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VALE DO RIBEIRA (SP) PRIORIZA GERAÇÃO DE RENDA E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

18/02/2008 - Comunidades quilombolas, povos indígenas, caiçaras e pequenos produtores rurais vêm convivendo de forma harmoniosa com a Mata Atlântica do Vale do Ribeira há várias gerações. Não é à toa que a região concentra 21% do que restou do Bioma no Brasil. Conciliar geração de renda com preservação ambiental é o desafio para qualquer política pública voltada ao desenvolvimento desse Território, um dos beneficiados pelo Programa Territórios da Cidadania, que será lançado em Brasília, pelo presidente Lula, no próximo dia 25.

O Programa Territórios da Cidadania trabalha com base na integração das ações do Governo Federal e dos governos estaduais e municipais, em um plano desenvolvido em cada região com a participação da sociedade. Prevê 133 ações de 15 Ministérios nas áreas de apoio às atividades produtivas, acesso a direitos e ações de infra-estrutura, totalizando R$ 11,3 bilhões de investimentos no ano de 2008 em todo o Brasil.

Política pública efetiva

“O problema do Vale não é a falta de dinheiro, mas a forma de investir esse dinheiro”, opina Henrique da Mota Barbosa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura Familiar do Vale do Ribeira e Litoral Sul (Sintravale). Para ele, o Territórios da Cidadania é uma oportunidade para a elaboração de uma política pública com efetiva participação da sociedade. “Nossa expectativa é de que possamos acompanhar a gestão do Programa”, conclui.

José Rodrigues, da comunidade quilombola Ivaporunduva, em Eldorado, concorda com a avaliação de Barbosa. Ele acha a metodologia de conferências públicas ideal. “É interessante porque pega a opinião do povo. E, aqui no Vale, nós somos organizados, conseguimos discutir com o governo”, explica.

O quilombola e o sindicalista também estão de acordo em relação aos principais problemas da região: a questão fundiária e a infra-estrutura. Não só os quilombos aguardam a titulação de seus territórios, mas inclusive muitos pequenos posseiros. “Precisamos ainda de investimentos em educação, saúde, saneamento, estradas. Como é que uma região se desenvolve sem estradas?”, questiona Rodrigues.

Na agricultura, o Vale do Ribeira carece de estratégias de desenvolvimento capazes de conciliar a produção agrícola com a preservação da Mata Atlântica. Rodrigues defende a diversificação e a agroecologia. Mas lembra que falta às comunidades tradicionais da região canais adequados para comercializar seus produtos. “A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) tem sido uma boa alternativa, mas o Programa de Aquisição de Alimentos precisa ser ampliado”, sugere.

A sustentabilidade não está só nos discursos. O mérito pela sobrevivência da Mata Atlântica é, em grande parte, das comunidades tradicionais do Vale do Ribeira. O que essas comunidades reivindicam agora é o apoio governamental para que não se repita no local o que aconteceu no Pontal do Paranapanema: a exploração agrícola predatória e a devastação da floresta. “Tem que ter política pública para isso e de forma permanente”, enfatiza Henrique Barbosa.

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Rio Grande do Norte lança Programa de Agroenergia

18/02/2008 - O secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Adoniram Sanches Peraci, participa na próxima terça-feira (19) do lançamento do Programa de Agroenergia para o Rio Grande do Norte. O evento será realizado em Natal, no auditório da Empresa Estadual de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN), às 10h.

O Programa de Agroenergia prevê a implantação de 13 mil hectares de girassol e 15 mil hectares de algodão destinados à produção de biodiesel. O investimento para sua implementação é de R$ 10 milhões, envolvendo cerca de 12,5 mil agricultores familiares.

O objetivo da ação é fomentar a implantação das culturas oleaginosas pela agricultura familiar, visando a produção do biodiesel e, também, a sustentabilidade financeira dos produtores, assegurando preços mínimos competitivos para a produção. De início, já estão garantidos os preços de R$ 1,30 para o quilo do algodão e, para o girassol, o valor de R$ 0,81 o quilo.

O Programa é uma da parceria do governo do estado com a Petrobras, Banco do Nordeste e Banco do Brasil, Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), as empresas Nortex, Ponte de Ferro e Santana Algodoeira, além de uma rede de colaboradores da qual o MDA e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) faz parte.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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