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FALTA DE ESTRUTURA PREJUDICA RETIRADA DE MADEIRA ILEGAL NO PARÁ

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Fevereiro de 2008

29 de Fevereiro de 2008 - Roberto Maltchik e Marco Antônio Soalheiro - Enviados especiais - Wilson Dias/Abr - Tailândia (PA) - Madeira apreendida na operação Arco de Fogo é levada às balsas que seguirão para Belém pelo Rio Moju
Tailândia (PA) - Em condições precárias, seis homens trabalham em um dos postos estratégicos para a retirada da madeira ilegal apreendida na cidade de Tailândia, no nordeste do Pará.

São centenas de toras de árvores, cortadas na floresta e empilhadas às margens do Rio Moju, em um terminal fluvial a 15 quilômetros de Tailândia, por conta da estrutura precária para retirá-las dos caminhões e colocá-las nas balsas que devem levar o material para Belém.

“Essa madeira deveria ter embarcado na terça, mas hoje [quinta-feira] nós estamos aqui esperando. Só tem uma máquina com problema e eles não vêm aqui arrumar. Com sorte, a madeira sai daqui amanhã [hoje, sexta-feira]”, lamentou Ceará, capitão da balsa, em entrevista à TV Brasil.

Ceará e os marinheiros passaram o dia aguardando uma mangueira para que a pá, que recolhe os enormes pedaços de madeira, pudesse funcionar. Segundo o capitão, em 30 minutos o problema estaria resolvido caso um representante do governo do estado estivesse no local para auxiliar nos trabalhos.

São duas plataformas, uma com capacidade para mil metros cúbicos de madeira e outra para 400 metros cúbicos, que já deveriam ter partido para Belém. O destino final seria um depósito em Marituba, na região metropolitana da capital.

Toda a madeira que está no terminal foi apreendida na semana passada, quando os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) identificaram 13 mil metros cúbicos de árvores retiradas ilegalmente da floresta e armazenadas nas madeireiras da cidade. “Isso não é trabalho para só uma máquina. Era para ter mais uma, e as duas em condições normais. Assim fica muito difícil”, disse o marinheiro Helinho.

Com o atraso de três dias no embarque da madeira, os marinheiros temem pela segurança. Na semana passada, uma manifestação população ocorreu na tentativa de evitar que fiscais do Ibama autuassem madeireiras e carvoarias da região. “Nesta madrugada, a Polícia Federal apareceu. Mas, na noite passada, nós ficamos aqui com toda essa madeira sem proteção”, revelou o capitão.

Enquanto isso, os caminhoneiros ficam em fila no meio da mata à espera de uma solução para as dificuldades. “Não faço a menor idéia de que hora vou sair daqui. O pior é que eles [a tripulação] não têm comida para nós. Tenho medo de passar fome”, afirmou o caminhoneiro Jean Silva.

A Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Pará reconheceu o problema e informou, por meio da assessoria de imprensa, que já adotou providências visando a minimizar as dificuldades de transporte da mercadoria apreendida. A secretaria informou também que estuda a possibilidade de deslocar outra máquina para auxiliar na remoção do material.

A previsão da coordenação da operação é de que serão necessários no mínimo 60 dias para concluir a retirada total da madeira ilegal encontrada em Tailândia. Nessa quinta-feira (28), foram encontradas centenas de toras abandonadas às margens de uma estrada vicinal nos arredores da cidade. A medição do volume de madeira é lenta e para ser agilizada, dependeria de maior número de técnicos ambientais.

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Desmatamento será tema de reunião da Comissão de Aquecimento Global do Congresso

26 de Fevereiro de 2008 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A extração ilegal de madeira na Amazônia e os recentes conflitos no município de Tailândia (PA) serão tema da primeira reunião do ano da Comissão Mista de Aquecimento Global. Foi aprovado hoje (26) requerimento de convite a representantes dos Ministérios da Justiça, Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente e Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que compareçam ao Congresso, na próxima semana, para expor a deputados e senadores o projeto do Executivo de combate a extração ilegal de madeira na região.

O relator da comissão, senador Renato Casagrande (PSB-ES), afirmou que a emissão de gás carbônico na região decorrente de queimadas e desmatamentos será o principal dos trabalhos em 2008. “O desmatamento ilegal é a principal fonte [geradora] de gás do efeito estufa no Brasil”, comentou.

Na semana passada, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturai9s Renováveis (Ibama) foram obrigados a interromper a Operação Guardiões da Amazônia após o bloqueio de estradas e manifestações contra a fiscalização de madeireiras do município. A reação popular contra a operação do Ibama obrigou o governo a enviar soldados da Força Nacional de Segurança e policiais federais à região.

Casagrande também comentou, em entrevista à Agência Brasil, a decisão do governo dos Estados Unidos de condicionar a adesão ao Protocolo de Quioto à adoção de um compromisso efetivo de redução de CO2 por países emergentes como Brasil, China e Índia.

“Os Estados Unidos já chegaram ao topo da irresponsabilidade, destruindo suas florestas, já emitem uma quantidade enorme de gases do efeito estufa com sua matriz energética. Eles têm que assumir suas responsabilidades para que possam estabelecer metas de redução desses gases”, afirmou o relator da Comissão Mista de Aquecimento Global.

Renato Casagrande disse considerar perfeitamente viável que os três países emergentes, “de forma segmentada”, estabeleçam metas de redução dos gases responsáveis pelo aquecimento do planeta. “Isso numa discussão das Nações Unidas ou na conferência das partes que discute as mudanças climáticas, nunca como uma imposição dos Estados Unidos”, ressaltou.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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