Panorama
 
 
 

TEMPORÃO DEFENDE ATENDIMENTO DE SAÚDE MAIS
QUALIFICADO PARA POPULAÇÃO INDÍGENA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

13 de Fevereiro de 2008 - Felipe Linhares - Da Agência Brasil - Marcello Casal JR/Abr - Brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, discursa no lançamento das reuniões que vão discutir o Plano de Gestão 2008 da Funasa.

Brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, apontou hoje (13) a saúde indígena como um dos principais desafios do setor neste ano.

De acordo com o ministro, os problemas de saúde entre os indígenas aumentam a cada ano, e muitas populações vivem em locais de difícil acesso.

“Temos que qualificar e aperfeiçoar o atendimento à população indígena. Além do acesso remoto, existem especificidades que demandam conhecimento especializado”, disse Temporão, ao participar da reunião em que foi apresentado o plano de gestão da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para 2008.

O ministro destacou que, no final do ano passado, a Portaria 2.656 regulamentou o repasse dos recursos destinados à saúde indígena. “A portaria fez os remanejamentos financeiros, privilegiando uma relação direta entre o número de pessoas a serem atendidas com os recursos alocados." Além disso, a portaria fortaleceu mais as estruturas locais, acrescentou Temporão.

Segundo o presidente da Funasa, Danilo Fortes, o orçamento para atenção à saúde indígena para este ano aumentou cerca de R$ 20 milhões, e agora depende somente da aprovação da Câmara dos Deputados. “Vamos treinar e capacitar o pessoal dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas para eles terem controle das suas despesas. Vamos descentralizar o serviço e dar mais autonomia para eles. Assim ganharemos agilidade e perderemos burocracia.”

O ministro Temporão disse que as ações da Funasa têm de garantir atenção integral à saúde da população e melhorar o atendimento aos povos indígenas, mas ressaltou que os outros problemas do setor não podem ser esquecidos. Ele informou que terão continuidade neste ano as medidas para reduzir a mortalidade infantil e garantir a cobertura vacinal da população.

“Um dos desafios é dar atenção à saúde integral. Além do direito à atenção básica, as pessoas têm direito ao acesso a outros níveis do sistema [de saúde]”, afirmou Temporão.

Ele lembrou que, quando as pessoas precisarem de atendimento especializado, como transplantes e internações, o serviço tem de estar garantido. E a integração da Funasa com as instâncias municipais e estaduais de saúde é importante para garantir o serviço com qualidade e ágil, acrescentou.

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Investimento da Funasa em saúde indígena ganhará mais R$ 20 milhões

13 de Fevereiro de 2008 - Leandro Martins - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) investirá R$ 20 milhões a mais em 2008 para a atenção à saúde indígena em todo o Brasil. A informação é do presidente da Fundação, Danilo Fortes. O anúncio foi feito hoje (13) em Brasília durante a apresentação do Plano de Gestão do órgão para este ano. Além do valor a ser investido, Fortes citou as áreas em que a saúde indígena receberá mais atenção.

"A área Yanomami, a área de São Gabriel da Cachoeira, o Vale do Javari [no Amazonas], a região de Dourados e a aldeia Bororó [no Mato Grosso do Sul] são as áreas com maior concentração de problemas. Pela distância, por serem áreas de fronteira, a gente tem mais dificuldade de aplicação desses recursos. Essas áreas vão ter projetos especiais de aplicação imediata", afirmou Fortes.

No evento, o diretor de Saúde Indígena da Funasa, Vanderlei Guenka, afirmou que as dificuldades enfrentadas com a falta de medicamentos para as aldeias no ano passado serão resolvidas este ano. Segundo ele, a fundação adquiriu 141 itens de remédios utilizados na atenção básica à saúde nas aldeias. O material será destinado aos 34 distritos indígenas do país.

"Vamos ter 100% de cobertura de medicamentos de atenção básica. Estamos recebendo uma licitação grande, com custos menores. Então, a questão de medicamentos, se tivemos muita dificuldade em 2007, vamos resolver em 2008 totalmente", garantiu Guenka.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou ainda que o governo federal vai investir mais em saneamento básico nas aldeias. A idéia é que, com o tratamento da água e do esgoto nas terras indígenas, a transmissão de algumas doenças graves, como a hepatite, possa ser evitada.

Sobre o surto de malária no Vale do Javari, no Amazonas, o coordenador-regional da Funasa no estado, Narciso Cardoso Barbosa, afirmou a situação dos povos indígenas que habitam a região é gravíssima. Por isso, as Forças Armadas vão ajudar os profissionais de saúde na locomoção e distribuição de remédios nas regiões mais distantes. Para isso, a Funasa do Amazonas vai receber um acréscimo de R$ 10 milhões no orçamento.

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Índios ocupam prédio da Funasa em Salvador para pedir assistência médica

14 de Fevereiro de 2008 - Paloma Santos - Da Agência Brasil - Brasília - Cerca de 70 índios das tribos Pataxó-hã-hã-hãe e Tupinambá, do extremo-sul da Bahia, ocupam há três dias parte da sede da Fundação Nacional da Saúde (Funasa), em Salvador (BA). Os índios protestam contra a precariedade no atendimento médico nas aldeias. Segundo a assessoria de imprensa da Funasa, a manifestação é pacífica e o expediente no edifício corre normalmente.

O cacique da aldeia Jitaí, da tribo Pataxó-hã-hã-hãe, Jurandir Araçari, reclama da demora no atendimento médico. De acordo com ele, os atendimentos são feitos no município de Itamaraju, que fica a 30 quilômetros das aldeias, aproximadamente. Além disso, apenas um carro atende as 15 aldeias da região, que possuem cerca de 12 mil índios.

Ele diz que, nos casos de emergência, os indígenas precisam ligar para o ponto de apoio da Funasa, em Itamaraju, e solicitar o transporte para o hospital mais próximo.

“Quando uma criança, idoso ou gestante passa mal, a gente liga para o ponto de apoio e pede o carro. Mas, para chegar à aldeia, é aquela dificuldade. É uma viatura só da Funasa para atender esse povão todo. Se o índio tiver que morrer, é só Deus mesmo. Às vezes, algum parente tem um carro e leva o doente”, conta.

Outro problema, segundo o cacique Pataxó, é o percurso que o transporte tem que fazer para atender a cada solicitação. “Nós ligamos e ainda temos que dar a sorte de ser atendidos. E, muitas vezes, a gente liga e o carro já está em outra aldeia. Então, até ele voltar da outra aldeia, é uma dificuldade”. Jurandir contabilizou 15 mortes devido à precariedade da assistência médica na região.

A Funasa informou, por meio de sua assessoria, que o coordenador regional na Bahia, William Delloso, e o presidente da instituição, Danilo Fortes, devem ser reunir na tarde de hoje (14) para discutir as reivindicações dos índios e tentar encontrar soluções para o problema.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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