Panorama
 
 
 

IBAMA EXPLICA PLANO DE COMBATE AO DESMATAMENTO À JUSTIÇA FEDERAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

(Cuiabá - 13/03/2008) - Representantes do Ibama e do MMA reuniram-se hoje pela manhã com juízes federais no fórum de Cuiabá/MT. O intuito foi o de mostrar aos juízes não apenas o trabalho realizado pelo governo federal e pelo Ibama em relação ao desmatamento, mas, também, o de ampliar o diálogo entre o poder executivo federal com os outros poderes.No início do encontro, o diretor de Ações da Amazônia do MMA, André Lima, fez uma apresentação sobre o Plano de Prevenção e Controle dos Desmatamentos na Amazônia (PPCDAm). Ele informou que o plano está em vigência desde 2004 e que foi elaborado a partir de um grupo de trabalho interministerial composto por 13 ministérios. Depois, falou sobre as taxas decrescentes de desmatamento desde 2004 e do novo crescimento a partir de outubro do ano passado.

André explicou também as medidas tomadas pelo governo federal para diminuir esse índice novamente. Dentre as atividades, uma das prioritárias foi a publicação do Decreto 6321/07. O decreto trata do recadastramento de imóveis rurais nos municípios que mais desmataram, do embargo de áreas com desmatamento ilegal e do impedimento de concessão de crédito para financiamento de atividades nessas áreas embargadas.

Falou ainda sobre o funcionamento dos satélites de monitoramento Prodes e Deter. Informou também que desmatamento não é uma ação, mas um processo, que vai do corte de árvores mantendo-se ainda parte do dossel da floresta até o corte raso da mata. Para o coordenador de Operações e Fiscalização da Dipro, Roberto Cabral, um dos pontos mais produtivos do encontro foi justamente o esclarecimento do conceito de desmatamento.

Após a explanação, a chefe da Divisão Jurídica-Dijur da Supes/MT, Adriana Duarte, apontou a divergência entre as legislações estaduais e federal como outro dos motivos que levam também a um aumento no desmatamento.

Os juízes demonstraram bastante sensibilidade e preocupação com a questão ambiental e fizeram muitas perguntas sobre o trabalho do Ibama bem como sobre o plano de desmatamento em si, além de outras questões relacionadas ao tema. O juiz federal José Pires disse que foi muito valiosa a reunião. “Me fez ver o instituto de outra forma”, observa.

Para o diretor de Ações da Amazônia, “é uma iniciativa inédita o governo articulando diversos órgãos para um mesmo objetivo”. Ele observa que o judiciário pode contribuir muito com suas ações para aumentar a efetividade do combate ao desmatamento. “Não é apenas uma ação de governo”, analisa. Segundo André, a responsabilidade pelo combate ao desmatamento é de toda a sociedade.

O superintendente da Supes/MT, Paulo Maier, disse que é importante ampliar o diálogo do instituto com a justiça. “O judiciário recebe as informações sobre o Ibama como a sociedade recebe”, analisa. Para ele, porém, “um contato direto permite que as estratégias que estamos implementando sejam não só entendidas como também vistas dentro de uma noção de conjunto”. Estiveram também presentes o chefe da Divisão de Fiscalização-Dicof da Supes/MT, Rodrigo Dutra e o coordenador da Procuradoria Federal Especializada junto ao Ibama, Alexandre Coelho Neto.
Luis Lopes

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Ibama lança Projeto Floresta em Pé em Santarém/PA

Brasília (18/03/08) - O Projeto Floresta em Pé é uma parceria de empresas, comunidades do estado do Pará e os governos brasileiro e francês por meio de cooperação técnica entre os dois países. O objetivo é promover e apoiar iniciativas de manejo comunitário sustentável de recursos florestais na Amazônia Brasileira. O lançamento será no próximo dia 28 de março, no hotel Grão Pará, em Santarém, a partir das 9horas e 30 minutos. Segundo Antônio Carlos Hummel, Diretor de Uso da Biodiversidade e Florestas do Ibama, “o seminário é muito importante porque vai discutir a relação entre comunidades detentoras de manejo e empresas”.O Projeto Floresta em Pé começou a ser planejado efetivamente em março de 2007, com os acordos de cooperação assinados em dezembro do ano passado. O projeto tem duração prevista para três anos, e sua região de atuação é o município de Santarém, Pará. As equipes de planejamento e operacionalização são divididas em dois comitês; o técnico que planeja e executa ações em campo e o gestor que aprova o planejamento e a execução das ações do ponto de vista institucional.

