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COMEÇA RECADASTRAMENTO DE IMÓVEIS RURAIS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

29/02/2008 - O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) inicia nesta segunda-feira (3) uma campanha de recadastramento de imóveis rurais de áreas maiores que quatro módulos fiscais (um módulo varia entre 60 e 80 hectares, conforme o município) e de seus detentores localizados nos 36 municípios da Amazônia Legal que mais desmataram em todo o País no ano passado. A campanha para grandes imóveis rurais ocorre até 2 de abril.

Depois de encerrado esse trabalho, o Incra começa uma ação de cadastro, demarcação e regularização fundiária nos imóveis com menos de quatro módulos fiscais, que somam 42,2 mil imóveis rurais nos 36 municípios. Esses imóveis representam quatro milhões de hectares. O resultado das duas fases do recadastramento será compartilhado com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e irá ajudar a combater o desmatamento na Amazônia.

A Instrução Normativa (IN) nº 44, que estabelece diretrizes para o recadastramento de imóveis rurais de que trata o Decreto nº 6.321, de janeiro de 2007, detalha a participação do Incra, com a definição dos procedimentos a serem realizados por proprietários e ocupantes da áreas.

Pela IN, os donos ou posseiros terão que levar ao Incra documentos que comprovem a titularidade ou posse pacífica da terra, além de plantas e memoriais descritivos com a correta localização geográfica dos imóveis rurais. A documentação poderá ser apresentada nas próprias Superintendências Regionais e nas Unidades Avançadas da autarquia; em Unidades Municipais de Cadastro (UMC), localizadas nas sedes dos municípios conveniados com o Incra; nos Escritórios dos Órgãos Estaduais de Terra; ou, ainda, em escritórios que serão instalados nas regiões cujos imóveis rurais sejam objeto de recadastramento.

Rotina da autarquia

Segundo o presidente do Incra, Rolf Hackbart, esse trabalho de recadastramento faz parte de uma rotina da autarquia e será realizado sem problema. “O que vamos fazer agora é centrar nosso trabalho nos 36 municípios, recepcionando dados dos grandes proprietários. Também vamos realizar o recadastramento dos pequenos, nos próximos dois anos. Como é um trabalho volumoso, precisamos de ajuda de governos estaduais e municipais, institutos de terras, sindicatos e movimentos sociais na cooperação com a mobilização dos proprietários rurais para que eles procurem o Incra. Isso, porque nosso grande objetivo é a regularização fundiária, pois sem ela não existe desenvolvimento sustentável, nem controle do desmatamento”, assegura Hackbart.

Os municípios

Os municípios onde serão realizados os recadastramentos são: Lábrea (AM); Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Gaúcha do Norte, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Querência, São Félix do Araguaia e Vila Rica (MT); Altamira, Brasil Novo, Cumaru do Norte, Dom Eliseu, Novo Progresso, Novo Repartimento, Paragominas, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Ulianópolis (PA); Nova Mamoré, Porto Velho, Machadinho DOeste e Pimenta Bueno (RO).

A área total dos 36 municípios alcança 77,9 milhões de hectares, incluindo áreas urbanas, indígenas e de preservação ambiental, além de terras devolutas da União e dos estados. O atual cadastro do Incra tem cerca de 15,4 mil imóveis rurais com mais de quatro módulos fiscais nos municípios da lista, o que representa 48 milhões de hectares.

Meio ambiente

A ação de recadastramento tem, entre outras atribuições, o objetivo de conhecer a realidade ambiental dos municípios, o domínio e propriedade dos imóveis. Vale ressaltar que o Cadastro de Imóveis Rurais possibilita o conhecimento da estrutura agrária e fundiária do País, permitindo aos órgãos públicos, ou mesmo a entidades privadas ligadas ao meio rural, a adoção de uma política agrícola eficaz, bem como permitir o levantamento das terras ociosas que são passíveis de incorporação ao processo de reforma agrária.

