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EQUIPE DE 1.800 TÉCNICOS TRABALHA PARA GARANTIR O SUCESSO DO PROGRAMA MATA CILIAR

Panorama Ambiental
Curitiba (PR) – Brasil
Março de 2008

Para garantir o plantio e o crescimento das 77,5 milhões de mudas já plantadas pelo Programa Mata Ciliar, o governo conta com uma equipe que envolve 1.800 pessoas diretamente - entre técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Emater e funcionários municipais e de entidades privadas, cedidos por meio de convênios.

“Quando olhamos os resultados do Mata Ciliar, sabemos que grande parte do seu sucesso é devido a cada uma das pessoas envolvidas no processo, que vai desde a coleta da semente na floresta, até a orientação ao agricultor que recebe a muda no campo. Cada uma dessas pessoas tem amor pelo que faz e, sem dúvida, isso influência muito os resultados” ressalta o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues.

O Programa foi criado para recuperar a vegetação às margens de rios e mananciais de abastecimento, consideradas Área de Preservação Permanente (APP). Apenas nos três corredores de Biodiversidade que estão sendo formados no Estado - Araucária, Caiuá-Ilha Grande e Iguaçu-Paraná- 133 mil hectares a mais de matas ciliares foram recompostas para promover a preservação da diversidade de fauna e flora.

Mas para que esse trabalho possa ser realizado um longo caminho é percorrido. A técnica de laboratório do viveiro do IAP em São José dos Pinhais, Terezinha Camila Scrippo, conta que o primeiro passo do programa é a coleta das sementes. Hoje, as sementes são coletadas em todo o Estado, em propriedades particulares previamente cadastradas. “Realizamos um cadastro, para que seja feita a seleção das árvores de cada espécie. As árvores que nos servem de matrizes têm que ter qualidade, para conseguirmos boas sementes” afirma Terezinha.

Após a coleta, as sementes são levadas para os laboratórios de análise, instalados nos maiores viveiros do Estado, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba) e Engenheiro Beltrão (Noroeste do Estado), e lá cada espécie recebe tratamento adequado de lavagem e secagem, para que sejam encaminhadas ao laboratório. “Esse processo varia de acordo com a quantidade e com a espécie coletada. Pode levar apenas um dia ou até mesmo quatro. As sementes têm de secar na sombra para que não percam seu poder germinativo” explica Terezinha.

Já no laboratório, são analisados vários quesitos de cada espécie: o poder germinativo, pureza, quantidade de sementes por quilograma, peso a cada 1000 sementes e teor de umidade que, segundo Terezinha, é um dos itens mais importantes de cada espécie. Somente depois são embaladas e seguem para a sala de armazenagem, onde permanecem em temperatura variante de 3° a 5°graus.

A técnica explica que hoje, no viveiro de São José dos Pinhais, cerca de 40 espécies são produzidas, mas há mais de 60 espécies armazenadas. “Como nem todas as espécies podem ser plantadas na mesma época, temos uma grande quantidade de sementes estocadas para que se possa atender a demanda do Estado e de cada época do ano propícia ao plantio”.

Somente após esse processo a semente pode ser plantada nos tubetes e de lá seguir para a casa de vegetação, onde se analisa a porcentagem de germinação de cada espécie, para então ir para o plantio. Segundo o coordenador do programa na região metropolitana, Benedito Eugênio Santos Padilha, o tempo em que cada muda fica na casa de vegetação varia com a espécie. “A mais rápida é a Marica, que em 45 dias já está pronta para o plantio. Mas no caso da Imbuia, depois de plantada no tubete, até ficar pronta para ser plantada no campo, ela permanece um ano e meio na casa de vegetação”.

É quando a muda está pronta para ser plantada no campo que entram os outros parceiros do programa. Como o IAP, as entidades e municípios conveniados ficam responsáveis pela coleta, distribuição de sementes e desenvolvimento das mudas. Já a Emater e a SEAB se encarregam do acompanhamento e orientação dos agricultores que recebem essas mudas.

Osvaldo Antônio Andrade, é técnico da Emater há 26 anos e atende cerca de 4000 agricultores da região de São José dos Pinhais. Ele conta que desde a implantação do programa muita coisa mudou. “O programa é fantástico, porque dá a oportunidade de se corrigir erros cometidos no passado, e os agricultores têm se conscientizado cada vez mais da importância em se preservar a mata ciliar de suas propriedades” afirma.

Segundo ele, a idéia da Emater para 2008 é promover na região um ciclo de reuniões para se conscientizar cada vez mais os agricultores, “explicando a cada um deles que se não preservarem a mata ciliar, o solo de suas áreas ficará pobre, ocorrerá um diminuição do lençol freático, ocasionando assim um desequilíbrio do ecossistema, que futuramente prejudicará a nós todos” destacou.

