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AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE PRESERVAÇÃO DA ÁGUA

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Março de 2008

A preservação dos recursos hídricos foi a principal questão abordada na segunda Audiência Pública coordenada pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) para discutir a implantação de empreendimento de mineração na serra do Espinhaço, nos municípios de Alvorada de Minas e Conceição do Mato Dentro.

Realizada nessa terça-feira (04), no município de Dom Joaquim, a audiência teve a participação de cerca de 700 pessoas entre moradores do município, representantes de organizações não governamentais, dos poderes públicos executivo, legislativo e judiciário locais.

De acordo com a empresa autora do projeto, a MMX Mineração e Logística, a água que será utilizada no processo minerário terá como uma das fontes o rio do Peixe, curso d'água que passa por Dom Joaquim e é responsável pelo abastecimento do município.

Segundo o gerente de Apoio às Atividades Minerárias da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Caio Rocha, para assegurar à população de Dom Joaquim a manutenção dos índices de qualidade e quantidade de águas atuais, o licenciamento ambiental exige da empresa uma série de medidas que visam minimizar o impacto ambiental. Entre as condicionantes, a empresa deverá realizar o monitoramento constante da vazão e qualidade dos recursos hídricos em vários pontos dos cursos d'água afetados pelo empreendimento. "Caso seja detectada alguma interferência, a empresa é obrigada a agir imediatamente para corrigir o problema e evitar que falte água às comunidades que dela dependem", explica.

Segundo dados da MMX, a captação feita pela empresa no rio do Peixe, irá representar uma diminuição de cerca de 3,14% do volume do curso d'água, num total de 2,5 mil metros cúbicos por hora. A captação só poderá ser realizada após a concessão da outorga para uso de recursos hídricos pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) que está sendo analisada dentro do processo de concessão de Licença Prévia (LP) do empreendimento.

Legislação

Minas Gerais possui umas das mais avançadas legislações do Brasil em relação ao uso dos recursos hídricos e o licenciamento ambiental é rígido quanto ao uso e monitoramento das águas. A outorga não dá ao usuário a propriedade de água ou sua alienação, mas o simples direito de seu uso. Portanto, a outorga poderá ser suspensa, parcial ou totalmente, em casos extremos de escassez ou de não cumprimento pelo outorgado dos termos de outorga previstos nas regulamentações, ou por necessidade premente de se atenderem os usos prioritários e de interesse coletivo. "Durante toda a operação na região deverão ser realizadas novas verificações para garantir que a qualidade das águas esteja nas mesmas condições de antes do início da atividade", esclarece Rocha.

Regularização ambiental em debate

Os mecanismos de regularização ambiental serão tema do Ciclo de Debates "Licenciamento Ambiental" promovido pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), nos dia 10 e 11 de março. Durante o evento, serão apresentadas as recentes modificações do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) para modernizar a gestão dos recursos naturais do Estado.

Nos debates, a administração ambiental de Minas Gerais será detalhada pelos representantes dos órgãos que compõem o Sisema: Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Polícia Militar de Meio Ambiente.

O ciclo de debates atende ao requerimento do deputado Domingos Sávio e é um evento preparatório para o Seminário Legislativo sobre Mineração, que está previsto para ser realizado na Assembléia Legislativa de 9 a 12 de junho de 2008. Os participantes poderão apresentar propostas sobre a questão, as quais servirão de base para o seminário que se chamará "Minas de Minas".

Além dos representantes do Sisema, o evento terá a participação do setor produtivo e da sociedade civil. A programação está disponível no site da Assembléia (http://www.almg.gov.br/).

Pioneirismo

Minas Gerais foi o Estado pioneiro na implementação de políticas de gestão dos recursos naturais. Em 1978, foi criada a Comissão de Política Ambiental (hoje Conselho Estadual), o Copam, que mantém a condição de instância superior de deliberação das políticas de meio ambiente no Estado. É um órgão colegiado com participação paritária do poder público e da sociedade civil.

Em 2003, foi iniciado um processo de atualização e modernização de procedimentos na área de licenciamento e de gestão ambiental. A regularização ambiental de empreendimentos foi descentralizada com a criação e implantação das Unidades Regionais Colegiadas (URCs) do Copam, que têm apoio técnico e administrativo das Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Suprams).

Em dezembro de 2007, o Decreto 44.667, reorganizou o Conselho, fortalecendo suas Unidades Regionais e estabelecendo nova estrutura para Câmaras Temáticas e Grupos de Trabalho. Além disso, foram recentemente criadas duas novas URCs: a do Rio Paraopeba e do Rio das Velhas, que atendem aos municípios que fazem parte de tais bacias hidrográficas.

Existem ainda outras oito URCs. São elas: Norte de Minas, Jequitinhonha, Leste Mineiro, Zona da Mata, Sul de Minas, Alto São Francisco, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, Noroeste de Minas.

