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PROJETO SÃO FRANCISCO TEM 36 PLANOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS, DIZ MINISTÉRIO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

14/02/2008 - O Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional é um dos projetos do Plano de Aceleração do Crescimento, implementado pelo Governo Federal, que apresenta maior número de condicionantes ambientais. Por meio da transposição de uma pequena parte das águas do rio São Francisco o projeto tem como objetivo o abastecimento das populações das regiões semi-áridas localizadas nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco que totalizam 12 milhões de pessoas.

Em abril de 2005, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu a Licença Prévia nº 200/2005 com 31 condicionantes, entre eles a apresentação da Outorga de Direitos de Uso de Recursos Hídricos e do Certificado de Avaliação da Sustentabilidade da Obra Hídrica (CERTOH), ambos emitidos pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 22 de setembro de 2005.

O atendimento às condicionantes e a apresentação do Projeto Básico Ambiental forneceram os subsídios à equipe técnica do Ibama para análise, aprovação e emissão da Licença de Instalação (LI) em março de 2007, com base no Parecer Técnico nº 15/2007. Nessa mesma data o Ibama encaminhou o oficio nº 177/2007, no qual apresentou diretrizes a serem seguidas na execução do Programas Ambientais.

Todos os Programas Ambientais, tanto aqueles sugeridos pelo Ibama quanto os propostos no Estudo de Impacto Ambiental foram detalhados de acordo com as exigências e diretrizes desse Instituto, como determina a Resolução nº 06/1986 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), dando origem ao Projeto Básico Ambiental (PBA) que é formado por 36 Planos e Programas Ambientais que já estão sendo implementados durante a fase de construção e, em parte, deverão continuar a ser implentados durante toda a fase de operação do empreendimento.

No desenvolvimento do PBA, foram observadas as recomendações do EIA, as condições estabelecidas na Licença Prévia (LP), emitida pelo Ibama, bem como realizados levantamentos complementares de campo, nos meses de maio, junho e julho de 2005, para subsidiar o detalhamento das estratégias, das ações e da determinação da logística a ser demandada pelos diversos Planos e Programas Ambientais integrantes do PBA.

As informações levantadas em campo permitiram um melhor conhecimento da realidade local, em termos de sua acessibilidade, infra-estrutura disponível e demandas locais, o que possibilitou atualizar, adequar, criar e suprimir planos e programas sugeridos.

A implantação dos Planos e Programas Ambientais traduz-se pela concretização de elenco bastante vasto e diversificado de ações. Em termos de sua correlação com as obras de operação do Projeto de Integração do Rio São Francisco, a implantação pode ser concebida segundo três enfoques distintos.

Ações que, independentemente de seu enfoque e prioridade ambiental, são ordinariamente desenvolvidas no Projeto de Engenharia, objetivando dotar o Projeto de Integração do Rio São Francisco de adequadas condições de segurança operacional, bem como garantir comportamento satisfatório ao longo de toda sua vida útil, com vistas à preservação do investimento, protegendo-o contra a ação da própria operação e de agentes externos.

Ações que, propriamente, não se traduzem em incorporação ao patrimônio físico do Projeto, mas que afetam as atividades-meio e cujo objetivo é atender às condicionantes a serem observadas nos processos construtivos e operacionais, com a finalidade de mitigar e controlar os impactos ambientais que ocorrem durante a fase de execução das obras, afetando as comunidades ao longo da faixa de servidão e os próprios trabalhadores das obras.

Ações que não guardam nenhuma identificação direta ou imediata com o processo construtivo e operacional em si e que têm o objetivo de resguardar o meio ambiente — em sua abrangência mais ampla — dos efeitos induzidos e/ou restrições que, eventualmente, possam advir da execução das obras, prolongando-se por período adicional, em alguns casos, e contando com a participação de diversificada equipe de especialistas da área ambiental.

Partindo desse enfoque, o Projeto Básico Ambiental foi detalhado em sete vertentes, a seguir indicadas:

Sistema de Gestão Ambiental
Programa de Comunicação Social
Programas de Supervisão e Controle de Obras
Plano Ambiental de Construção (PAC)
Programa de Treinamento e Capacitação de Técnicos da Obra em Questões Ambientais
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Programa de Monitoramento de Processos Erosivos
Programas de Liberação da Faixa de Obra
Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos
Programa de Indenização de Terras e Benfeitorias
Programa de Reassentamento de Populações
Programa de Relocação das Infra-Estruturas a Serem Afetadas pela Implantação do Empreendimento
Programa de Acompanhamento da Situação dos Processos Minerários, na ADA
Programas de Monitoramento e Controle Ambiental
Programa de Supressão de Vegetação das Áreas de Obra e Limpeza dos Reservatórios
Programa de Monitoramento de Vetores e Hospedeiros de Doenças
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Limnologia
Programa de Conservação da Fauna e da Flora
Programa de Monitoramento da Cunha Salina
Programa de Monitoramento de Sistema Adutor
Programa de Segurança e Alerta Quanto às Oscilações das Vazões dos Canais Naturais que Irão Receber as Águas Transpostas
Programa de Conservação e Uso do Entorno e das Águas dos Reservatórios
Programa de Controle da Saúde Pública
Programa de Monitoramento de Cargas Sólidas Aportantes nos Rios Receptores e seus Açudes Principais
Programas Estratégicos
Programa de Apoio Técnico às Prefeituras
Programa de Implantação de Infra-Estrutura de Abastecimento de Água
Programa de Fornecimento de Água e Apoio Técnico para Pequenas Atividades de Irrigação
Programa de Regularização Fundiária nas Áreas do Entorno dos Canais
Programa de Cadastramento de Fontes Hídricas Subterrâneas
Programa de Educação Ambiental
Programa de Apoio ao Desenvolvimento de Projetos Implantados, em Implantação ou Planejados na Bacia Receptora
Programa de Apoio às Ações de Vigilância da Qualidade da Água para o Consumo Humano
Programa de Apoio à Redução de Perdas no Sistema de Abastecimento Público e Estímulo ao Reuso da Água, nas Bacias Receptoras
Programa de Apoio ao Saneamento Básico
Programa de Apoio e Fortalecimento dos Projetos de Assentamentos Existentes
Programa de Prevenção à Desertificação
Programas Compensatórios
Programa de Apoio às Comunidades Quilombolas
Programa de Desenvolvimento das Comunidades Indígenas
Programa de Compensação Ambiental

