Brasília (07/03/08) - Fiscais
do Ibama Pernambuco realizaram, na tarde de quarta
(5), na Praia de Maria Farinha, município
de Paulista (Região Metropolitana
do Recife), uma operação para prender
os responsáveis pelo cultivo ilegal de algas
vermelhas da espécie Kappaphycus alvarezzi,
originária das Filipinas.
A ação atendeu a
uma denúncia da Prefeitura Municipal de Paulista
e contou com o apoio da Polícia Militar do
Estado. Como não foi encontrado no local
indicado, o responsável pelo cultivo receberá
uma notificação da equipe de fiscalização
e será autuado por contrabando, além
de responder criminalmente pela atividade. A multa
pode chegar a R$ 60 mil, e a pena, de um a seis
meses de detenção.
No Brasil, a importação
e o cultivo da espécie, muito utilizada na
indústria de alimentos (gelatinas, laticínios,
embutidos) e cosméticos, ainda não
são autorizados, em função
do pouco que se sabe sobre o seu comportamento nos
ambientes litorâneos do País.
Apenas os Estados de São
Paulo e Rio de Janeiro têm autorização
para cultivar a alga experimentalmente. Apesar de
utilizada em outros países, a espécie
pode se tornar invasora, como ocorrido em várias
localidades da Venezuela, causando sérios
danos ao ecossistema natural.
Suzy Rodrigues e Ana Clara Marinho
Ibama/PE
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Ibama libera novas licenças
Brasília (07/03/2008) -
O Ibama concedeu Licença Prévia para
as Linhas de Transmissão de Energia São
Simão -Maribondo-Ribeirão Preto a
serem implantadas nos estados de São Paulo
e Minas Gerais e renovou Licença de Operação
Referente à Linha de Transmissão Sudeste-Nordeste,
Serra da Mesa, em Goiás, e Sapeaçu,
na Bahia, e Subestações associadas,
com extensão aproximada de 1080 km interceptando
cinco municípios, um em Goiás e quatro
na Bahia.
Para a empresa MMX Minas-Rio Mineração
e Logística LTDA foi concedida Licença
de Instalação referente aos canteiros
de obras, pátios e armazenagem de tubos do
empreendimento Mineroduto Minas-Rio. Esta licença
é válida por três anos.
Janete Porto
Ascom/Ibama
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Reunião com comunidade
científica analisa efeitos do incêndio
na Estação Ecológica do Taim
Porto Alegre (06/03/08) - Em reunião
realizada na sexta-feira (29) no auditório
do Centro de Pesquisas e Gestão dos Recursos
Pesqueiros Lagunares e Estuarinos - CEPERG, em Rio
Grande, foram abordados os efeitos do incêndio
ocorrido há um mês, sobre a fauna e
flora da Unidade de Conservação. Participaram
professores de diferentes disciplinas de várias
Universidades. Na abertura do encontro, às
14h, o chefe da Estação Ecológica
do Taim, Amauri Motta, fez um resumo dos procedimentos
adotados para a contenção do incêndio
que atingiu o banhado do Taim entre os dias 28 de
janeiro e dois de fevereiro. Segundo ele, a equipe
da Estação Ecológica está
fazendo o monitoramento mensal do crescimento das
plantas em alguns setores da área queimada.
Depois disso, cada um dos pesquisadores presentes,
fez uma breve avaliação sobre as prováveis
conseqüências da queimada naquele ambiente,
de acordo com a especialidade de cada um.Segundo
o professor Rafael Dias da Universidade Católica
de Pelotas -UCPEL (especialista em aves) as espécies
de aves que nidificam naquele tipo de banhado já
haviam abandonado os ninhos ainda no final do ano
passado. E mesmo aquelas espécies que normalmente
não nidificavam ali já estavam no
final da estação reprodutiva, “de
modo que o impacto do incêndio sobre esse
grupo de espécies foi relativamente baixo”,
argumenta. Também da UCPEL, o professor Marcelo
Dutra da Silva, destacou que nesse tipo de ambiente
é natural que ocorram eventos esporádicos
de queimadas em virtude do grande volume de biomassa
vegetal combustível.
Já o professor do Instituto
de Pesquisas Hidráulicas da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, David Motta Marques
ponderou que os banhados são sistemas extremamente
resistentes com relação ao fogo, uma
vez que essa vegetação conta com uma
grande biomassa abaixo do solo, responsável
pelo crescimento de novas plantas. O banhado do
Taim apresenta basicamente três espécies
de macrófitas aquáticas dominantes
e de grande poder de regeneração:
o junco (Scirpus californicus), a espadana (Zizaniopsis
bonariensis) e o capim-navalha (Scirpus giganteus).
“Como esse tipo de vegetação depende
de um solo permanentemente saturado de água,
o ecossistema, como um todo, depende, fundamentalmente,
do regime hidrológico local”. Por isso, segundo
ele, o que definirá a recuperação
da fisionomia natural daquele banhado é o
quão protegido de fatores antrópicos
externos estão as condições
naturais do regime hidrológico da área.
Conseqüentemente, segundo ele, o manejo de
controle com o uso do fogo nesse tipo de ambiente
é desaconselhável, pois está
associado a ambientes terrestres.
Segundo o biólogo Ezequiel
Pedó, do CEPERG, o encontro foi positivo
pois ajudou a esclarecer algumas especificidades
de manejo do fogo naquele ambiente. Ele destaca
o depoimento do professor David Motta Marques que
considera “bastante produtivo e, creio que principalmente
ele, pode ajudar bastante na elaboração
do plano operativo de prevenção e
contenção de queimada, que será
elaborado pelo Prevfogo. Até porque a experiência
maior do Prevfogo é na contenção
do fogo em ambientes terrestres, enquanto a Esec
do Taim tem grandes extensões de áreas
úmidas, que requerem um manejo diferenciado”,
explica.
Participaram da reunião,
Amauri Motta e a servidora Liziane Lima Alves da
ESEC do Taim (ICMBio; os professores Rafael Dias
e Marcelo Dutra da Silva da Universidade Católica
de Pelotas (UCPEL) , professor Cleber Palma Silva
da Fundação Universidade Federal do
Rio Grande (FURG); professor David Motta Marques;
do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS)
e os servidores Ezequiel Pedó, José
Luiz Pereira Borges, Rosane Nauderer e Ruini Etgar
Holz do Centro de Pesquisas e Gestão dos
Recursos Pesqueiros Lagunares e Estuarinos -(CEPERG/ICMBio).
Também estiveram presentes duas pessoas ligadas
a ONGs.
Maria Helena Annes
Ascom/Ibama/RS