Às vésperas
da Páscoa, chocolates são recolhidos
e lacrados em Porto Alegre
14 de Março de 2008 As
empresas Garoto e Hershey's se recusam a informar
ao consumidor se usam ou não matéria-prima
transgênica na produção de ovos
e barras de chocolate.
Porto Alegre (RS), Brasil, Internacional — Ação
de ativistas do Greenpeace na Semana do Consumidor
alerta consumidores para o risco dos produtos da
Hershey's e Garoto conterem transgênicos.
Empresas não informam a procedência
da matéria-prima usada.
Dando continuidade à Semana
do Consumidor, cerca de 15 ativistas protestaram
na manhã desta sexta-feira em um supermercado
de Porto Alegre contra a falta de informação
sobre os produtos fabricados pelas empresas Hershey's
e Garoto. Com a proximidade da Páscoa, os
ativistas recolheram ovos e barras de chocolate
de um supermercado, rotularam e lacraram em dois
tonéis, identificado com o símbolo
do triângulo amarelo com o T no meio. Os tonéis
serão encaminhados para a Hershey’s e a Garoto
na próxima semana.
“É fundamental que as empresas
informem o consumidor se estão usando ingredientes
transgênicos para fabricar seus produtos”,
disse Gabriela Vuolo, coordenadora da campanha de
engenharia genética do Greenpeace. “O direito
à informação está previsto
na lei e não pode ser negado aos brasileiros”.
Desde 2004 o Brasil tem uma lei
que exige a rotulagem de todo produto alimentício
fabricado com 1% ou mais de matéria-prima
transgênica. Tanto a Hershey's quanto a Garoto
vêm sendo procuradas pelo Greenpeace para
que se pronunciem sobre o o uso de organismos geneticamente
modificados em sua linha de produção,
mas nenhuma resposta foi obtida.
“Nessa Páscoa, o consumidor
precisa ficar atento aos chocolates que vai escolher
porque algumas marcas podem conter transgênicos.
Na dúvida, o ideal é consultar o nosso
Guia do Consumidor e entrar em contato com as fabricantes”,
afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da Campanha
de Engenharia Genética do Greenpeace.
O protesto realizado nesta sexta-feira
faz parte da série de atividades que o Greenpeace
vem promovendo em diversas cidades do país
durante a Semana do Consumidor, para alertar a população
brasileira sobre os riscos que os produtos transgênicos
representam ao meio ambiente. Além disso,
o Greenpeace também está expondo a
postura das principais empresas de alimentos do
país quanto à informação
que disponibilizam à população
sobre utilização de transgênicos
na fabricação de seus produtos.
Na segunda-feira passada (10/3),
ativistas do Greenpeace protestaram na sede da Vigor,
em São Paulo, se acorrentando na porta principal
da sede da empresa para pressioná-la a informar
se usa ou não matéria-prima transgênica.
Na terça-feira, voluntários do grupo
ambientalista promoveram uma devolução
em massa de óleos de soja da Bunge e Cargill
rotulados como transgênicos. Quarta-feira
a atividade aconteceu no Rio de Janeiro: ativistas
foram a um supermercado de Botafogo, na zona sul
da cidade, rotular produtos da Bunge e Cargill que
ainda não têm o símbolo de transgênico
nas embalagens – margarinas, maioneses e molhos
para salada -conforme determina a lei.
Guia do Consumidor: o direito
à informação e à escolha
Uma das principais ferramentas
durante as atividades programadas será o
Guia do Consumidor do Greenpeace, que desde 2002
tem ajudado os consumidores brasileiros a se informarem
sobre a real composição dos produtos
vendidos no país. Mais de 100 empresas de
alimentos foram contatadas e questionadas sobre
a utilização de ingredientes transgênicos
em seus produtos. As empresas que não respondem
ou que não fazem controle adequado para evitar
a contaminação por matéria-prima
geneticamente modificada são listadas no
guia impresso.
No site do Greenpeace é
possível consultar a lista completa de empresas
que já se comprometeram a não usar
transgênicos em sua linha de produção.
Há também diversas ferramentas disponíveis
para consumidores que queiram evitar os transgênicos:
receitas, entrevistas e idéias de atitudes
cotidianas para consumir responsavelmente.
+ Mais
Hershey's recebe, às vésperas
da Páscoa, chocolates suspeitos de serem
transgênicos
17 de Março de 2008 Ativistas
devolvem barril com chocolates na Hershey´s,
em São Roque (SP).
São Roque (SP), Brasil — Empresa não
informa se usa ingredientes geneticamente modificados
em seus produtos e continua deixando o consumidor
às cegas.
Um tonel repleto com cerca de
150 quilos de barras de chocolate suspeitos de terem
sido fabricados com matéria-prima transgência
foi entregue na tarde desta segunda-feira à
fabricante Hershey's, em São Roque, no interior
de São Paulo, por ativistas do Greenpeace.
Os produtos foram recolhidos na última sexta-feira
(14/03) de um supermercado de Porto Alegre (RS),
rotulados e lacrados num tonel identificado com
um triângulo amarelo e um T no meio.
“O consumidor tem, garantido por
lei, o direito de saber se a empresa utiliza ou
não ingredientes transgênicos para
fabricar seus produtos” afirma Gabriela Vuolo, coordenadora
da campanha de engenharia genética do Greenpeace.
A Hershey’s não quis receber
o tonel e também não protocolou a
carta que os ativistas foram entregar na sede da
empresa. Representantes da Hershey’s informaram
que estavam em contato com a Cargill – fornecedora
de matéria-prima da empresa para a fabricação
de chocolates – para saber se os ingredientes que
compram são ou não transgênicos,
e que encaminhariam ao Greenpeace uma correspondência
formalizando esse processo, mas até o momento
isso não aconteceu.