Compreendendo o Processo de Licenciamento Ambiental

O processo de licenciamento ambiental possui três etapas distintas: Licenciamento Prévio, Licenciamento de Instalação e Licenciamento de Operação.

• Licença Prévia (LP) - Deve ser solicitada ao IBAMA na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Essa licença não autoriza a instalação do projeto, e sim aprova a viabilidade ambiental do projeto e autoriza sua localização e concepção tecnológica. Além disso, estabelece as condições a serem consideradas no desenvolvimento do projeto executivo.

• Licença de Instalação (LI) - Autoriza o início da obra ou instalação do empreendimento. O prazo de validade dessa licença é estabelecido pelo cronograma de instalação do projeto ou atividade, não podendo ser superior a 6 (seis) anos. Empreendimentos que impliquem desmatamento depende, também, de "Autorização de Supressão de Vegetação".

• Licença de Operação (LO) - Deve ser solicitada antes de o empreendimento entrar em operação, pois é essa licença que autoriza o início do funcionamento da obra/empreendimento. Sua concessão está condicionada à vistoria a fim de verificar se todas as exigências e detalhes técnicos descritos no projeto aprovado foram desenvolvidos e atendidos ao longo de sua instalação e se estão de acordo com o previsto nas LP e LI. O prazo de validade é estabelecido, não podendo ser inferior a 4 (quatro) anos e superior a 10 (dez) anos.

O Ibama durante o processo de licenciamento ouve os Órgãos Ambientais (OEMAs) envolvidos no licenciamento e os Órgãos Federais de gestão do Patrimônio Histórico (IPHAN), das Comunidades Indígenas (FUNAI), de Comunidades Quilombolas (Fundação Palmares), de controle de endemias (FUNASA), entre outros.

No processo de licenciamento os estudos ambientais são elaborados pelo empreendedor e entregues ao Ibama para análise e deferimento. Para cada etapa do licenciamento há estudos específicos a serem elaborados.

Para subsidiar a etapa de LP, sendo o empreendimento de significativo impacto ambiental, o empreendedor encaminha ao Ibama o EIA/RIMA. Para os demais empreendimentos estudos mais simplificados são requeridos.

O EIA é um documento técnico-científico compostos por: Diagnóstico ambiental dos meios físico, biótico e socioeconômico; Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas; Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos e elaboração de medidas mitigadoras dos impactos negativos; e Programas de Acompanhamento e Monitoramento.

O RIMA é o documento público que reflete as informações e conclusões do EIA e é apresentado de forma objetiva e adequada a compreensão de toda a população. Nessa etapa são realizadas Audiências Públicas para que a comunidade interessada e/ou afetada pelo empreendimento seja consultada.

Para subsidiar a etapa de LI o empreendedor elabora o Plano Básico Ambiental e se a obra implicar em desmatamento é também elaborado o Inventário Florestal, para apoiar a decisão sobre o deferimento da Autorização de Supressão de Vegetação.

Para subsidiar a etapa de LO o empreendedor elabora um conjunto de relatórios descrevendo a implantação dos programas ambientais e medidas mitigadoras previstas nas etapas de LP e LI.

Ações implementadas no âmbito do PBA

Nos eixos Norte e Leste existem equipes compostas por engenheiros florestais, biólogos e arqueólogos responsáveis pelo cumprimento das condicionantes ambientais determinadas pelo Ibama e pela identificação e salvamento dos sítios arqueológicos que possam existir nas regiões diretamente afetadas pelas obras do PISF. Já estão em ação profissionais e instituições que realizam a identificação, classificação e a guarda dos achados arqueológicos.

Equipes de comunicação social atuam nos municípios de abrangência dos dois eixos, esclarecendo as populações locais sobre os principais aspectos do projeto. Além disso, foram concluídos planos diretores urbanos para 14 cidades ao longo dos dois eixos.


Iniciou-se o processo de realocação e indenização de moradores ao longo da faixa de servidão dos dois canais, a cargo de equipes do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). O processo de indenização fundiária está ocorrendo de forma tranquila, abrangendo 2200 propriedades, com área total de 30.000 hectares, no valor de aproximadamente R$ 60 milhões dos quais já foram pagos cerca de R$ 15,5 milhões.

Iniciou-se o processo de reassentamento de 600 famílias em 17 Vilas Produtivas Rurais (VPR), que possuem as seguintes características: casas com 99 m² de área construídaem lotes urbanos e lotes agrícolas de 04 a 12 hectares. A questão indígena e quilombola está sendo abordada e por meio de convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foram repassados, inicialmente, R$ 11,5 milhões destinados à construção de 303 casas para quilombolas e 338 em quatro aldeias indígenas, além de R$ 4 milhões para construção de cinco postos de saúde nas referidas aldeias.

 
 

Fonte: Ministério da Integração Nacional
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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