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INVESTIMENTO EM SANEAMENTO GARANTEM MELHORES CONDIÇÕES DAS ÁGUAS DOS RIOS DE MINAS

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Março de 2008

A política de saneamento básico em Minas Gerais têm apresentado resultados na manutenção da qualidade da água dos rios do Estado. Segundo o Mapa da Qualidade das Águas, apresentado na quarta-feira (26/03), pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), o Índice de Qualidade da Água (IQA) tem se mantido em nível médio desde 1997, ano em que a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) iniciou o trabalho de monitoramento da qualidade das águas superficiais de Minas Gerais.

Os resultados dos investimentos em saneamento básico já são perceptíveis. Na bacia do rio das Velhas, estudos desenvolvidos pelo programa de biomonitoramento do Projeto Manuelzão, registraram o retorno de espécies de peixes como o dourado, surubim e matrinxã, em função do aumento da oxigenação das águas.

A despoluição do Rio das Velhas é um dos principais objetivos do Projeto Estruturador do Governo de Minas ‘Revitalização do Rio das Velhas - Meta 2010' que prevê investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão até 2010. A Copasa está ampliando o sistema de saneamento com a ampliação da rede coletora, instalação de interceptores, estações elevatórias e a operação plena das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) nos ribeirões Arrudas e Onça. Somente em 2008, serão investidos R$ 247 milhões.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, o Governo de Minas os investimentos na melhoria dos sistemas de tratamento de esgoto têm influído diretamente na qualidade da água.

"O Governo de Minas está priorizando o tratamento do esgoto de Belo Horizonte que, com a conclusão da segunda etapa da ETE Onça prevista para 2010, será a primeira capital brasileira com 100% do seu esgoto tratado. O planejamento estratégico de Minas Gerais está orientando as ações, evitando investimentos pulverizados pelos diferentes órgãos", afirma.

Segundo o secretário, os recursos destinados à recuperação do rio das Velhas são os maiores já realizados pelo Governo de Minas em todas as áreas. Além do tratamento de esgoto e destinação adequada do lixo, a recuperação do rio das Velhas inclui a recuperação da vegetação da bacia. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) tem como meta a recomposição de 900 hectares de matas ciliares em 2008.

Crescimento da população

O IQA em Minas tem permanecido estável mesmo com o aumento do contingente populacional, que cresceu em 14%. Considerado um dos principais poluidores dos rios, o esgoto domiciliar cresce com o aumento do contingente populacional. Em 1997, a população mineira era de cerca de 16,9 milhões de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dez anos depois, a população chegou a 19,2 milhões.

"Apesar do crescimento populacional, não foram registradas mudanças significativas nos índices", observa a gerente de Monitoramento e Geoprocessamento do Igam, Zenilde Guimarães Viola. Ela explica que o cálculo do IQA é baseado principalmente em substâncias provenientes do esgoto doméstico, como materiais orgânicos, fecais e resíduos sólidos.

O secretário José Carlos Carvalho ressaltou que os grandes municípios continuam sendo prioridade dos investimentos do Governo de Minas na área de saneamento básico. Segundo ele, as cidades grandes, tradicionalmente, são os responsáveis pela maior contribuição para queda do IQA devido ao grande volume de esgoto produzido.

"Os dados obtidos pelo Mapa têm sido fundamentais para orientar as ações do Governo em saneamento básico, como pode ser observado nos investimentos feitos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e em Montes Claros", afirma.

Em Montes Claros, por exemplo, a Copasa está finalizando a construção da ETE no córrego Vieira, que é afluente do rio Verde Grande, o que irá melhorar a qualidade da água da bacia. Outras ações do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), como o programa ‘Minas Trata Esgoto', executado pela Feam, vêm buscando que as prefeituras dêem tratamento adequado ao esgoto urbano.

A Deliberação Normativa nº 96, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), publicada em 2006, estabelece prazos para que todos os municípios façam a regularização ambiental dos sistemas de tratamento de esgotos. As cidades com mais de 30 mil habitantes têm até o ano de 2010 para começarem a operar seus sistemas.

Os dados do mapa também são um instrumento para aperfeiçoar as ações de fiscalização do Sistema Estadual de Meio Ambiente. Igam e Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) estão realizando uma análise conjunta dos resultados do Mapa, cruzando as informações com as licenças ambientais e outorgas concedidas na região para orientar o trabalho do Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI).
27/03/2008
Fonte: Ascom / Sisema

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Estudo indica estabilidade na qualidade das águas de Minas

O Mapa da Qualidade das Águas, apresentado nessa quarta-feira (26/03), durante a reunião do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CERH), em Belo Horizonte, indica que as condições dos rios de Minas Gerais em 2007 permanecem em níveis similares ao do último levantamento, realizado no ano anterior.

