Energias Alternativas - 13/03/2008
- 10:40
Viabilidade econômica,
impacto ambiental, qualidade do combustível,
perspectivas de mercado: são várias
as questões que surgem quando o tema é
a produção e o uso em larga escala
do biodiesel. Os pesquisadores do Instituto Nacional
de Tecnologia (INT/MCT), no entanto, apresentam
estudos e soluções que mostram que
o uso de biomassa para a produção
de óleo diesel, cada vez mais, se caracteriza
como uma alternativa viável e com boas perspectivas.
O tema será apresentado na próxima
Terça Tecnológica, dia 18, às
14h30, no auditório Fonseca Costa, no INT,
no Rio de Janeiro.
As estratégias e oportunidades
para a redução dos custos de produção
do biodiesel com a qualidade referida serão
apresentadas pelo químico Álvaro Barreto,
pesquisador e gerente do Laboratório de Combustíveis
e Lubrificantes do INT.
O engenheiro metalúrgico
Eduardo Cavalcanti, pesquisador da área de
Corrosão do INT apresenta as perspectivas
de mercado, as estratégias para o uso e a
importância da qualidade assegurada do combustível,
com validação em laboratório
e em campo.
Cavalcanti também fala
sobre o trabalho da Rede Brasileira de Tecnologia
de Biodiesel, patrocinada pelo Ministério
da Ciência e Tecnologia (MCT), que coordena
esforços de várias instituições
de pesquisa do País para promoção
conjunta do combustível.
Os estudos desenvolvidos pelo
Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste
(Cetene/INT) serão mostrados pelo engenheiro
químico James Correia de Melo, coordenador
da Usina Piloto de Biodiesel no município
de Caetés (PE). A usina foi viabilizada com
recursos do MCT e produz até 2 mil litros
por dia, dando suporte às pesquisas com diferentes
óleos vegetais da região Nordeste.
O trabalho envolve toda a cadeia produtiva do biodiesel,
desde a matéria-prima até a busca
de novas tecnologias de uso do biocombustível
em motores estacionários e veiculares.
O ciclo Terças Tecnológicas
é voltado principalmente para os estudantes
de graduação e pós-graduação.
O objetivo é estimular o debate e a interação
entre tecnologistas do INT e o público universitário,
permitindo aos estudantes conhecer os projetos,
pesquisas e tecnologias desenvolvidas no Instituto.
As inscrições para
o evento podem ser feitas até às 12h
de segunda-feira (17), pelo endereço eletrônico
www.int.gov.br/3tecno. Os inscritos nesse prazo
recebem certificado de participação.
Justo D’Ávila – Assessoria de Imprensa do
INT
+ Mais
INT mostra novas frentes para
o desenvolvimento do biodiesel
Energias Renováveis - 19/03/2008
- 16:59
As perspectiva econômicas e sociais do biodisel
foram discutidas por pesquisadores e estudantes
que participaram do evento "Terças Tecnológicas".
O encontro, realizado ontem (18), é promovido
pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT).
Durante as apresentações os participantes
puderam acompanhar algumas das tecnologias que estão
sendo desenvolvidas por pesquisadores do MCT, além
das perspectivas e estratégias para o uso
efetivo do combustível.
O agrônomo Almir Monteiro,
do Centro de Tecnologias Estratégicas do
Nordeste (Cetene/INT) evidenciou a importância
estratégica do biodiesel, que não
se restringe ao fato do petróleo ser um recurso
finito. O pesquisador mostrou que sua implantação
abre uma cadeia produtiva capaz de gerar trabalho
e renda para muitos agricultores, além de
poluir menos que o diesel convencional.
O Cetene já produz biodiesel
com óleos de diversos vegetais da Região
Nordeste, como o algodão, pinhão manso,
oiticica, dendê, girassol, mamona, entre outros,
na Usina Piloto de Biodiesel no município
de Caetés-PE. O próximo passo será
a instalação da Usina de Biodiesel
Serra Talhada, com capacidade para produção
de 3 milhões de litros por ano de Biodiesel
com a qualidade especificada pela Agência
Nacional de Petróleo (ANP) e a produção
associada de 300 toneladas de glicerina para uso
farmacêutico.
