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AQUECIMENTO GLOBAL PODE AFETAR SOBREVIVÊNCIA DE VEGETAIS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

10 de Fevereiro de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A concentração crescente de gás carbônico na atmosfera, a partir do uso do petróleo, provoca aumento da temperatura e ameaça as espécies vegetais. A tese é do professor de Fisiologia Vegetal do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Marcos Buckeridge, que pesquisa a influência das mudanças climáticas no meio ambiente.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, o professor disse que as árvores brasileiras pesquisadas (típicas da Mata Atlântica e da Amazônia) têm nível de sensibilidade parecido. “Ainda não dá para dizer quais podem desaparecer primeiro”.

Buckeridge explicou que nas folhas das plantas existem “boquinhas” que se abrem de manhã, absorvem gás carbônico e se fecham no fim da tarde. O gás é transformado em açúcar, usado pela planta durante a noite para crescer. “O açúcar nas folhas é o mesmo que a gordura para nós. As plantas engordam e têm mais amido para usar no crescimento”, comparou.

Numa projeção até 2040, os efeitos do gás carbônico sobre as plantas seriam positivos, segundo o professor. Mas a partir daí, com uma elevação média de temperatura que deve variar de 2 a 3 graus celsius, o quadro pode mudar. “A fotossíntese começa a ficar sensível negativamente e o sistema se desliga. Agora vamos estudar [os efeitos do] gás e temperatura juntos.”

O especialista também afirmou que eventuais efeitos do aquecimento global sobre seres humanos e animais só poderão ser sentidos após 2050. Ele ressaltou a necessidade de providências no sentido de reduzir o quanto antes a emissão de gás carbônico.

Buckeridge destacou o uso da bioenergia, a modernização de procedimentos industriais, a conscientização geral da sociedade e a influência decisiva que, na sua opinião, teria uma mudança política nos Estados Unidos.

“Se os Democratas ganharem, eles são mais preocupado com isso [aquecimento global]. Os Estados Unidos são imensamente importantes nesse processo porque têm a maior produção industrial e respondem pela maior emissão de CO2 no mundo”, argumentou o professor.

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14 de Fevereiro de 2008 - Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília - O bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, chega ao Congresso para participar de reunião sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco.

Brasília - A aplicação do Atlas de Desenvolvimento do Semi-Árido do Nordeste, divulgado no ano passado pela Agência Nacional de Águas (ANA), seria a forma ideal de suprir as necessidades de água na região.

A opinião é do bispo de Barra (BA), dom Luiz Flávio Cappio, que participa de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado para discutir o Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional.

Segundo dom Cappio, as ações previstas no atlas podem beneficiar 44 milhões de pessoas, quase quatro vezes mais do que os 12 milhões previstos com a transposição do Rio São Francisco.

Ao começar sua participação nos debates no Senado, o bispo afirmou que representa as populações indígenas, quilombolas, brasileiros e brasileiras que se preocupam com a vida.

Para dom Cappio, o projeto de transposição é um modo retrógrado de gestão da água, não representa o desenvolvimento que se deseja para o Nordeste. Segundo ele, o atlas é o projeto ideal, mas o governo considera o trabalho da ANA como um complemento da obra de transposição.

O bispo afirmou que nunca houve diálogo do governo com a população civil sobre a obra e que a população difusa do Nordeste vai continuar marginalizada do acesso à água. Para ele, a população urbana vai ter que pagar o elevado custo do acesso à água. “É o pobre colocando a mesa para o rico. Privilegia-se o grande em detrimento do pequeno”.

Segundo dom Cappio, a rota da água passa a centenas de quilômetros das regiões mais necessitadas. Ele afirmou que o projeto ignora 34 povos indígenas, 156 comunidades quilombolas “e um sem número de populações ribeirinhas”.

O Atlas de Desenvolvimento do Semi-Árido do Nordeste é um documento produzido durante três anos. Traz um diagnóstico dos sistemas de rede de distribuição de água e dos mananciais (fontes, rios e reservatórios) de cerca de 1,3 mil municípios nordestinos com mais de cinco mil habitantes.

Além disso, apresenta alternativas para cada um deles solucionar o problema do abastecimento, via adutoras, águas subterrâneas ou através da captação em rios e reservatórios.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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