O estudo, realizado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), mostra a situação dos recursos hídricos no Estado de acordo com dois indicadores: IQA e Contaminação por Tóxicos (CT). O IQA ‘médio' permanece predominante em Minas Gerais, em 2007, resultado este que vem sendo observado desde o início do monitoramento em 1997. O trabalho apresenta um diagnóstico das bacias dos Rios São Francisco, Pará, Paraopeba, Velhas, Jequitinhonha, Mucuri, Pardo, Grande, Paranaíba, Paraíba do Sul e Doce. Foram coletadas amostras em 260 pontos diferentes durante o ano de 2007.

Segundo o estudo, as bacias hidrográficas dos rios Pardo e Mucuri, no nordeste do Estado, apresentam as melhores condições com o Índice de Qualidade das Águas (IQA) variando entre ‘bom' e ‘médio' e o índice de contaminação por tóxicos (CT), ‘baixo'. Na bacia do rio Paranaíba, o IQA manteve-se ‘bom' e houve redução da presença de cobre na bacia, onde o metal está presente nos defensivos agrícolas utilizados nos plantios. Na bacia do rio Jequitinhonha, os índices de contaminação por tóxicos também foram menores que em 2006.

Também foram observadas melhorias na qualidade das águas no Rio São Francisco após a Represa de Três Marias. Foi verificada uma redução das concentrações médias da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) em relação ao ano de 2006, no rio das Velhas.

A gerente de Monitoramento e Geoprocessamento do Igam, Zenilde Guimarães Viola, observa que a diminuição pode estar associada aos investimentos em saneamento que estão sendo realizados pelo ‘Projeto Estruturador Meta 2010'. "A instalação das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) nos ribeirões Arrudas e Onça, na região metropolitana de Belo Horizonte devem ser percebidas com maior nitidez em médio prazo", afirma.

A análise dos dados de IQA da bacia do rio Paraopeba mostra que, assim como nos anos anteriores, a freqüência anual de ocorrências de IQA ‘médio' permaneceu predominante em toda a bacia. Também predominou a Contaminação por Tóxicos ‘baixa', que ocorreu em dos pontos de amostragem. O mesmo resultado pode ser observado na bacia do rio Grande.

Na bacia do rio Paraíba do Sul em 2007 pôde-se observar que predomina o Índice de Qualidade das Águas ‘médio', resultado que vem sendo observado desde o início do monitoramento em 1997. A ocorrência de Contaminação por Tóxicos na bacia foi ‘baixa'.

Zenilde Guimarães Viola explica que a realização de análises em épocas diferentes dá maior confiabilidade ao estudo. Ela observa que as amostras coletadas no período de chuvas têm pior qualidade, como foi o caso da bacia do rio Doce, que predominou o IQA ‘ruim' no período. No período seco houve, o mesmo rio teve predominância do IQA bom e médio. A região do rio Doce apresentou melhora significativa no índice de Contaminação por Tóxicos que foi ‘Baixo' em 78% dos pontos monitorados. Em 2006, esse índice havia sido observado em somente 28% das estações de amostragem.

"No período chuvoso (primeiro e quarto trimestres) é quando se observa uma piora na qualidade das águas e as maiores ocorrências de contaminantes tóxicos", observa Zenilde Viola. "Nesse período, o processo de escoamento superficial transporta os poluentes para os corpos de água, condição agravada pelos solos desprotegidos de mata ciliar", ressalta.

Ferramenta

A diretora-geral do Igam, Cleide Izabel Pedrosa de Melo, explica que o Mapa é uma importante ferramenta para orientar os investimentos públicos na gestão dos recursos hídricos. "O estudo fornece subsídios para o planejamento do uso da água, para estabelecer metas de qualidade, bem como orientar as ações de fiscalização nos locais onde há maior contaminação", afirma.

Cleide Pedrosa explica que o cruzamento das informações do mapa com as outorgas concedidas pelo Igam e nos processos de licenciamento ambiental será um valioso instrumento para identificar com precisão as fontes de poluição.

Investimentos

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, observa que o Governo de Minas vem investindo sistematicamente na melhoria dos sistemas de tratamento de esgoto, o que influi diretamente na qualidade da água. "O planejamento estratégico de Minas Gerais está orientando as ações, evitando investimentos pulverizados pelos diferentes órgãos", afirma. Ele ressalta que os recursos destinados à recuperação do rio das Velhas são os maiores feitos pelo Governo de Minas em todas as áreas. "Até 2010, a Copasa investirá R$ 1,2 bilhão na revitalização do rio", afirma.