O trabalho atual envolve desde
o plantio, mobilizando agricultores familiares para
produção de oleaginosas alternativas
à soja, hoje responsável por 80% da
matéria-prima do biodiesel. Além de
trazer benefícios ao solo e minimizar os
riscos econômicos de uma monocultura, o plantio
diversificado ainda tem sido consorciado com culturas
de alimento. Em outra vertente, o Cetene testa novas
tecnologias de uso em motores estacionários
e veiculares, como no caso dos experimentos que
utilizam o "biodiesel 100", ou óleo
vegetal puro, numa frota de jipes.
30 anos de biocombustíveis
Álvaro Barreto, pesquisador
e gerente do Laboratório de Combustíveis
e Lubrificantes (Lacol) do INT e coordenador do
grupo temático de caracterização
e controle da qualidade da Rede Brasileira de Tecnologia
do Biodiesel mostrou que a qualidade do biodiesel
e os novos processos de produção já
permitem a utilização do combustível
em grande escala. O trabalho coordenado pelo pesquisador
inclui a elaboração do projeto de
capacitação instrumental dos laboratórios
da Rede Brasileira de Biodiesel.
Envolvido com o desenvolvimento
de biodiesel e estudos com diversas oleaginosas
desde a década de 1970, o Lacol continua
produzindo soluções inovadoras. Recentemente
depositou o pedido de patentes de duas tecnologias:
um processo otimizado de produção
de biocombustíveis e um aditivo facilitador
da combustão de óleo diesel e biocombustíveis.
O Laboratório também realizou um projeto
para uso de biodiesel nas locomotivas da Companhia
Vale do Rio Doce em parceria com a COPPE/UFRJ e
desenvolveu, em parceria com a empresa B100 Participações,
o uso de biodiesel 30 na empresa com a maior frota
de ônibus urbanos do mundo, a Viação
Itaim Paulista, em São Paulo.
O Lacol também é
responsável por avaliar a influência
das adições crescentes de diversos
tipos de biodiesel no óleo diesel, que está
disponível em notas técnicas, no INT.
Atualmente o INT, com recursos do MCT, desenvolve
um programa de extensão tecnológica
para produção do biodiesel, que apoiará
empresas que queram investir na nova tecnologia.
O engenheiro metalúrgico
Eduardo Cavalcanti, pesquisador da área de
Corrosão do INT e sub-secretário de
Ciência, Tecnologia e Inovação
do estado do Rio de Janeiro no período de
2003 a 2006 encerrou a apresentação
abordando perspectivas de mercado favoráveis
a ampliação do uso do biocombustível.
Cavalcanti também destacou a importância
do trabalho da Rede Brasileira de Tecnologia de
Biodiesel, patrocinada pelo Ministério da
Ciência e Tecnologia, que integra o esforço
de várias instituições de pesquisa
do país para a promoção conjunta
do combustível.
O INT também tem atuado,
com apoio da Faperj, junto a prefeituras do Rio
de Janeiro, orientando desde o plantio até
o processamento e a produção final
do biodiesel com oleoginosas regionais, incluindo
de girassol, pinhão manso e nabo forrageiro.
O Instituto investe ainda na avaliação
das variações nas características
dos diversos tipos de biodiesel em condições
simuladas de armazenagem. Por fim foi apresentado
pelos palestrantes um programa que intregra as diversas
iniciativas de produção de produção
e uso do biodiesel, unindo as pesquisas desenvolvidas
na região do Semi-Árido, pelo Cetene
– localizado em Recife – com as pesquisas da sede
do INT, no Rio de Janeiro.
Voltado principalmente para os
estudantes de graduação e pós-graduação,
o ciclo Terças Tecnológicas mostrou
várias dimensões de um trabalho estratégico
para economia e o desenvolvimento do país.
(Com informações da Divisão
de Comunicação - INT)
Assessoria de Comunicação do MCT