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IAP LANÇA PLANO PARA ERRADICAR ESPÉCIES EXÓTICAS DO PARQUE ESTADUAL DO CERRADO

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2008

O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) está garantindo mais uma parceria para controlar e erradicar espécies exóticas invasoras em Unidades de Conservação. Na ultima quinta-feira (13), foi assinado em Jaguariaíva, no Norte Pioneiro do Estado, um termo de cooperação técnica entre a diretoria de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP e a empresa de energia Duke Energy para retirada de espécies de gramíneas exóticas que estão se proliferando Parque Estadual do Cerrado. O prazo para retirada e controle de espécies no local será de dois anos.

De acordo com o presidente do IAP, Vitor Hugo Burko, a idéia é retirar as espécies exóticas para dar lugar, novamente, às espécies nativas da região. A iniciativa faz parte do Programa Estadual de Controle e Eliminação de Espécies Exóticas Invasoras, que vem sendo desenvolvido nas Unidades de Conservação pelo IAP, de forma pioneira no país. “Erradicar espécies exóticas em áreas protegidas é um trabalho primordial para conservação das espécies nativas que estão ali resguardadas”, ressaltou Burko.

Espécies exóticas invasoras são aquelas que não são naturais de um ecossistema e que, uma vez introduzidas, provocam mudanças ou alterações no ambiente. “Sua dispersão e reprodução causam prejuízos ambientais sociais e econômicos, reduzindo a biodiversidade de determinado local e afetando até mesmo algumas culturas”, informou Burko. No caso do Parque do Cerrado, as gramíneas invasoras são da espécie braquiária e também o capim-gordura, em menor quantidade.

DUKE - O trabalho realizado pela empresa de energia faz parte das medidas mitigadoras exigidas pelo órgão ambiental para a renovação do licenciamento de operação da hidrelétrica de Xavantes concedida para a Duke. Além da erradicação das exóticas no parque do Cerrado, outra medida mitigadora foi a elaboração do Plano de Manejo do Horto Florestal de Jacarezinho.

Caberá à empresa fornecer material e mão-de-obra para a retirada. Já o IAP será responsável pela orientação técnica para a execução do trabalho.

O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do IAP, João Batista Campos, contou que o instituto tem procurado solucionar o problema das espécies exóticas invasoras, por meio de parcerias. Como exemplo, ele citou o trabalho para retirada de pinus no Parque Estadual de Vila Velha, feito com o apoio da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal do Paraná (Apre).

João Baptista lembrou que uma das principais funções das Unidades de Conservação de proteção integral é proteger amostras importantes da flora e fauna características de regiões fitogeográficas do Paraná, sendo as maiores depositárias da biodiversidade do nosso Estado. “Queremos que a natureza seja o mais próximo possível do que era, quando o parque foi criado, quando a vegetação predominante era o campo”, afirmou o diretor, explicando que a ação inclui a orientação dos produtores do entorno e monitoramento contínuo para evitar novas contaminações”, detalhou.

O Paraná é considerado o estado mais avançado da América Latina na erradicação de espécies exóticas invasoras. Isso porque o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), publicou a primeira lista do país contendo espécies exóticas invasoras e, ainda, reconheceu o problema oficialmente por meio de portaria que estabelece a retirada dessas espécies das Unidades de Conservação.

ATRATIVOS - Sediado em Jaguariaíva, o Parque Estadual do Cerrado preserva, em seus mais de 1,8 mil hectares, um dos últimos remanescentes deste bioma no Paraná e da região Sul do país.

O chefe do Departamento de Unidades de Conservação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Marcos Antônio Pinto, destacou outros atrativos do parque. O IAP, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, é responsável pela gestão das Unidades de Conservação estaduais.

