6 de Março de 2008 - Amanda
Mota - Repórter da Agência Brasil -
Manaus - A governadora do Pará, Ana Júlia
Carepa, anunciou nesta quinta-feira (6), em Belém,
uma série de medidas que visam criar – no
curto prazo de tempo - alternativas para de geração
de renda para a população de Tailândia,
no nordeste do estado. Uma grande operação
(Operação Arco de Fogo) no município
contra madeireiras ilegais provocou o desemprego
para milhares de trabalhadores.
Batizado de Plano Tailândia,
o conjunto de medidas inclui ações
como a agilização dos processos para
regularização fundiária; a
emissão de licenças ambientais pendentes;
o apoio ao seguro-desemprego e investimentos adicionais
para o município da ordem de R$ 12 milhões,
a serem utilizados em frentes de trabalho, pavimentação,
arborização e limpeza urbana, entre
outros.
Ana Júlia também
assinou um decreto para formalizar o ordenamento
fundiário no interior do estado e a inclusão
do município de Tailândia como prioridade.
Segundo a governadora, o Banco
Mundial será parceiro nos investimentos para
organização fundiária. Serão
aplicados R$ 4 milhões na atividade.
"Associado a isso, a Secretaria
de Meio Ambiente promove, há duas semanas,
uma força-tarefa para liberar planos de manejo
objetivando a extração legal de madeira.
Muito em breve vamos reverter a situação
atual de Tailândia e reorientar de forma positiva
o período produtivo da cidade", informou
a governadora.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores
na Indústria Madeireira, Movelaria e Construção
Civil de Tailândia, Tomeaçu e Concórdia
do Pará (Sitrimotoc), mais de 8 mil trabalhadores
que atuam no setor madeireiro ficaram desempregados
com a operação contra as madeireiras
e o desmatamento ilegais.
O secretário de Governo,
Cláudio Puty, disse que quem trabalha legalmente
terá garantido todos os seus direitos.
Ele informou que o reflorestamento
do município está previsto no Plano
Tailândia. "Também criamos um
centro de produção de mudas. Trata-se
de um laboratório que vai permitir a geração
de renda a partir do reflorestamento desta área.
O fundamental disso tudo é que novos investimentos
estão vindo para Tailândia exatamente
porque nós conseguimos comprovar que a produção
madeireira pode ser gerada na legalidade e que a
presença do estado também irá
contribuir para redução dos índices
de violência. Percebemos que apesar de tudo,
há um desejo da população de
atuar na legalidade. Eles perceberam que atuar na
ilegalidade não é uma alternativa
e que isso é uma coisa ruim para o Pará
e para a indústria paraense", disse
Puty.
+ Mais
Governo vai amparar desempregados
do setor madeireiro em Tailândia, garante
Capobianco
4 de Março de 2008 - Marco
Antônio Soalheiro - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O secretário executivo
do Ministério do Meio Ambiente (MMA), José
Paulo Capobianco, informou hoje (4) que os ministérios
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
e do Desenvolvimento Agrário vão implantar
ações para amparar desempregados no
município de Tailândia, no nordeste
do Pará , onde a Operação Arco
de Fogo fechou madeireiras e serrarias que trabalhavam
com madeira ilegal.
“Será implementado mecanismo
emergencial para atendimento das pessoas que não
forem atingidas pelo seguro desemprego”, garantiu
o secretário. Segundo ele, medidas concretas
em relação ao tema devem ser anunciadas
oficialmente na próxima semana.
Independente do socorro pontual
aos desempregados, Capobianco disse que o principal
desafio do governo federal na região é
trazer para a legalidade a agropecuária e
o manejo florestal. “O manejo é um atividade
predatória que pode se legalizar com planos
sustentáveis. Temos como, em Tailândia,
organizar essa atividade desde que haja uma ação
forte dos empreendedores locais”.
Na área agrícola,
o secretário ressaltou que a Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai ajudar
na transição para a legalidade com
técnicas de intensificação
da produção, por meio das quais seria
possível reduzir áreas utilizadas,
recuperar as degradadas e gerar emprego e renda
para a população.
Capobianco lembrou ainda que a
fiscalização ostensiva e as punições
rigorosas são necessárias para evitar
que os madeireiros que cumprem a lei sejam prejudicados
pela concorrência desleal. "Os que fazem
manejo sustentável não podem competir
com quem está desmatando ilegalmente, com
custos de produção menores em uma
atividade predadora”, disse.
+ Mais
Governadora confirma construção
de siderúrgica no Pará
3 de Março de 2008 - Yara
Aquino - Repórter da Agência Brasil
- Brasília - A governadora do Pará,
Ana Júlia Carepa, confirmou hoje (3) a construção
de uma siderúrgica no estado. Ela, juntamente
com o presidente da Vale, Roger Agnelli, foi recebida
em audiência, no Palácio do Planalto,
pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O início da obra está
previsto para 2009 e o local ainda não foi
definido, de acordo com Ana Júlia. "Nosso
interesse é que as obras iniciem no meu mandato
ainda, e no mandato do presidente Lula", disse.
Segundo a governadora, o investimento
público será de R$ 1,5 bilhão,
mas apenas R$ 500 milhões representam recursos
novos. O restante já está previsto
nas obras do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) para logística no estado.
O investimento da Vale será entre R$ 4,5
bilhões e R$ 5 bilhões.
A siderúrgica, quando concluída,
irá produzir três milhões de
toneladas de placas de aço por ano, de acordo
com estimativa da governadora.
"Nosso interesse é
fazer com que o desenvolvimento enraíze no
Pará", afirmou Ana Júlia. A governadora
não soube precisar quantos empregos podem
ser gerados com a obra.
No dia 21 de fevereiro, a Vale
havia anunciado a pretensão de construir
a siderúrgica no Pará.
Também participaram da
audiência os ministros dos Transportes, Alfredo
Nascimento; de Minas e Energia, Edison Lobão,
e da Casa Civil, Dilma Rousseff.