29/01/2008 - Pelo segundo ano
consecutivo, a Universidade de São Paulo
- USP, por intermédio do Instituto de Química,
promove a “Escola de Verão
em Química Verde”. O curso objetiva proporcionar
aos seus alunos subsídios teóricos
e práticos a respeito dos fundamentos da
química verde e sua aplicação
como instrumento para prevenir e minimizar a contaminação
do meio ambiente pelo uso inadequado de produtos
químicos em processos industriais.
O secretário Xico Graziano
foi um dos convidados, pelo instituto, e proferiu
uma aula sobre o conceito de sustentabilidade e
os programas desenvolvidos pela Secretaria de Estado
do Meio Ambiente. Aos presentes, Graziano explicou
que na sua gestão a Secretaria elaborou 21
projetos ambientais estratégicos, que estão
sendo implantados em parceria, de forma descentralizada
e em co-responsabilidade com os municípios,
órgãos públicos, entidades
ambientalistas, empreendedores e representantes
da sociedade. “Uma política ambiental, para
ser definida como sustentável, necessita
ser efetiva e duradoura. As ações
devem sair do papel e ficarem além do tempo
de uma gestão governamental”, salientou o
secretário.
A química verde pode ser
definida como a utilização de técnicas
químicas e métodos que reduzam ou
eliminem o uso de solventes e reagentes ou geração
de produtos e subprodutos tóxicos nocivos
à saúde humana ou ao ambiente. Nos
anos 90, países da Comunidade Européia,
Japão e Estados Unidos já introduziam
os conceitos da química verde, ou sustentável,
na batalha pela preservação ambiental.
No Brasil, ela ainda é pouco utilizada e
a pesquisa nessa área é considerada
praticamente nula.
Para o engenheiro Flávio
de Miranda Ribeiro, gerente do Setor de Tecnologias
de Produção Mais Limpa da Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB,
outro convidado do dia, “usar critérios técnicos
e valores humanos para tornar a sociedade menos
agressiva ao meio ambiente é fundamental
para uma correta gestão ambiental”. O engenheiro
relatou aos presentes que a CETESB está no
processo de desenvolvimento de um projeto que visa
reduzir o uso de substâncias tóxicas
nas indústrias paulistas, conceito que se
utiliza das ferramentas da química verde.
“Sustentabilidade virou
assunto da moda, o que por um lado é bom,
mas devemos ficar atentos para que as ações
em defesa do meio ambiente não fiquem só
no modismo e sejam efetivadas ”, alertou o secretário
Xico Graziano. A II Escola de Verão em Química
Verde da USP está sendo realizada de 28 de
janeiro a 01 de fevereiro próximo.
Texto: Cris Couto
Foto: Pedro Calado