(11/03/2008) A Embrapa
Meio-Norte deu início, em janeiro deste ano,
a coleta e análise de material referentes
à implantação do projeto Fontes
alternativas de matérias-primas para produção
de biocombustíveis, que visa a domesticação
de quatro espécies com elevado potencial
para a produção de óleo vegetal
(macaúba, pequi, pinhão manso e tucumã),
além da coleta de informações
para caracterização de outras sete
espécies(baru, murumuru, buriti, inajá,
andiroba, tucum e babaçu).
O projeto é coordenado
pelo pesquisador, Eugênio Celso Emérito
Araújo, e conta com o trabalho de 17 unidades
descentralizadas da Embrapa, em todas as regiões
do país, assim como de seis universidades
e uma instituição estadual de pesquisa.
O público-alvo do projeto
são produtores de base familiar; empreendimentos
de produção rural; Instituições
de pesquisa, universidades e outras instituições
de ensino; órgãos governamentais e
comunidades tradicionais.
Segundo Emérito, o Programa
Nacional de Produção e Uso do Biodiesel
(PNPB) estabeleceu um grande desafio para o setor
produtivo e para o desenvolvimento tecnológico
na agricultura brasileira, pois ampliou significativamente
a demanda por óleos vegetais. Atualmente
a produção é concentrada em
oleaginosas de ciclo anual e com baixa produtividade
de óleo por área (inferior a 1 tonelada/
ha/ano).
Com esse projeto, espera-se estabelecer
um sistema de produção para o pinhão
manso, assim como a seleção de materiais
promissores. Pretende-se, também, chegar
a uma melhor caracterização do potencial
da macaúba, pequi e tucumã, sua distribuição
espacial, diversidade genética, fenologia,
biologia de reprodução e métodos
de propagação.
Outras informações
que deverão ser obtidas diz respeito ao potencial
produtivo das demais oleaginosas estudadas, visando
selecionar espécies promissoras. De acordo
com o pesquisador, os resultados alcançados
pelo projeto, serão impotantes para a diversificação
das fontes de óleo vegetal com espécies
nativas que possuam impacto ambiental e maior garantia
de fornecimento de matéria-prima para a indústria.
O projeto contribui ainda na geração
de emprego e renda, com inserção de
comunidades tradicionais, extrativistas, indígenas
e agricultores familiares, mais aptas à condução
dos sistemas de produção de oleaginosas
nativas e perenes.
O pesquisador finaliza ressaltando
que certamente o projeto criará bases para
linhas de pesquisa complementares que se desenvolverão
em projetos futuros, nas quais serão detalhados
os sistemas de produção e selecionados
materiais altamente produtivos e eficientes energeticamente
.
Maria Eugênia Ribeiro
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Bioenergia é tema de workshop
em Brasília
(11/03/2008) Cientistas da Embrapa
e de instituições britânicas
querem dividir as experiências e os resultados
alcançados até agora em estudos sobre
bionergia, entre eles o aproveitamento total de
plantas que servem à obtenção
de biocombustíveis. Com essa finalidade eles
reúnem em Brasília, nesta quarta-feira(12)
durante o Woskshop Brasil - Reino Unido.
O chefe-geral da Embrapa Agroenergia
(Brasília-DF), Frederico Durães, adianta
que os pesquisadores irão discutir tecnologias
de segunda geração, como a obtenção
do etanol a partir da celulose, que possibilita
a utilização de biomassa de baixo
custo (como, por exemplo, resíduos e bagaço
de cana-de-açúcar). Segundo ele, o
workshop é uma oportunidade de os pesquisadores
brasileiros e britânicos apontarem os gargalos
e as competências do Brasil e de outros países
no tema.
O diretor-executivo da Embrapa
Geraldo Eugênio de França e o chefe
interino do Conselho de Pesquisa em Biotecnologia
e Ciências Biológicas da Inglaterra
(BBSRC), Steve Visscher, abrem o evento às
9 horas, no auditório da Fundação
Ceres. Logo após, ocorrerão oito apresentações
de pesquisadores brasileiros e de instituições
do Reino Unido. O workshop será encerrado
às 16hs30.
Deva Rodrigues