“Um dos principais é o cânion formado pelas corredeiras do Rio Jaguariaíva, que corta o parque”, apontou. “Mas a Unidade de Conservação também conta com um museu que mostra um pouco da fauna lá encontrada, esculturas naturais feitas pelo vento e pela chuva em rochas areníticas e ainda a cachoeira do Rio Santo Antônio, com aproximadamente 40 metros de altura”, completou.

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Curso ensina a montar aquecedor solar com sucata

Moradores do Guarituba, em Piraquara (Grande Curitiba), aprenderam no ultimo sábado (15) a montar e instalar um aquecedor solar ambientalmente correto, feito com garrafas pets e embalagens longa vida usadas. O curso foi promovido pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) na sede da Associação de Moradores Jardim Tarumã II e teve a participando de 30 pessoas.

A atividade integrou o projeto Casa Ação Cooperar, criado para promover cursos profissionalizantes e de capacitação em locais de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Nossa equipe de ação social esta levando a idéia para todas as associações de moradores da Grande Curitiba, porque a salvação do nosso planeta só vai nascer da inovação”, disse o presidente da Cohapar, Rafael Greca.

Segundo Greca, a idéia do curso de montagem do aquecedor solar ecológico é livrar os rios do lixo, evitando as enchentes e ao mesmo tempo melhorando a vida da população pobre. “O conceito de desenvolvimento sustentável, do lixo que não é lixo, da mudança do mundo para melhor, está chegando à base da sociedade. Quando os mais pobres deixarem de jogar garrafas pets e embalagens longa vida no fundo dos rios e passarem a se apropriar esse material, transformando-o em bens de consumo e até em meios de renda, vão melhorar a cidade”, afirmou.

“A oficina do aquecedor solar reciclável tem como objetivo levar para a comunidade uma nova perspectiva de ganho, já que é um equipamento fácil de fazer”, explicou o estudante Mauricio Ribas, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do curso.

O aquecedor com materiais recicláveis está sendo adotado pela Cohapar em suas obras. A estimativa é que, com a utilização deste sistema, o consumo de energia elétrica seja reduzido em aproximadamente 30%.

Para o líder religioso Maurilei da Silva Nascimento, a iniciativa da Cohapar deve beneficiar principalmente a parcela da comunidade com renda mensal de até um salário-mínimo. “Com o uso deste aquecedor, com certeza, essas famílias teriam uma boa economia no final do mês. Eles teriam como aplicar o dinheiro que gastam com a água quente em outras coisas, como veste ou alimentação, um curso para os filhos”, disse. “Este é apenas o início do trabalho. Vamos espalhar a idéia por todo o Guarituba”, prometeu.

A dona-de-casa Raquel Aparecida Rodrigues contou que foi justamente a vontade de multiplicar a idéia que fez com ela participasse da oficina manhã deste sábado. “Quero ajudar o povo daqui que é muito carente. Achei o curso muito bom porque vai ajudar a mudar bastante a vida das pessoas. Ao invés desse lixo ir pra valeta vai ajudar a economizar energia para essa gente”.

No domingo (16), a Casa Ação Cooperar levou o curso para a Associação de Moradores Jardim Orquídeas. De acordo com a presidente da Associação, Maria Aparecida Leonel, pelo menos 20 pessoas participem da oficina.

“É muito interessante este curso e vai contribuir muito para a melhoria na vida da comunidade. Na situação que o país anda, com o povo ganhando tão pouco, com esse projeto vamos ter uma economia muito grande, principalmente quem tem baixo poder aquisitivo”, disse Maria Aparecida. “Sou uma das primeiras a querer participar deste curso para aprender para mim e também ensinar aos outros”, contou.

A Casa Ação Cooperar é a extensão do programa homônimo que, desde 2005, leva aos paranaenses serviços gratuitos e essenciais no desenvolvimento da cidadania. O projeto funciona no espaço físico do escritório regional de Curitiba, com orientação da diretoria de Relações Institucionais Comunitárias, e tem seu trabalho voltado para a promoção da cidadania.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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