Etanol -
01/02/2008 - A terceira fase do estudo sobre o potencial
do etanol de cana-de-açúcar para o
País foi concluída em dezembro de
último. Conduzido pelo Centro de Gestão
e Estudos Estratégicos (CGEE) e pela Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), essa terceira fase
teve a participação do Centro de Tecnologia
Canavieira (CTC).
O trabalho analisa cenários
de expansão em grande escala da produção
sustentável de etanol combustível
no País, que atendam também à
demanda em expansão do mercado externo. Além
disso, examina quais seriam os impactos econômicos,
sociais e ambientais decorrentes da expansão;
a disponibilidade de terras e de recursos humanos;
e as condições naturais e tecnológicas
para fazer face a esse desafio.
O estudo foi realizado no âmbito
do contrato de gestão entre o CGEE e a União,
supervisionado pelo Ministério de Ciência
e Tecnologia (MCT).
As fases anteriores
Em 2005, o CGEE encomendou um estudo prospectivo
ao Núcleo Interdisciplinar de Planejamento
Energético - Nipe/Unicamp intitulado “Estudo
sobre as Possibilidades e Impactos da Produção
de Grandes Quantidades de tanol Visando à
Substituição Parcial da Gasolina do
Mundo”.
O professor Rogério Cerqueira
Leite, da Unicamp, liderava o projeto, cujo objetivo
geral era oferecer subsídios para políticas
públicas voltadas à expansão
sustentável da produção de
etanol no País, para abastecer os crescentes
mercados interno e externo.
O estudo busca responder, por
muitos ângulos, e em suas três fases,
a uma série de perguntas relacionadas ao
pleno aproveitamento dos recursos naturais e tecnológicos
brasileiros. Baseou-se em cenários de substituição
de 5% e 10% da gasolina do mundo em 2025.
Na primeira fase, a equipe envolvida
consolidou informações sobre o mercado
atual, os países produtores de etanol, a
disponibilidade de recursos naturais para a expansão
da produção, a tecnologia atual da
cultura da cana no Brasil; a infra-estrutura já
existente e a necessária para o incremento
na produção e a exportação
de etanol; e os impactos sociais, ambientais e econômicos
dessa expansão.
“Os resultados da primeira fase,
concluída em dezembro de 2005, utilizaram
o conceito de ‘usina padrão’ para a produção
de etanol”, explica Marcelo Poppe – que ocupou a
secretaria do Desenvolvimento Energético
do Ministério das Minas e Energia (2001-2003)
e coordena esse e outros projetos da área
de energia no CGEE.
Na segunda fase, concluída
em março de 2007, o trabalho dos pesquisadores
concentrou-se no levantamento e consolidação
de dados relacionados à melhoria das tecnologias
já estabelecidas no cultivo da cana e na
fase industrial da produção de álcool.
“Nessa fase, o estudo evolui para o conceito de
‘usina modelo’, que se diferencia da ‘usina padrão’
pela incorporação de inovações
tecnológicas. Os cenários contemplam,
também, a organização da produção
em clusters de destilarias, de forma a poderem ser
servidas por alcooldutos”, diz Poppe.
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CNBS aprova liberação
comercial de milho transgênico
Biotecnologia - 13/02/2008 - O
ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende,
disse que a decisão tomada nesta terça-feira
(12) pelo Conselho Nacional de Biossegurança
(CNBS), favorável à liberação
de duas variedades de milho transgênico, demonstra
que houve o entendimento de que a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança
(CTNBio) tem "autoridade legal para tomar a
decisão que tomou".
Rezende afirmou que, agora, a
Advocacia Geral da União (AGU) vai analisar
se as decisões posteriores da Comissão
terão caráter terminativo com relação
à liberação de organismos geneticamente
modificados.
Na reunião de ontem, o
CNBS acatou os pareceres da CTNBio para liberação
dos milhos Liberty Link, da Bayer, e MON810, da
Monsanto. As variedades são resistentes a
herbicida e a insetos da ordem Lepidóptera
(borboletas). Trata-se da primeira liberação,
no Brasil, para o plantio comercial de milho transgênico.
Antes, a CTNBio já havia emitido pareceres
favoráveis ao plantio de soja e algodão
geneticamente modificados.
Rezende reiterou que o fator determinante
para a liberação das variedades de
milho transgênico pelo CNBS foi a segurança
para a saúde humana, animal e para o meio
ambiente. "Os estudos que comprovam isso foram
enviados à CTNBio, que os analisou. O que
o Conselho fez hoje foi referendar a decisão
técnica da Comissão", explicou.
Com a publicação
do resultado da reunião do Conselho no Diário
Oficial da União, que deve ocorrer nos próximos
dias, as empresas que produzem as sementes modificadas
das variedades aprovadas devem registrá-las
no Ministério da Agricultura para fins de
plantio.
Assessoria de Imprensa do MCT