A legislação brasileira determina que os imóveis rurais na Amazônia só podem desmatar vinte porcento da área – o que passar disso é desmatamento ilegal, sendo os proprietários e ocupantes das áreas passíveis de penalidades legais, como perda da terra, multa e reflorestamento.

Os demais imóveis rurais do Brasil continuam sob as regras antigas, devendo atualizar seus cadastros quando houver alterações, como: inclusão de um novo imóvel rural; inclusão de imóvel rural originário de desmembramento; recadastramento de imóvel rural não cadastrado a partir de 1992; alteração por aquisição de área total; alteração por mudança de condomínio; alteração de exploração; alteração por desmembramento; alteração por remembramento; alteração por anexação de área não cadastrada; alteração por retificação de área; alteração de dados pessoais.

Atendimento

O Incra presta atendimento aos detentores a qualquer título de imóveis rurais. Esse atendimento é feito nas Superintendências Regionais localizadas em todas as capitais dos estados, no Distrito Federal, e também em Marabá e Santarém, no Pará, e Petrolina (PE), bem como nas Unidades Avançadas, localizadas em municípios-pólo, em alguns estados da Federação, subordinadas às respectivas Superintendências.

O atendimento também é prestado nas Unidades Municipais de Cadastramento (UMCs), localizadas nas sedes dos municípios, em todo o País, por meio de Termo de Cooperação Técnica, celebrado entre o Incra e as Prefeituras Municipais. Para a atualização cadastral do imóvel rural e do detentor no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), é necessária a apresentação de documentação nas UMCs e no Incra.

A partir da edição da Lei 10.267/2001 e de seus decretos regulamentadores, fica ainda obrigada à apresentação de planta e memorial descritivo georreferenciado, para detentores de imóveis rurais com área igual ou superior a mil hectares, em casos de desmembramento, remembramento e qualquer situação de transferência. Para os imóveis rurais com área inferior a mil hectares, essa obrigatoriedade passará a vigorar a partir dos prazos estabelecidos no Decreto 5.570/2005.

Mais informações sobre cadastro de imóveis rurais, documentação necessária e formulários, entre outras, podem ser conseguidas na página do instituto: www.incra.gov.br.

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Recadastramento na Amazônia Legal

29/02/2008 - O presidente do Instituto Nacional de Colonização Nacional e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, abre oficialmente nesta segunda-feira (3), em Cuiabá (MT), o recadastramento de médios e grandes imóveis rurais em 36 municípios da Amazônia Legal. Outras Superintendências Regionais do Incra na região também realizam eventos semelhantes com a presença de diretores e coordenadores nacionais do Instituto.

O diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária, Roberto Kiel, estará em Santarém (PA); a coordenadora-geral de Cadastro Rural, Lucimeri Selivon, estará em Belém (PA); o coordenador-geral de Regularização Fundiária, Richard Torsiano, abrirá os trabalhos em Marabá (PA); o coordenador-geral de Cartografia, Edaldo Gomes, acompanha o presidente do Incra em Cuiabá (MT); e o coordenador-geral de Regularização de Territórios Quilombolas, Rui Santos, abre o recadastramento na cidade de Porto Velho (RO).

Os eventos serão realizados nas sedes das Superintendências Regionais do Incra. A seguir, os dirigentes do Incra estarão à disposição da imprensa para informações e esclarecimentos.

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Recadastramento de imóveis rurais no Pará

27/02/2008 - A coordenadora-geral do Cadastro Rural do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Lucimèri Selivon, e o superintendente regional da autarquia em Belém, Cristiano Martins, concedem às 10h desta quinta-feira (28), na sede do Incra, entrevista coletiva para informar sobre o recadastramento dos imóveis rurais no Estado.