Os parceiros do Ibama são vários, entre eles, o governo Francês que participa com financiamento de aproximadamente R$3,8 milhões por meio do Fundo Francês para o Meio Ambiente e envolverá ainda, a Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, o IEB - Instituto Internacional de Educação do Brasil, O Onfi - Ofício Florestas Nacional, o Cirad - Centro de Cooperação Internacional de Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento, o Gret - Grupo de Pesquisa e Intercâmbio de Tecnologias. Diversas instituições de governo, cooperativas, ongs e sociedade foram convidadas para participar do encontro, além do SFB - Serviço Florestal Brasileiro e o INCRA - Instituto Nacional de Reforma Agrária, potenciais parceiros do Projeto.

Nos dois dias que antecedem o lançamento do Floresta em Pé, quando estarão reunidos os conselhos gestor e técnico, serão discutidas e definidas as atividades operacionais do Projeto para 2008. Durante o Seminário serão apresentados os estudos e avaliações iniciais realizadas pelo Projeto, que incluem o Diagnóstico da Cadeia Produtiva de Madeira em Santarém, estudo liderado pela instituição parceira GRET, e algumas das experiências de manejo florestal comunitário que vem sendo conduzidas em parcerias com empresas privadas”. O Coordenador de Uso Sustentável dos Recursos Florestais do Ibama e Coordenador Nacional do Projeto, Hildemberg Cruz, diz que ” no seminário serão definidas as parcerias potenciais do Floresta em Pé e será criado um fórum local de acompanhamento do projeto.
Janete Porto

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Eu quero beber água

Arapiraca (14\03\2008) - “Eu quero beber água, eu quero beber. Eu quero beber água, meu amor vai me ver”. Com esse refrão as destaladeiras de fumo abriram ontem a conferencia estadual de meio ambiente de Alagoas. As cantigas são executadas ao realizarem a árdua tarefa de retirar os talos das folhas de fumo, atividade agrícola responsável pelo crescimento econômico da região de Arapiraca em mais de oito décadas.A velha cantiga reflete culturalmente a escassez de água do agreste e sertão do nordeste, tema que permeia os debates na conferência e desemboca na discussão sobre a integração da bacia do rio São Francisco, a revitalização do rio e a construção do canal do sertão, antigas reivindicações da população e uma constante nas discussões dos grupos temáticos da conferência de Alagoas.

Cerca de 400 pessoas representantes dos mais diversos segmentos sociais se mobilizaram para discutir a questão global das mudanças climáticas a partir da compreensão de seus problemas locais, no caso de Alagoas o semi-árido e as peculiaridades do bioma caatinga, a erosão marinha, além da escassez hídrica permeiam os debates.

Hoje estão sendo votadas as propostas que serão levadas para a Conferência Nacional e eleitos os delegados que representarão o estado de Alagoas na III Conferência Nacional de Meio Ambiente que acontecerá de 7 a 11 de maio de 2008.

Ao final, as deliberações da Conferência Nacional de Meio Ambiente serão uma importante contribuição para o Plano Nacional das Mudanças Climáticas, que está sendo elaborado pelo governo brasileiro.

Até o fechamento da matéria as votações não haviam terminado.
Janete Porto

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Conferência de Meio Ambiente em Alagoas Brasil reduz em 20% as emissões de CO²

Arapiraca/AL (13\3\2008) - Comunicando os bons índices do governo e desejando as boas vindas, a Ministra Marina Silva falou aos participantes da III Conferência Estadual do Meio Ambiente em Alagoas, por meio de uma mensagem em vídeo. Segundo a Ministra, as ações de governo e da sociedade, como o Plano Nacional de Combate ao Desmatamento, Aumento do percentual de adição de álcool na gasolina, o Proinfa, o plantio de 1 bilhão de árvores, dentre outras medidas, reduziram em 20% as emissões de CO² pelo Brasil, o que corresponde a 600 bilhões de toneladas de CO².

Quilombolas, empresários, indígenas, gestores públicos e outros representantes da sociedade compuseram a mesa de abertura da Conferência que esse ano aborda o tema das mudanças climáticas, todos com direito a se pronunciar.

José Olvieira da etnia Jeripanku, uma comunidade do alto sertão alagoano, declarou que considera importante o espaço que foi concedido à comunidade indígena nas discussões.

