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TRANSPORTE SUPERA A INDÚSTRIA NAS EMISSÕES DE CO2 EM SÃO PAULO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

14 de Março de 2008 - Paulo Montoia - Repórter da Agência Brasil - São Paulo - As emissões de dióxido de carbono (CO2) de veículos de transporte terrestre e aéreo no estado de São Paulo já superam, e muito, as emissões da indústria, de acordo com estudo divulgado hoje (14) pelo secretário de Meio Ambiente do estado, Francisco Graziano Neto. Um aspecto atenuante do dado é que os combustíveis usados no estado são majoritariamente renováveis.

Segundo o estudo da secretaria, as emissões de CO2 da indústria em 2006 totalizaram 38,01 milhões de toneladas (Mt, ou bilhão de quilos) e a dos veículos de transporte em terra e no ar foram 13,5% maior, estimadas em 43,14 Mt.

A situação só não acena para um “futuro mais esfumaçado”, de acordo com o secretário, porque 77% dos combustíveis queimados no estado já são renováveis.

O estado de São Paulo produz 70% de todo o etanol do país e o combustível tende a ser prioridade gradualmente pelos proprietários de veículos de passeio e outros com motor flex gasolina-álcool.

O óleo diesel lidera nas emissões no ano, com 23,53 Mt, seguido pela gasolina, com 15,18 Mt, e o querosene de aviação, com 4,43 Mt.

Graziano Neto apresentou parte de um estudo, que está sendo finalizado por sua secretaria, aos participantes do 3º Encontro Latino-Americano e Caribenho da Rede de Governos Regionais para o Desenvolvimento Sustentável.

O levantamento abrange as emissões de 371 das maiores indústrias paulistas, das quais 329 já foram compiladas.

O secretário antecipou que apenas as cinco maiores indústrias (três refinarias, uma siderúrgica e uma petroquímica) emitem juntas 60% de todo o CO2 industrial do estado.

Os ramos que mais poluem são o siderúrgico (21,27 Mt, 56% do total) e o petroquímico (9,6 Mt, 25%). Os demais setores apresentam emissões consideravelmente menores: 3,18 Mt no de química e 2,29 Mt em papel e celulose. Todos os demais setores emitiram menos de 0,7 Mt de CO2 em 2006.


De acordo com Graziano Neto, São Paulo emitiu em 2006 18,5 Mt de CO2 resultado da queima de combustíveis não–renováveis e 60,9 Mt proveniente de combustíveis renováveis, como o etanol, o bagaço de cana, a lixívia (licor negro), a lenha de reflorestamento, o biogás e o biodiesel. Se todo o combustível fosse fóssil e não-renovável, as emissões no ano teriam sido 50 Mt maiores.

O secretário informou já ter em mãos os nomes das 100 empresas com maiores emissões de CO2 no estado, mas que decidira não divulgar, como anunciado. Segundo ele, o governo decidiu dar um novo prazo de 15 dias às empresas que ainda não entregaram seus dados de emissões e a secretaria ainda não concluiu a verificação dos dados já recebidos.

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ONG bloqueia navio com madeira brasileira e acusa UE de financiar desmatamento

17 de Março de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace bloquearam hoje (17) um navio que transportava madeira brasileira para portos da União Européia (UE). Cinco ativistas da ONG estão "pendurados" há cerca de cinco horas nos guindastes da embarcação Galina III, em águas francesas, segundo o engenheiro florestal Marcelo Marquesini, que participou do início da ação.

Parte da madeira, originária de Santarém (PA), foi desembarcada em Portugal e na Espanha. De acordo com o Greenpeace, por causa do protesto, as autoridades francesas recomendaram que o navio não se aproxime do porto e a tripulação tenta seguir para a Holanda.

Os ambientalistas argumentam que a madeira brasileira, apesar de ser exportada como produto legalizado, tem origem irregular e passa por um processo de "esquentamento" entre a retirada da floresta e a chegada aos portos para exportação. "A madeira sai com documento, mas sabemos que o envolvimento de algumas madeireiras com a ilegalidade é grande. A União Européia consome entre 40% e 50% da madeira produzida no Brasil. É co-responsável pela destruição da Amazônia", afirmou Marquesini.

Em relatório divulgado hoje no Brasil, o Greenpeace aponta o bloco europeu como financiador da exploração ilegal da floresta. "A demanda global por madeira e a falta de controle nacional e internacional estimulam e financiam a exploração ilegal e a UE possui uma responsabilidade importante", de acordo com o documento Financiando a destruição: a contribuição do governo brasileiro e do mercado europeu para a indústria ilegal e predatória de madeira na Amazônia brasileira.

O relatório informa ainda que 36% da madeira amazônica são destinados à exportação e que 47% desse total vão para os 27 países da UE. No entanto, "fora as restrições da Convenção Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora, não há nenhum sistema para verificar a legalidade dos produtos comercializados no mercado europeu", segundo o Greenpeace.

Atualmente, a UE aplica medidas voluntárias de controle de origem da madeira que chega ao continente. Em troca da certificação, o bloco destina investimentos para a melhoria da administração dos setores florestais de países como Indonésia e Malásia, que ratificaram a parceria. Na avaliação do Greenpeace, além da falta de controle europeu obrigatório, problemas do lado brasileiro, como falhas na fiscalização, impunidade, corrupção e falta de investimento são os principais gargalos do combate à exploração ilegal para exportação.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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