A expectativa do Incra é de recadastrar mais de 23 mil imóveis, dentre pequenas, médias e grandes propriedades rurais situadas em 12 municípios do Pará. A objetivo é identificar com precisão a malha fundiária dos municípios paraenses que integram a relação das 36 localidades que mais desmataram no último semestre de 2007. A lista foi elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

De acordo com a Instrução Normativa publicada pelo Incra no Diário Oficial da União do último dia 19, donos ou posseiros de médias e grandes propriedades (áreas acima de quatro módulos fiscais) terão que apresentar ao órgão fundiário, entre 03 de março a 02 de abril, documentos que comprovem a titularidade ou posse pacífica da terra, juntamente com plantas e memoriais descritivos da localização geográfica do imóvel.

A norma estabelece que as informações técnicas dos documentos terão que ser elaboradas com base em coordenadas obtidas através de aparelhos GPS (via satélite) e assinadas por técnicos habilitados pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PA). A documentação poderá ser entregue nas sedes e nas Unidade Avançadas das superintendências regionais do Incra ou em escritórios que serão disponibilizados nos municípios-alvo da ação.

Quem não fizer o recadastramento terá o Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR) suspenso até que regularize a situação. A medida impede, por exemplo, o acesso aos créditos oferecidos pelo poder público e à venda dos imóveis. Na região nordeste do Estado, a ação incidirá sobre os municípios de Dom Eliseu, Paragominas e Ulianópolis; no oeste, sobre os imóveis rurais localizados em Altamira, Brasil Novo e Novo Progresso. Já no sul do Pará, o recadastramento será realizado nos municípios de Cumaru do Norte, Novo Repartimento, Rondon do Pará, Santa Maria das Barreiras, Santana do Araguaia e São Félix do Xingu.

Extensão é de 27,1 milhões de hectares

Segundo dados do Cadastro Rural do Incra, a área ocupada pelos imóveis nos municípios-alvo da ação soma 27,1 milhões de hectares. Desse total, 25,1 milhões de hectares correspondem a 12.539 grandes propriedades (92,6% do total da área cadastrada). Os minifúndios e pequenas propriedades, aí incluídos os projetos de assentamento e outras comunidades rurais, ocupam somente 2,9% da área cadastrada, num total de 782 mil hectares de terras.

No que se refere às pequenas propriedades (abaixo de quatro módulos fiscais), dentre elas os projetos de assentamentos e pequenas comunidades rurais, equipes técnicas do próprio Incra irão até os imóveis para o recadastramento e regularização fundiária. As informações coletadas nas duas fases da ação serão compartilhadas com o Ministério do Meio Ambiente, que irá utilizá-las para um enfrentamento mais preciso do desmatamento no Pará.

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Projeto do Incra em PE homenageia Dorothy Stang

26/02/2008 - De acordo com o chefe da Divisão de Obtenção de Terras do Incra na região, João Bosco Carvalho, ao receber a posse do imóvel Fazenda Corocoçó (Caixa Prego), em Serrita, o Incra/MSF faz uma homenagem a Irmã Dorothy Stang, a missionária americana assassinada em Anapu (PA), em 2005, ao nomeá-lo Projeto de Assentamento Irmã Dorothy.

A expedição do mandado de imissão na posse do imóvel veio no dia 12 de fevereiro, data em que completou três anos do assassinato da freira norte-americana naturalizada brasileira. O mandado a favor do Incra foi expedido pelo juiz da 18ª Vara Federal de Pernambuco, Doutor Tiago Antunes de Aguiar.

O novo assentamento

O assentamento Irmã Dorothy tem capacidade para assentar 14 famílias em uma área de 190 hectares. O novo assentamento permitirá que as famílias trabalhem atividades agrícolas e pecuárias, além da piscicultura, tendo em vista que a área se encontra próximo ao lago formado pela Barragem do Chapéu.

Além desse imóvel, o Incra/MSF também foi imitido na posse dos imóveis Ilha Zozó, local onde foi encontrada uma plantação de maconha, no município de Orocó, e Fazenda Inchuí, em Santa Maria da Boa Vista, onde está sendo providenciada a criação de mais um projeto de assentamento da reforma agrária

 
 

Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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