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IAP APRESENTA 103 PONTOS DE DESMATE DETECTADOS POR NOVO SISTEMA DE SATÉLITE

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2008

O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, e o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko, apresentaram nesta segunda-feira (04) 103 pontos de desmatamento detectados na região centro-sul do Paraná pelo novo sistema de monitoramento ambiental, lançado em outubro de 2007, que sobrepõe imagens do satélite LANDSAT5 - registradas em dois momentos diferentes – identificando redução aumento da cobertura florestal.

As imagens de satélite estão auxiliando nas ações fiscalizatórias em áreas onde houve desmate para verificar se o corte foi autorizado ou não. Dos 103 pontos, 36 propriedades já foram visitadas e 18 foram multadas, após constatação do crime ambiental. Ao todo, as multas já somam R$50 mil,sendo que os outros 67 pontos serão fiscalizados a qualquer momento.

“Com os investimentos feitos na aquisição de aeronaves e equipamentos, garantimos a redução de 88% no desmatamento, segundo pesquisa do Instituto SOS Mata Atlântica divulgada em 2006. Agora, com estas imagens vamos zerar o desmatamento no Paraná”, garantiu o secretário Rasca Rodrigues. Segundo ele, um dos fatores mais importantes da medida é que o Paraná está sendo dotado de um instrumento próprio e preciso.

“Não seremos mais pautados por instituições de pesquisa ou por Organizações Não-Governamentais (ONGs) para avaliar a evolução ou ‘involução’ no crescimento da nossa cobertura florestal. Além disso, poderemos acompanhar o desenvolvimento dos remanescentes florestais em áreas de Reserva Legal, mata ciliar e nos corredores de biodiversidade”, declarou Rasca.

A metodologia para essa interpretação foi desenvolvida pelo Laboratório de Inventário Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

EVOLUÇÃO - O presidente do IAP e responsável pela implantação do Sistema, Vitor Hugo Burko, explicou que as imagens possibilitam detectar desmates a partir de 900 metros quadrados, sendo que para os próximos 30 dias será possível captar desmates a partir de 400 metros quadrados.

“Em julho do próximo ano, com uma nova aquisição de imagens o IAP poderá constatar desmates a partir de 7 metros quadrados, o que equivale a uma árvore cortada no solo”, detalhou Burko. O governo investiu R$ 300 mil no Sistema, que segundo Burko é inédito no país, para os anos de 2007 e 2008. “Neste grau de detalhamento não há nada igual”, disse.

O presidente do IAP contou ainda que os todos os municípios localizados nas proximidades das cidades de Pato Branco, Guarapuava e União da Vitória são considerados pelo IAP áreas prioritárias para preservação, por abrigarem os maiores remanescentes florestais do Paraná.

A cada 60 dias, os escritórios regionais do IAP recebem uma relação com os desmates ocorridos dentro de sua área de abrangência, com informações como a tipologia florestal desmatada e o volume retirado. O próximo passo é promover vistorias em campo para conferir o que indicam as imagens. Se comprovado o dano ambiental, o proprietário é autuado.

“Acabamos com a possibilidade de os criminosos jogarem a sujeira para debaixo do tapete. Se antes eles atuavam de madrugada e a noite enterrando a madeira cortada, hoje não adianta mais fazer isso. Serão pegos da mesma maneira”, reforçou o presidente.

RECOMPENSA - Em contrapartida, o presidente do IAP destacou que os produtores que mantêm áreas de florestas serão recompensados como novo sistema.

“Estaremos quantificando o carbono capturado por áreas florestais e certificando os proprietários dessas áreas. Com isso, eles poderão vender os títulos de carbono da floresta em pé, ganhando com a preservação”, registrou.

O Programa permite ainda que outras instituições públicas e privadas utilizem suas informações, já que retira das imagens áreas agrícolas, definindo áreas florestais.

Imagens de satélite serão ‘prova do crime’

Durante a entrevista coletiva para apresentar os primeiros resultados do monitoramento via satélite, nesta segunda-feira (03), o secretário Rasca Rodrigues explicou que as imagens geradas pelo satélite serão a ‘prova do crime’. “Na autuação, a imagem servirá para confirmar o crime e penalizar economicamente o proprietário que ainda insiste em atentar contra o meio ambiente”, explicou.

Antes, segundo o secretário, os desmates partiam da floresta em direção à estrada, escondendo as clareiras atrás de cortinas florestais, e os infratores derrubavam as árvores e as levavam para a serraria. “Hoje eles levam a serraria à floresta utilizando os chamados ‘picadores’ para cortar as árvores sem deixar vestígios, sequer farelo, e inviabilizar a comprovação do dano”, comentou. “Mas com esse novo sistema em prática isso não acontecerá mais”, completou.

O sistema também trará mais agilidade à fiscalização, segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Vitor Hugo Burko. “Iremos aumentar nossa capacidade de vistorias, uma vez que os crimes contra a flora correspondem a cerca de 60% das ocorrências”, afirmou. “O fiscal que antes demorava dois, três dias para achar o desmate irá localizar, com ajuda das coordenadas, no próprio dia. Assim poderemos atender mais denúncias e nos dedicar a outras ocorrências, por exemplo”, explicou.

AUTUAÇÕES - Apenas no ano passado, foram emitidas mais de 5,4 mil autuações e quase 63% delas – 3.393 multas – foram emitidas para punir crimes contra a flora. Outras 711 foram destinadas a indústrias irregulares sob o ponto de vista ambiental.

Mais 463 autuações foram autuadas por crimes contra a fauna, 318 relacionadas à pesca e 122 por irregularidades no segmento ‘Mineração’. Há ainda irregularidades enquadradas em outros grupos de ocorrência, que totalizam 433 autuações. Se somadas, todas estas multas ultrapassariam os R$ 75 mil.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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