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DEPUTADO PEDE FORÇA-TAREFA PARA COMBATER COCAÍNA ENTRE ÍNDIOS DA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

25 de Março de 2008 - Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara, deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), defendeu hoje (25) o envio de uma força-tarefa para a região do Alto Solimões, no Amazonas, para combater o tráfico e o consumo de drogas entre os indígenas.

Rocha afirmou que vai apresentar até quinta-feira (27) uma indicação legislativa sugerindo ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a criação de uma força-tarefa para reforçar o trabalho da Polícia Federal (PF) com a participação das Forças Armadas.

“O objetivo é eliminar as plantações que foram identificadas e combater com rigor o tráfico que acontece na fronteira e que tende a prosperar com o vácuo de poder”, disse, em entrevista à Agência Brasil. “As forças de segurança têm que trabalhar em conjunto e de forma articulada, assim como acontece no combate ao crime organizado nas grandes cidades.”

Sebastião Bala Rocha também pretende apresentar requerimento para a realização de uma audiência pública da Comissão dos Direitos Humanos sobre o assunto. De acordo com a assessoria de comunicação do deputado, serão convidados o administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Alto Solimões, Davi Félix Cecílio, o delegado titular da PF de Tabatinga, Giovanni Lopes, o comandante do 8o Batalhão de Infantaria de Selva (8o BIS), tenente-coronel Antônio Élcio Franco Filho, e o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas, Vinícius Diniz. Também será convidado o ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O alastramento do uso de cocaína e o tráfico de drogas entre indígenas do Alto Solimões foi denunciado pelo administrador da Funai em Tabatinga à reportagem da Agência Brasil e da TV Brasil.

Segundo Cecílio, a cocaína está presente nas 230 comunidades indígenas da região. Em entrevistas, índios de diversas aldeias próximas a Tabatinga confirmaram o problema.

O deputado Sebastião Bala Rocha disse que sua intenção é sensibilizar o governo: “Isso deverá motivar o presidente Lula e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a adotarem as devidas providências.”

Ele alertou para a necessidade de melhorar a presença do Estado brasileiro nas fronteiras, a fim de não abrir espaço para a atuação do narcotráfico e até mesmo de grupos como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

“Essa preocupação com relação ao crime organizado está no mesmo nível da preocupação com a internacionalização [da Amazônia]”, disse. “Utilizar índios no narcotráfico e aliciá-los como consumidores é uma das maneiras mais aviltantes de usurpar os seus direitos humanos. Por isso, há necessidade de o governo federal tomar medidas urgentes e duras, para não deixar isso prosperar. Esse caso de Tabatinga requer uma reação bastante drástica.”

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Índios organizam jogos na Amazônia para resgatar jovens das drogas e da violência

24 de Março de 2008 - Vladimir Platonow - Enviado especial - Tabatinga (AM) - Corrida, natação, arco-e-flecha, arremesso de lança e luta estão entre a 22 modalidades a serem disputadas na Aldeia de Umairaçu 2, em Tabatinga (AM), durante a 1ª Olimpíada Indígena dos Povos Tikunas.

Os jogos estão previstos para 11 a 19 de abril, com a presença de 600 tikunas de 11 aldeias da região do Alto Solimões. Segundo o organizador da olimpíada, Santos Mestâncio Alexandre, a principal finalidade é oferecer atividades saudáveis para afastar os jovens indígenas da violência.

“Nós estamos tentando tirar os jovens que estão envolvidos com brigas. Os rapazes que estão fora podem se juntar e nós tiramos eles da violência, que pode diminuir”, disse, ao reconhecer que uma das causas dessa violência tem sido o consumo de álcool e drogas, como a cocaína.

Mas ele também apontou como causa o abandono dos adolescentes pelos pais: “Os pais não sabem cuidar os filhos. Deixam eles muito tempo fora e não sabem o que está acontecendo. As pessoas vivem em situação muito difícil e não vão adiante nos estudos. Ficam praticando outros costumes, como a violência e as drogas.”

Segundo o a Fundação Nacional do Índio (Funai), o uso de cocaína está disseminado nas 230 aldeias ao longo do Rio Solimões. A Polícia Federal de Tabatinga investiga a origem da droga que chega às comunidades indígenas.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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