A Sanepar solicitou providências
para impedir a ocupação irregular
do Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, em Matinhos,
que fica ao lado da antiga
Estação de Tratamento de Esgoto do
Tabuleiro, desativada recentemente. A Sanepar executa
obras para transformar o terreno em área
de lazer. O pedido foi feito ao Ibama, Ministério
Público Federal do Meio Ambiente, Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, Ministério Público
Estadual, Prefeitura e outras instituições.
Quando funcionava, o “Pinicão”,
como era conhecida aquela estação
de tratamento, servia de obstáculo natural
para acesso à Unidade de Proteção
Integral do Ibama. Agora, com a desinfecção
e aterramento do local, o acesso ao parque ficou
facilitado e já podem ser observados pontos
de invasão.
“Queremos evitar que o Saint-Hilaire/Lange
passe a ter sua área invadida pela especulação
imobiliária, colocando também em risco
os rios e fontes que servem ao abastecimento público
nos municípios do Litoral”, afirma a diretora
de Meio Ambiente e Ação Social da
Sanepar, Maria Arlete Rosa,
PROTEÇÃO – O Parque
Nacional de Saint-Hilaire/Lange é uma Unidade
de Proteção Integral, que se estende
pelos municípios de Matinhos, Guaratuba,
Morretes e Paranaguá e protege a Floresta
Atlântica, um dos ecossistemas de maior risco
ambiental no planeta.
No expediente enviado às
autoridades, Maria Arlete lembra ainda que, com
a abertura do local para uso da comunidade, existe
o risco de ocorrer a ocupação da área.
Lá, o Ibama tem planos de criar unidades
de conservação auxiliares, como a
reserva extrativista, para proteger os mangues e
entorno do parque, sem prejudicar seu uso racional,
além de um programa de ecoturismo, com visitação
controlada.
A Sanepar propõe ação
integrada imediata, envolvendo além do Ibama
o Ministério Público Federal do Meio
Ambiente e a Prefeitura Matinhos, entre outros órgãos
da área ambiental.
+ Mais
Voluntários contribuem
para funcionamento de parques nos finais de semana
O Programa de Voluntariado nas
Unidades de Conservação (VOU), desenvolvido
pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP),
tem contribuído para o funcionamento de parques
estaduais. Somente no ano passado, 521 pessoas participaram
espontaneamente de 953 atividades relacionadas à
conservação ambiental em 13 áreas
protegidas, totalizando 22,6 mil horas de serviços
voluntários - o equivalente a mais de 2,8
mil turnos de oito horas.
Para o secretário do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues,
o envolvimento destas pessoas é muito importante
porque demonstra a identificação dos
cidadãos com a causa ambiental e interesse
pelas ações do governo, além
de tornar ainda melhor o atendimento aos visitantes
e a qualidade dos nossos parques.
A maioria dos serviços
voluntários é prestada durante finais
de semana e feriados – períodos em que aumenta
a visitação das áreas protegidas.
As pessoas cadastradas no Programa desempenham atividades
como o auxílio e informação
aos visitantes, desenvolvimento em projetos e pesquisas
em educação ambiental, manutenção
de trilhas e instalações físicas,
além de prestar apoio às populações
vizinhas às unidades.
“Os voluntários também
são capacitados para identificar e controlar
incêndios e incidentes, além de fazer
parte de grupos de resgate, recuperar áreas
degradadas e auxiliar na implementação
de projetos de manejo das unidades de Conservação”,
acrescentou o secretário.
LITORAL - Neste Carnaval, por
exemplo, três parques estaduais da região
litorânea – muito procurados nesta época
do ano - contaram com auxílio de voluntários.
Um deles foi o Marumbi, onde quatro pessoas se revezavam
no atendimento a visitantes, ações
de educação ambiental e manutenção
de trilhas.
No Caminho do Itupava, outros
quatro voluntários cadastravam e incentivavam
os visitantes a adotar uma ‘conduta consciente’
durante o passeio pela trilha histórica.
Além destas atividades, no Parque Florestal
Rio da Onça, em Matinhos, os quatro participantes
do programa também se envolveram na erradicação
de espécies exóticas.
INSCRIÇÕES – O presidente
do IAP, Vitor Hugo Burko, lembrou que, para que
o voluntário participe do programa, é
necessário que tenha mais de 18 anos e se
cadastre junto ao escritório do IAP mais
próximo à sua casa. “Não há
necessidade que o voluntário tenha curso
superior ou tenha conhecimentos na área ambiental,
o que pedimos é que os voluntários
estejam aptos a desenvolver as atividades de forma
consciente e responsável”, esclareceu.
O voluntário recebe todas
as condições para desempenhar o trabalho;
alimentação, hospedagem e seguro de
vida durante o período de voluntariado. Outras
informações sobre o Programa de Voluntariado
nas Unidades de Conservação podem
ser encontradas no endereço eletrônico
do IAP (www.iap.pr.gov.br) no link Unidades de Conservação.