Até o final deste ano, a meta do Programa Mata Ciliar é chegar ao plantio de 100 milhões de mudas de espécies plantadas. No site do Programa Mata Ciliar – www.pr.gov.br/mataciliar você encontra informações sobre a vegetação típica do estado, quais espécies são cultivadas pelo programa e também pode conferir quais os municípios plantaram mais mudas desde o inicio deste projeto.

Confira quais as espécies mais plantadas no Estado e sua quantidade de sementes por quilo: (Box)

Aroeira pimenteira (Schinus terebinthifolius) – 42 mil sementesAngico Vermelho (Anadenanthera macrocarpa) – 14 mil sementes
Urucaia – 32 mil sementes
Araucária – 100 sementes
Imbuia – 580 sementes
Pitanga – 3,5 mil sementes
Araçá – 4,8 mil sementes
Programa Mata Ciliar já plantou 78,1 milhões de mudas em todo o Paraná

O Programa Mata Ciliar já garantiu, desde 2003, o plantio de 78,1 milhões de mudas de espécies nativas para a recuperação das matas que protegem as margens dos rios. A meta para este ano é plantar outros 25 milhões de árvores. O programa é desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMA) e coordenado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP),

Para o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a maior conquista do programa foi garantir a adesão dos agricultores paranaenses nas ações de plantio, isolamento e abandono da área às margens dos rios para a recomposição da mata ciliar.

“Todas as 370 mil propriedades agrícolas do Paraná sabem hoje da existência do Mata Ciliar e da importância de uma nascente preservada, ou de um rio para o meio ambiente e para a produção”, diz o secretário. Segundo ele, as 78,1 milhões de mudas já plantadas são resultado de um trabalho pensado, construído e realizado em parceria.

“Nesta Semana da Água, quero agradecer a participação de cada cidadão, agricultor, cooperativa, município ou instituição, que colaboram a cada dia para que as árvores plantadas cresçam e, com elas, a consciência das pessoas”, acrescentou Rasca.

Evolução – Atualmente, cinco anos após sua implantação, o Programa Mata Ciliar está presente nos 399 municípios do Paraná e virou referência pela adesão estadual. Para alcançar a meta de plantar 100 milhões de árvores, o governo do Estado reestruturou os 20 viveiros do IAP. Até 2003, eram produzidos três milhões de mudas anualmente nestes viveiros. Em 2007 foram dez milhões.

Além disso, foram adquiridos outros 412 viveiros, modernizados, que foram entregues a parceiros do programa, como municípios, colégios agrícolas, Sanepar, Apaes, Centros de Socioeducação, penitenciárias, instituições públicas e privadas, para descentralizar a produção. Juntos estes viveiros produzem, em média, 15 milhões de mudas por ano.

Segundo Rasca, até 2003 eram produzidos dois milhões de mudas de espécies exóticas, como pinus e eucalipto, e apenas um milhão de árvores nativas. Hoje, 100% da produção é de espécies nativas. “Se comparássemos a produção de espécies nativas até 2003, com o que produzimos atualmente somente nos viveiros do IAP, já seria um aumento de 1.000%”, destaca o secretário.

Legislação - A mata ciliar é toda vegetação encontrada nos córregos, nascentes, represas, lagos e rios, entre outros. É considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais.

Conforme a legislação, a faixa reservada para mata ciliar é de 50 metros nas nascentes e 30 metros nas margens dos cursos de água. Segundo orientação do IAP, as mudas recebidas pelo agricultor devem ser plantadas em espaçamentos de 3m x 2m e isoladas por arame, de forma a impedir o acesso de animais.

De acordo com o coordenador estadual do programa, Paulo Roberto Caçola, é importante o acompanhamento de cada muda plantada. “Após o plantio deve-se cuidar do desenvolvimento das mudas e sempre procurar ajuda do IAP ou dos técnicos da Emater para isso”, diz. Segundo ele, muitos produtores já constatam o aumento da quantidade de água e melhora na qualidade da produção, após a recomposição da mata ciliar.

“Isso porque a mata ciliar promove o processo de filtragem dos resíduos agroquímicos, evitando que os mesmos atinjam os cursos d’água”, destacou. Em contrapartida, em áreas onde a mata ciliar é mínima ou inexistente, há um aumento significativo nas pragas das lavouras, levando prejuízos às propriedades rurais. “Outra conseqüência é a escassez de água. Sem vegetação não é possível a infiltração da água para os lençóis fluviais”, ressalta Caçola.

Para conhecer mais sobre o programa Mata Ciliar acesse http://www3.pr.gov.br/mataciliar . O site divulga o ranking de municípios que têm mais arvores plantadas, as espécies cultivadas no Estado e a quantidade de mudas plantadas por minuto.

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Paraná
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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