Regularização ambiental

A regularização ambiental é o instrumento do Sisema para garantir o uso sustentável dos recursos naturais. O processo prevê a emissão de Licenças Ambientais e de Autorizações Ambientais de Funcionamento (AAF), de acordo com o porte e potencial poluidor do empreendimento. Para os empreendimentos considerados de impacto ambiental não significativo, é obrigatória a obtenção da AAF. Para as atividades consideradas de maior impacto, o caminho para a regularização ambiental é o processo de licenciamento, com o requerimento das licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO).

No ciclo de debates, o Sisema apresentará ainda os estudos utilizados para nortear as políticas públicas de investimento no Estado, de acordo com as características sócio-ambientais de cada região. Nos debates, serão detalhados o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) e os Indicadores de Qualidade Ambiental, instrumentos que também avaliam o desempenho da política pública de meio ambiente.

Também serão detalhados os investimentos na ampliação da fiscalização pelos órgãos do Sistema. A criação do Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI) permitiu um melhor planejamento e uma fiscalização ambiental mais eficaz no Estado.

Política Florestal

O trabalho de gestão sustentável dos recursos naturais do Sisema inclui a recuperação do patrimônio natural de Minas. A recuperação florestal é uma das metas do Governo, sendo que o IEF é responsável pela coordenação do Projeto Estruturador para Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica.

O Governo de Minas também tem voltado esforços para o uso sustentável dos recursos florestais. As florestas de produção são um dos mecanismos utilizados pelo Instituto para atender à demanda industrial e doméstica, diminuindo a pressão sobre as matas nativas e respeitando as Áreas de Preservação Permanente e de Reserva Legal.

Um dos exemplos é o Programa de Desenvolvimento Sustentável do rio Pandeiros, na região Norte de Minas. Desde a implementação do trabalho, o desmatamento ilegal na região foi erradicado com incentivo aos produtores locais para desenvolverem atividades sustentáveis como a agricultura e a pecuária de pequeno porte e o estimulo à formação de florestas sociais de produção.
07/03/2008
Ascom / Sisema

+ Mais

IEF intensifica fiscalização no período da quaresma

O Instituto Estadual de Florestas (IEF) e a Polícia Militar do Meio Ambiente iniciaram, nesta semana, uma fiscalização reforçada sobre a pesca e o comércio de peixes. A ação acontecerá durante todo o período da quaresma.

O gerente de Gestão da Fauna Aquática e Pesca do IEF, Marcelo Coutinho Amarante, explica o objetivo do reforço na vigilância: "A fiscalização é intensificada no período da quaresma devido ao aumento do consumo, visando à proteção da biodiversidade e dos próprios consumidores".

A operação, que se estenderá até o dia 23 de março, contará com a participação de cerca de 30 técnicos do IEF e será realizada em todo Estado de Minas Gerais, com foco maior na Região Metropolitana. Já foram apreendidos 992,9 kg de pescado e aplicados cerca de R$ 150 mil em multas pelos fiscais do instituto desde o início das operações em 12 de fevereiro.

Durante a fiscalização são verificados os tamanhos, as quantidades e os limites de captura por espécie, de acordo com o que está definido na Lei 14.181 (2002) e nos Decretos 43.713 (2004), 43.854 (2004) e 44.309 (2006). Também são verificados os registros e licenças de comerciantes e pescadores. Para pescar, transportar o material de pesca e o pescado é obrigatório ter a licença emitida pelo órgão competente. No caso da pesca amadora, é necessária a carteira de pesca, que pode ser obtida nos escritórios regionais do IEF, em todo o estado, ou pelo site www.ief.mg.gov.br. A carteira deve ser renovada anualmente.

Piracema termina mas restrições continuam

Apesar de a Piracema (período de restrição de pesca em Minas Gerais por ser a época em que os peixes sobem para as cabeceiras dos rios para se reproduzirem), ter terminado no dia 28 de fevereiro, pescadores devem continuar atentos às regras de pesca que precisam ser seguidas durante todo o ano.

Gustavo Cavalcanti, Analista Ambiental do IEF, ressalta a importância de, mesmo fora deste período, se seguir as regras para a pescaria: "Para preservação das espécies, é fundamental que o pescador respeite sempre os tamanhos, quantidades e limites de pescaria estabelecidos e use sempre os equipamentos de pesca corretos para sua categoria", diz.

O analista ainda lembra que a preservação das espécies é responsabilidade de todos e destaca a necessidade de a sociedade atuar como parceira na fiscalização dos rios. "Sempre que alguém constatar pesca predatória deve denunciar ao IEF. A denuncia pode ser anônima e a pessoa estará contribuindo para o fim da pesca irregular", afirma.
Ascom/ Sisema
05/03/2008

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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