Segundo o coordenador geral da Conferência, Pedro Ivo, representante do Ministério do Meio Ambiente, “a economia não pode seguir na contramão das questões ambientais. E acrescenta, “todas as ações do homem para gerar crescimento econômico interferem no meio ambiente, seja a mineração, pecuária, os bens industrializáveis em geral são retirados do patrimônio ambiental, portanto a economia não pode ser dissociada do meio ambiente. O crescimento econômico deve ser sustentável e essa é uma determinação do governo Lula e da Ministra Marina Silva”, reitera.

O coordenador estadual da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Anivaldo Miranda, elogiou a atuação do Ministério do Meio Ambiente na construção do processo da conferência no estado de Alagoas, cumprimentando o articulador Damásio Anunciação pelo trabalho desenvolvido.
Janete Porto

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Pernambuco discute Meio Ambiente durante Conferência Estadual

Recife (13/03/2008) - Ontem o auditório da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica), município a 132 km de Recife, foi tomado por mais de 400 pessoas que participaram do primeiro dia da III Conferência Estadual de Meio Ambiente. O evento, que conta com a supervisão do Ibama/PE, será realizado até amanhã (14) e é uma preparação para a III Conferência Nacional do Meio Ambiente, marcada para os dias 08, 09, 10 e 11 de maio, em Brasília.

Dentro da temática das Mudanças Climáticas, as discussões estão sendo norteadas pelos sub-temas regionais Combate à Desertificação e Convivência com o Semi-árido; Gestão e Conservação da Água e de Ambientes Litorâneos; Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Florestal; Gestão de Resíduos Sólidos sob a Ótica dos 3Rs (reduzir, reaproveitar e reciclar); Produção mais Limpa e Consumo Sustentável; Cidades Sustentáveis (mobilidade e trânsito, uso e ocupação do solo e saneamento ambiental).

Para democratizar as discussões, desde o início do mês vinham sendo realizadas Conferências Regionais (Região Metropolitana, Zonas da Mata, Sertão e Agreste do Estado), onde cada região discutiu os seus problemas ambientais, formulou propostas para o enfrentamento das mudanças climáticas e elegeu os seus delegados para a Estadual. A última aconteceu nos últimos dias 10 e 11 (Agreste), abrindo espaço para a Estadual. Antes das Regionais, 30 municípios pernambucanos também promoveram conferências locais.

Durante a cerimônia de abertura, o coordenador da Conferência Nacional do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Ivo, destacou a importância de deslocar as discussões ambientais dos grandes centros urbanos e classificou a questão ambiental sob o ponto de vista ético e que requer uma participação integrada. “A crise ambiental se agrava e já põe em risco a espécie humana. Para enfrentar esse problema são necessárias atitudes individuais e pensamento global. O nosso grande desafio é termos essa visão de instrumento participativo.”

Para o superintendente do Ibama em Pernambuco, João Arnaldo Novaes, que proferiu palestra sobre mudanças climáticas e desafios das políticas públicas, a agenda de meio ambiente deve ser uma agenda de luta social, com a participação ativa de todos. “Essa é uma oportunidade única de iniciar a construção de uma política ambiental integrada, com contribuições para todo o Brasil”, ressalta.

Um exemplo é Lindaci Gonçalves, do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis. A catadora e militante destaca que mesmo tendo uma visão mais consciente da importância da questão ambiental há pouco tempo, a luta da categoria pelo seu espaço já vem de meio século. “Nós, catadores, fazemos a nossa parte de limpar o meio ambiente há muito tempo, porque tiramos o nosso sustento dele. A sensibilidade para a sua importância nós estamos tendo nessas discussões”, explica Lindaci, que sobrevive de um salário mensal de R$ 270, fruto das 30 toneladas de material reciclável que ela recolhe por mês em seis bairros percorridos diariamente no município de Abreu e Lima-PE.

Amanhã, último dia da Conferência Estadual, serão eleitos os representantes que vão para a Nacional. Pernambuco tem o direito de participar com até 46 delegados. A composição da delegação deve seguir os critérios de gênero (30% de mulher ou de homem), e ter 40% da sociedade civil, 30% do setor empresarial patronal, 20% do setor governamental, 5% das comunidades tradicionais e 5% dos povos indígenas.
Suzy Anne Rodrigues

 
 

Fonte: Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Ascom

 
 
 
 

 

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