13 de
Março de 2008 - Marco Antônio Soalheiro
- Repórter da Agência Brasil - José
Cruz/Abr - Brasília - Ibama interdita madeireira
suspeita de receptar ilegalmente material vindo
da Amazônia - Brasília - Em ação
vinculada à Operação Arco de
Fogo, fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
começaram a fiscalizar madeireiras de Brasília.
O Ibama determinou hoje (13) a interdição
da madeireira Constrular, no Setor de Indústrias
e Abastecimento, onde, segundo o órgão
federal, há fortes indícios de receptação
de madeira ilegal vinda do Pará.
O proprietário da empresa,
Paulo Roberto de Freitas, foi encaminhado à
sede do Ibama no Distrito Federal, prestou depoimento
e foi liberado. Mas terá que pagar multa,
de valor ainda indefinido, e poderá responder
a processo criminal.
“Isso nos levar a crer que podem
ser encontradas irregularidades maiores. Vamos verificar
todas as madeireiras de Brasília”, informou
o chefe de fiscalização do Ibama no
Distrito Federal, Ênio Cardoso. Segundo ele,
a capital federal é a 11ª área
do país em consumo de madeira da Amazônia,
dado diretamente relacionado à construção
civil.
Na volta ao seu comércio,
Paulo Roberto de Freitas não quis conceder
entrevista. Alegou preferir “encerrar o assunto”,
por já ter dito o que queria ao Ibama.
Os fiscais desconfiaram, em inspeção
há uma semana, do volume de madeira depositado
no pátio da Constrular. Segundo o Ibama,
foram encontrados cerca de 500 metros cúbicos
de madeira no local, mas desde março de 2007
não havia registro oficial de aquisição
de material pela empresa. Cobraram a documentação
e o proprietário apresentou nota referente
à aquisição de 18 metros cúbicos
de madeira vinda da cidade paraense de Jacundá.
De posse do Documento de Origem
Florestal (DOF), os fiscais detectaram irregularidades.
O caminhão que transportou o material apresentava
a placa de uma moto e a nota emitida pela empresa
paraense era assinada por pessoa fixada no Rio de
Janeiro.
A partir de manhã, o Ibama
fará a medição detalhada do
material interditado e a identificação
das espécies. O valor da multa a ser aplicada
vai variar de R$ 100 a R$ 500 por metro cúbico
de madeira ilegal encontrado.
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Operação Arco de
fogo interdita e multa madeireiras em Mato Grosso
13 de Março de 2008 - Marco
Antônio Soalheiro - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - Deflagrada no norte do
estado de Mato Grosso na segunda-feira (10), após
ser iniciada no Pará e estendida a Rondônia,
a Operação Arco de Fogo já
resultou no fechamento de uma serraria em Sinop
e na autuação de uma madeireira em
Alta Floresta.
Segundo a coordenação local do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), foi configurado “abuso
de licença” na madeira ilegal mantida no
pátio da serraria de Sinop. Além de
aprenderem e lacrarem o maquinário, os fiscais
multaram a empresa em R$ 95.227,00 por não
não comprovar a origem de mais de 500 metros
cúbicos de madeira, serrada e em tora.
Em Alta Floresta, foram encontrados
na madeireira fiscalizada 168 metros cúbicos
de material em situação irregular.
O local não foi fechado, mas o proprietário
terá que pagar multa de R$ 39.335,00. Houve
apreensão de um caminhão e dois tratores
.
Realizada pelo Ibama, Polícia
Federal e Força Nacional de Segurança.,
a Operação Arco de Fogo tem como objetivo
combater a exploração ilegal de madeira
nos 36 municípios que mais desmataram a Amazônia
no ano passado – 19 deles estão em Mato Grosso.
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Integração de sistemas
de controle fortalece atuação de fiscais
ambientais, diz Ibama
13 de Março de 2008 - Marco
Antônio Soalheiro - Repórter da Agência
Brasil - Brasília - O Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama) está utilizando um sistema semelhante
ao da Receita Federal - que filtra possíveis
casos de irregularidade - para subsidiar ações
de fiscalização da Operação
Arco de Fogo, que combate a exploração
ilegal de madeira na Amazônia.
As informações constantes
no banco de dados estão interligadas com
dados estaduais sobre o controle de comercialização
de madeira, conforme previsto em resolução
do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
“Cruzando informações
do comércio de madeira verificamos possíveis
irregularidades. É um sistema de alerta que
nos mostra que determinado caminhão transporta
madeira ilegal; ou que aquela indústria diz
que recebe madeira de um local mas na verdade recebe
de outro; ou que há falhas em planos de manejo”,
explicou o diretor do Ibama Antônio Carlos
Hummel, responsável pela divisão de
Biodiversidade e Uso Sustentável de Florestas.
O sistema utilizado pelo Ibama
inclui dados do Cadastro Técnico Federal,
do volume transportado, da origem da madeira, dos
Planos de Manejo Florestal com indicativos de fraude,
do tempo de emissão e recebimento do Documento
de Origem Florestal (DOF) e do uso de placas de
veículos não adequados para transporte
de madeira.
“Agora, o fiscal do Ibama já
chega em uma indústria madeireira na Amazônia
com informações do sistema, o que
facilita a sua atuação. Ele leva relatórios
e chega quase com o auto de infração
pronto”, acrescentou Hummel.
Segundo diretor, o Ibama já
detectou mais de mil empresas na área da
Amazônia Legal com algum tipo de irregularidade,
desde problemas no cadastro de CPF a planos de manejo
com fraude.