai colaborar com o transporte de pessoas e do material em Boa Vista e depois o CIR levará o algodão para a comunidade Maturuca, a 360 Km da capital, onde será desenvolvido um projeto piloto utilizando a matéria-prima na manufatura de redes e artesanato.

De acordo o coordenador do departamento de Projetos do CIR, esse recebimento de cinco toneladas de algodão é uma grande quantidade e abre perspectivas para projetos nas comunidades, resgatando a cultura de tecer com algodão,para confeccionar materiais tradicionais e ainda contribuir com a geração de renda.

Segundo ele, nas comunidades o algodão é colhido da natureza em pequenas quantidades e geralmente não se tem material suficiente para se trabalhar.

A indígena Bernaldina José Pedro é uma das senhoras da comunidade maturuca que domina a técnica tradicional de tecer o algodão. Ela reclama que hoje em dia muitas jovens estão fazendo tipóias (faixa de pano para carregar criança no colo) com o crochê e já não sabem tecer com algodão natural. Mas diz que está pronta a ensinar. “Elas vão aprender”, afirma Bernaldina, enquanto colhia o algodão.

O coordenador de projetos do CIR, Júlio Macuxi, disse que será priorizado O trabalho com mulheres na Região das Serras, onde existem cerca de 90 comunidades, com uma população de aproximadamente 8.500 indígenas. Ele informa que no Centro Regional do Maturuca já são desenvolvidos outros projetos com corte e costura, marcenaria, gado, saúde e educação.

“Trabalhamos com a perspectiva do desenvolvimento sustentável”, afirma, explicando que o interesse no algodão não se encerra com o recebimento dessa doação, mas esperam ampliar a parceria com a Embrapa para informações técnicas e terem projetos que lhes permita condições de produzir a matéria-prima e organizar a geração de renda com produtos artesanais tradicionais.

O pesquisador da Embrapa Roraima, Gilvan Barbosa, disse que a cultura do algodoeiro tem boas perspectivas na região de cerrado ao norte do Estado, onde as condições de luminosidade e temperatura permitem um ciclo mais curto para o desenvolvimento da planta e boa produtividade. Os plantios experimentais da Embrapa Roraima resultam em produtividades de 3.500 até 4.500 quilos por hectare.
Síglia Regina

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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