Porto Alegre (11/03/2008) - Nas
duas últimas semanas, o Escritório
Regional do Ibama em Rio Grande apreendeu 43 redes
de arrasto de prancha (rede de pesca de fundo) na
Lagoa dos Patos. As redes estavam em botes e são
utilizadas (ilegalmente) para pescar camarão.
Segundo o chefe do Esreg, analista ambiental Sandro
Klippel, este petrecho de pesca é predatório
e sua utilização é proibida
tanto na Lagoa dos Patos como em todas as águas
interiores do Brasil. Somente na sexta-feira (07)
uma equipe de nove pessoas (eles contaram com o
apoio de quatro servidores do Parque Nacional da
Lagoa do Peixe) apreenderam (apenas em São
José do Norte) 11 redes.
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Na operação de fiscalização
o grupo utilizou duas lanchas a motor para o transporte
do pessoal e uma terceira (sem motor, a reboque)
para transportar o material apreendido. Sandro Klippel
destaca que o objetivo destas operações
realizadas nos municípios de Rio Grande e
São José do Norte é retirar
as redes predatórias do uso, como uma campanha
de “desarmamento ambiental”, explica. Todas as redes
apreendidas estão depositadas no Escritório
do Ibama em Rio Grande, e ao final do processo administrativo
podem ser destruídas.
Maria Helena Annes
Foto: Esreg Rio Grande
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Nota conjunta do ICMBio e do Ibama
à imprensa
As direções do Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama
estão tomando todas providências para
a apuração das irregularidades praticadas
pelos cinco servidores da Floresta Nacional Lorena
(SP), presos na manhã de hoje pela Polícia
Federal.
Os dois institutos farão
o afastamento preventivo dos servidores - medida
cautelar para evitar que influam na investigação
- e irão instaurar Processo Administrativo
Disciplinar para apurar as responsabilidades desses
servidores, acusados pela Polícia Federal
de exploração e venda irregular de
madeira e destinação indevida de animal
silvestre, oriundos desta floresta nacional.
Essa operação da
Polícia Federal na Flona Lorena integra conjunto
de ações empreendidas em parceria
com o Ibama e o ICMBio. A cooperação
com a Polícia Federal visa a apuração
de responsabilidades e punição de
infratores e servidores por danos ambientais. Iniciada
em 2003, já resultou na prisão de
126 servidores. Essa cooperação continuará
ativa e visa fortalecer a gestão pública
e valorizar o corpo funcional das instituições
ambientais.
João Paulo Capobianco
presidente substituto do Instituto Chico Mendes
de Biodiversidade
Bazileu Margarido
Presidente do Ibama
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Manifestantes saem pacificamente
do prédio do Ibama
São Paulo (12/03) - Manifestantes
ligados ao Movimento dos Atingidos por Barragem
desocuparam no final da tarde de hoje o prédio
da Superintendência do Ibama em São
Paulo. A saída dos invasores foi decidida
após reunião entre representantes
do movimento e a direção do Ibama,
em Brasília. Eles deixaram o prédio
pacificamente.
A invasão do edifício,
por cerca de 150 pessoas, ocorreu durante a madrugada
como forma de protesto contra o processo de licenciamento
ambiental da Usina Hidrelétrica de Tijuco
Alto, no rio Ribeira de Iguape, no sul do estado.
Moradores, ambientalista e quilombolas alegam que
suas reivindicações não foram
consideradas nas audiências públicas.
Eles afirmam que o empreendimento trará danos
ambientais, sociais e econômicos na região
e querem que o Ibama reconsidere seus questionamentos.
O Ibama esclarece que o
processo de licenciamento da UHE Tijuco Alto vai
continuar. Ainda não foi emitida qualquer
licença ambiental para o empreendimento,
pois faltam as considerações do Instituto
Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) a respeito
das cavidades subterrâneas nas proximidades
do empreendimento e a autorização
da Agência Nacional de Águas para a
utilização dos recursos hídricos
pelo empreendedor.
Airton De Grande
