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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA ABRE PRIMEIRO CURSO DE INDIGENISMO DO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

19 de Fevereiro de 2008 - Deborah Souza - Da Agência Brasil - Brasília - O Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília (UnB) abriu o primeiro curso de especialização em indigenismo no país. O curso Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável tem como principal objetivo capacitar profissionais para lidar com questões de desenvolvimento sustentável nas suas atividades em terras indígenas, construindo soluções com as populações indígenas.

O coordenador do CDS, Othon Henry Leonardos, disse hoje (19), em entrevista ao programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional, que o curso terá nove disciplinas, entre elas, Povos Indígenas, Território e Economia Sociocultural, Legislação Indígena e Direito Ambiental Educação Ambiental e Sustentabilidade.

Estão abertas 55 vagas para pessoas graduadas em qualquer área. “Nós estamos com a intenção de proporcionar oportunidade para todas as áreas, pois o indigenismo não é feito só pela Funai [Fundação Nacional do Índio], é feito pela Funasa [Fundação Nacional de Saúde], e todos os ministérios estão envolvidos com o tema.”

De acordo com Leonardos, o curso terá duração de 14 meses, com quatro módulos presenciais e um local. Ele destacou que no final haverá uma monografia relacionada com problemas locais. “Os professores vão, em um dos módulos intermediários, em Manaus, conhecer os problemas locais e discutir com as pessoas que fazem o curso no Brasil inteiro.”

Além do curso de especialização, o coordenador do CDS lembrou que também serão abertas 15 vagas para um curso de extensão de indigenismo, que será gratuito e não exigirá graduação para participar da seleção.

As inscrições do curso de especialização Indigenismo e Desenvolvimento Sustentável vão até o dia 22 de fevereiro. O início está marcado para o dia 9 de março, no Centro Cultural de Brasília. Para maiores informações, acesse o site www.unbcds.pro.br.

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Posseiros mantêm reféns em aldeia indígena no Pará desde domingo

20 de Fevereiro de 2008 - João Porto* - Da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - O filho do cacique Joca Tembé e um enfermeiro que trabalha no Pólo de Saúde da aldeia Itahu continuam reféns de colonos que vivem em assentamentos localizados próximos da Terra Indígena do Alto Rio Guamá, no estado do Pará. Os dois estão no povoado de Livramento, no município de Garrafão do Norte.

No domingo (17), eles foram retirados à força da aldeia, localizada dentro da reserva, e como forma de retaliação, indígenas Tembé seqüestraram um colono, conhecido como Moleque, na manhã de hoje (20).

O motivo do clima tenso na região é a insatisfação de colonos que viviam dentro da reserva e foram reassentados em áreas próximas, mas não aceitaram a nova condição. De acordo com o procurador geral da República no Estado do Pará, Felício Pontes, as disputas entre colonos e indígenas aumentaram quando o processo de assentamento destes colonos em outras áreas estava chegando ao fim.

"Alguns colonos estavam servindo de escudo para madeireiros ilegais e plantadores de maconha na região. Essa ação mostrou exatamente o que nós prevíamos: que alguns colonos se recusariam a sair e haveria um levante contra a retirada dessas famílias, como se a gente estivesse retirando essas famílias de maneira violenta, o que não é verdade", disse o procurador.

O administrador da Funai em Belém, Juscelino Bessa, explicou que a terra indígena já foi homologada e não pode mais ser repartida. Um processo judicial de 2003 pedia a reintegração de posse aos colonos, mas o pedido foi negado pela Justiça. Segundo Bessa, políticos e madeireiros da região" iludem os colonos com a afirmação de que se eles pressionarem, vão conseguir suas antigas terras de volta".

Para Manoel Evilásio, ex-vereador de Garrafão do Norte e apontado como um dos mandantes da captura do indígena e do enfermeiro, os homens só serão libertados quando a Funai negociar com os colonos: "Nós queremos ter uma reunião concreta e uma decisão correta. Queremos que índios e posseiros sejam amigos e parceiros, mas deixar o índio na terra dele e o colono na terra dele. E queremos que a Funai converse com a gente numa ação ajuizada. Não queremos que a Justiça brasileira faça ilegalidades."

Em janeiro deste ano, episódio semelhante ocorreu nas mediações da mesma terra indígena, onde fiscais do Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e um coronel da Polícia Militar foram cercados por colonos e precisaram ser resgatados por um helicóptero.

A Terra Indígena do Alto Rio Guamá fica nos municípios de Santa Luzia do Pará, Nova Esperança do Piruá e Paragominas e foi homologada em 4 de outubro de 1993, com aproximadamente 279 mil hectares.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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