José Carlos Carvalho ressalta que o Governo investe em ações para melhorias no saneamento dos grandes centros urbanos, como é o caso de Montes Claros. "A Copasa está finalizando a construção da ETE no córrego Vieira que é afluente do rio Verde Grande, o que irá melhorar a qualidade da água da bacia", afirma.

O secretário afirma que o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) vem concentrando esforços para que os municípios redobrem sua atenção na questão. Ele lembra que os programas ‘Minas Sem Lixões' e ‘Minas Trata Esgotos', executados pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), pretendem auxiliar os municípios a darem tratamento adequado aos seus resíduos e incentivar o tratamento correto do esgoto. José Carlos Carvalho observa que o trabalho de recuperação de áreas de preservação permanente, como as matas ciliares, executado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), é uma vertente importante no trabalho integrado realizado em Minas Gerais.
26/03/2008
Fonte: Ascom / Sisema

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7º Fórum as Águas destaca ações da Meta 2010

O balanço das ações previstas e já executadas pelo Projeto Estruturador Revitalização do Rio das Velhas - Meta 2010 foi tema de ciclo de debates realizado nessa quarta-feira (26) na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O evento faz parte da programação do 7º Fórum das Águas de Minas Gerais, que dura até essa sexta-feira (28).

O ciclo de debates contou com a participação do Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho e do presidente da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da ALMG, deputado Sávio Souza Cruz (PMDB).

O gerente-adjunto do Projeto Estruturador e superintendente de Serviços e Tratamento de Efluentes da Copasa, Ronaldo Matias de Sousa, fez um relato das intervenções já realizadas pela Companhia para a melhoria sanitária da região de abrangência da Meta 2010. De acordo com ele, a Companhia irá investir, até 2010, R$ 1,2 bilhão. As ações prioritárias são, entre outras, aumento das redes coletoras, interceptores, estações elevatórias e de tratamento de esgoto. Em 2008 os investimentos serão de R$ 247 milhões.

Segundo a coordenadora executiva da Meta 2010, Myriam Mousinho, o grande foco de recuperação da bacia é o saneamento, mas também estão sendo realizadas ações de recuperação da base florestal e de educação ambiental com a comunidade local, além de mobilização dos setores industrial, minerário e agrícola para minimizar os impactos ambientais dos empreendimentos. Mousinho informou também que está sendo elaborado um programa de saneamento ambiental para a bacia do Ribeirão da Mata, curso d'água que passa por uma região considerada de alta relevância para o Governo, o Vetor Norte de Belo Horizonte.

"Levar o esgoto não tratado às estações de tratamento de esgoto (ETEs) que já possuem capacidade instalada para tratá-lo é um dos grandes desafios da Meta", explica Ronaldo Matias. O gerente-adjunto informa que a ocupação de margens de córregos por habitações irregulares interfere na implantação de interceptores de esgoto. Ele informou que serão destinados recursos de R$ 25 mi por meio do Fundo de Recuperação e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado (Fhidro) para financiar ações da Prefeitura de Belo Horizonte visando o reassentamento de famílias. O programa irá viabilizar que a Copasa implante receptores na bacia do Ribeirão Isidoro, um dos principais afluentes do Ribeirão do Onça. A ação irá beneficiar diretamente cerca de 80 mil pessoas e será de grande relevância para os objetivos da Meta.

Retorno de peixes indica melhoria das águas do Velhas

O resultado da melhoria da qualidade das águas já é visível no rio das velhas, principalmente em conseqüência das intervenções realizadas nos ribeirões Arrudas e Onça. De acordo com o coordenador do Projeto Manuelzão para a Meta 2010, Antônio Thomaz da Mata Machado, já foi comprovado o retorno ao rio de espécies de peixes que não sobrevivem a poluição e que há muito tempo não eram registradas no Velhas, como o dourado, surubim e o matrinxã. A volta das espécies foi detectada pelo programa de biomonitoramento realizado pelo Manuelzão.

"A presença de peixes indica que há mais oxigênio na água é uma conseqüência do aumento do tratamento de esgoto e sinal de que o lixo está tendo um destino adequado, que as leis de ocupação de uso e solo estão sendo obedecidas, que as cidades estão cuidando de seus cursos d'água e que as pessoas estão sensíveis à Meta 2010", declara Thomaz.
26/03/2008
Fonte: Ascom / Sisema

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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