“Considerando que a Cargill rotula
seus óleos como transgênicos, essa
é uma pergunta ainda mais importante”, disse
Gabriela Vuolo. A Cargill e a Bunge são as
únicas duas empresas que já rotularam
seus produtos como transgênicos em todo o
país.
Desde 2004 o Brasil tem uma lei
que exige a rotulagem de todo produto alimentício
fabricado com 1% ou mais de matéria-prima
transgênica.
“Nessa Páscoa, o consumidor
precisa ficar atento aos chocolates que vai escolher
porque algumas marcas podem conter transgênicos.
Na dúvida, o ideal é consultar o nosso
Guia do Consumidor e entrar em contato com as fabricantes”,
afirma Gabriela Vuolo, coordenadora da Campanha
de Engenharia Genética do Greenpeace.
+ Mais
Ovos de chocolate suspeitos retornam
à Garoto em Vitória
19 de Março de 2008 Ativistas
devolvem tonel com ovos de páscoa.
Vitória (ES), Brasil — Devolução
foi feita por ativistas do Greenpeace. Produtos
foram recolhidos em Porto Alegre por não
informarem ao consumidor se usam ou não matéria-prima
transgênica.
O Greenpeace devolveu nesta quarta-feira
à empresa Garoto, em Vitória (ES),
um tonel repleto de ovos de chocolate da marca recolhidos
em um supermercado de Porto Alegre (RS) na última
sexta-feira (14/03). Eles foram rotulados e colocados
em um tonel identificado com um triângulo
amarelo e um T no meio.
A empresa bem que tentou atrapalhar
o protesto, colocando um carro de som na entrada
de sua sede, que estava trancada - confira detalhes
no Blog de Transgênicos. Um representante
da Garoto recebeu a coordenadora da campanha de
Engenharia Genética do Greenpeace, Gabriela
Vuolo, e aceitou o tonel com os produtos, mas por
uma porta lateral, longe da vista do público.
Desde 2004 o Brasil tem uma lei
que exige a rotulagem de todo produto alimentício
fabricado com 1% ou mais de matéria-prima
transgênica. Procurada desde o início
da publicação do Guia do Consumidor
(em 2002), a Garoto só se manifestou no início
deste mês, seis anos depois. No entanto, em
sua carta, continua não informando se utiliza
ou não ingredientes transgênicos para
fabricar seus chocolates.
"O consumidor tem, garantido
por lei, o direito de saber se a empresa utiliza
ou não ingredientes transgênicos para
fabricar seus produtos" afirma Gabriela Vuolo.
"Nesta Páscoa, o consumidor precisa
ficar atento aos chocolates que vai escolher porque
algumas marcas podem conter transgênicos.
Na dúvida, o ideal é consultar o nosso
Guia do Consumidor e entrar em contato com as fabricantes".
A devolução dos
chocolates à Garoto faz parte da série
de atividades que o Greenpeace promoveu em diversas
cidades do país durante a Semana do Consumidor
(de 8 a 15 de março), para alertar a população
brasileira sobre os riscos que os produtos transgênicos
representam ao meio ambiente. Além disso,
o Greenpeace também está expondo a
postura das principais empresas de alimentos do
país quanto à informação
que disponibilizam à população
sobre utilização de transgênicos
na fabricação de seus produtos.
Na segunda-feira passada (10/3),
ativistas do Greenpeace protestaram na sede da Vigor,
em São Paulo, se acorrentando na porta principal
da sede da empresa para pressioná-la a informar
se usa ou não matéria-prima transgênica.
Na terça-feira, voluntários do grupo
ambientalista promoveram uma devolução
em massa de óleos de soja da Bunge e Cargill
rotulados como transgênicos. Quarta-feira
a atividade aconteceu no Rio de Janeiro: ativistas
foram a um supermercado de Botafogo, na zona sul
da cidade, rotular produtos da Bunge e Cargill que
ainda não têm o símbolo de transgênico
nas embalagens - margarinas, maioneses e molhos
para salada - conforme determina a lei. Na sexta-feira
recolhemos e lacramos os chocolates da Hershey's
e da Garoto, suspeitos de serem transgênicos.
Segunda-feira, dia 16, entregamos um tonel à
Hershey’s, que não quis receber os chocolates
recolhidos e não protocolou a carta que os
ativistas foram entregar à empresa, afirmando
que está em contato com a Cargill (fornecedora
de sua matéria-prima) para verificar se os
ingredientes são ou não transgênicos.
Guia do Consumidor: o direito
à informação e à escolha
Uma das principais ferramentas
durante as atividades programadas é o Guia
do Consumidor do Greenpeace, que desde 2002 tem
ajudado os consumidores brasileiros a se informarem
sobre a real composição dos produtos
vendidos no país. Mais de 100 empresas de
alimentos foram contatadas e questionadas sobre
a utilização de ingredientes transgênicos
em seus produtos. As empresas que não respondem
ou que não fazem controle adequado para evitar
a contaminação por matéria-prima
geneticamente modificada são listadas no
guia impresso.
No site do Greenpeace é
possível consultar a lista completa de empresas
que já se comprometeram a não usar
transgênicos em sua linha de produção
e também diversas ferramentas disponíveis
para consumidores que queiram evitar os transgênicos.
Há receitas, entrevistas e idéias
de atitudes cotidianas para consumir responsavelmente.