Construção Civil
- 25/02/2008 - Escola Politécnica (Poli)
da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveu
projeto multidisciplinar originando um método
inovador para a produção de areia
e rochas britadas de alto desempenho mecânico.
O trabalho, realizado em parceria com pesquisadores
do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem/MCT) e da
Universidade Federal de Alagoas (Ufal), foi desenvolvido
com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos
(Finep/MCT) e do Centro de Pesquisas da Petrobras
(Cenpes).
Os produtos foram extraídos
do entulho produzido na construção
civil que, normalmente, ou é reciclado por
usinas para gerar produtos de baixo valor ou vai
parar em aterros sem ser reutilizado.
Segundo os coordenadores do projeto,
Vanderley John, professor do departamento de Engenharia
de Construção Civil, e Carina Ulsen,
pesquisadora do Laboratório de Caracterização
Tecnológica, a areia e a brita geradas pelo
processo poder ser melhor utilizadas em concreto
estrutural para construção de casas
e edifícios, porém não podem
ser aplicadas em pontes.
"A areia e a brita desenvolvidas
pelo estudo, cujos resultados foram obtidos pela
união de conhecimentos de duas grandes áreas
da Poli, as engenharias civil e de minas, podem
ser utilizadas em construções que
necessitam de um desempenho mecânico maior
que 25 megapascal – o índice mínimo
de resistência do concreto estrutural exigido
pelas normas técnicas", disse Ulsen.
Visando o melhor aproveitamento
do entulho, os resíduos foram separados de
acordo com características físicas
e químicas. A validação do
método foi realizada com diferentes tipos
de resíduos, cujas amostras foram coletadas
em aterros de São Paulo, Rio de Janeiro,
Macaé (RJ) e Maceió (AL).
Ainda de acordo com os pesquisadores,
a areia e a brita geradas pelo estudo têm
características superiores ao agregado reciclado,
que é atualmente empregado na pavimentação
de ruas e estradas, produzido por usinas de reciclagem
no país.
Segundo dados do Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM),
são gerados cerca de 70 milhões de
toneladas por ano de resíduos da construção
civil e da demolição. "Estima-se
que menos de 20% desse volume seja hoje reciclado",
disse Ulsen.
(Com informações da Agência
Fapesp)
Assessoria de Comunicação do MCT
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Brasil e Argentina terão
satélite para observação dos
oceanos
Agência Espacial - 27/02/2008
- Na visita do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva à Argentina, no dia 22, foi formalizado
acordo de cooperação espacial que
prevê a construção de um satélite
para observação costeira e dos oceanos.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Rezende, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe/MCT), Gilberto Câmara, participaram
do anúncio dos termos de cooperação.
Para o diretor do Inpe, esta cooperação
será benéfica para os dois países.
"A Argentina tem tecnologia espacial, materializada
nos satélites SAC-B, SAC-C e SAC-D. O Brasil,
por meio do programa Cbers, também está
num estágio de maturidade no projeto de satélites
de observação da Terra. Ao unir a
capacidade de projeto de plataformas orbitais da
Argentina com a competência em imageadores
do Brasil, o satélite conjunto demonstrará
nossa capacidade de cooperar em área de tecnologia
de ponta", declarou Gilberto Câmara.
O desenvolvimento deste satélite
terá impacto positivo na proteção
e manejo costeiro, prevenção de desastres,
proteção do meio ambiente, uso sustentável
dos recursos naturais marinhos, oceanografia, meteorologia
e estudo das mudanças climáticas.
O grupo de trabalho estabelecido pelos dois países
tem prazo de quatro meses para definir as especificações
da missão e apresentar, em julho, o cronograma
e a descrição da divisão de
tarefas.
A escolha da área de observação
dos oceanos para um novo satélite é
estratégica, considerando que hoje o programa
espacial brasileiro prevê satélites
de observação da área terrestre
do planeta (como Cbers-3 e 4, Amazônia-1 e
Mapsar), satélites científicos (Lattes-1)
e satélites meteorológicos (GPM).
"Observar os oceanos e as
áreas costeiras é muito importante
para gerenciar nosso litoral, e também entender
os fenômenos meteorológicos e climáticos
que estão relacionados com os oceanos, especialmente
com o Atlântico Tropical e Sul e o Oceano
Austral", definiu o diretor do Inpe.
Assessoria de Imprensa do Inpe