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LULA EDITA MEDIDA PROVISÓRIA SOBRE REGULARIZAÇÃO DE TERRAS NA AMAZÔNIA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2008

25 de Março de 2008 - Carolina Pimentel - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou hoje (25) uma medida provisória que aumenta o limite de terras que poderão ser regularizadas na Amazônia.

Atualmente, quem vive e trabalha em áreas com até 500 hectares pode requerer documento que lhe garanta direito de uso da terra.

De acordo com o Palácio do Planalto, com a MP, os produtores que ocupam áreas de cerca de mil hectares também poderão apresentar o requerimento. O objetivo, segundo o Planalto, é resolver a questão fundiária na região.

A última MP tinha sido editada em 28 de fevereiro. No dia 18 de março, em viagem a Campo Grande (MS), o presidente Lula afirmou ser "humanamente impossível" governar sem MPs.

Na última quinta-feira (20), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que o governo estuda encaminhar alguns assuntos por meio de projeto de lei - como reajuste salarial dos servidores públicos.

Mas ponderou que o governo não pode abrir mão desse instrumento legal. Ainda conforme a ministra, o governo Lula edita menos medidas em comparação a gestões anteriores.

Ontem (24), após a reunião do Conselho Político com Lula, o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), destacou o esforço do governo de não publicar MP nos últimos dias.

A oposição continua a obstruir a votação de medidas provisórias na Câmara, apesar da tentativa de um acordo coordenada pelo presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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Medida dispensa Incra de licitação para regularizar áreas de até 1.500 hectares

26 de Março de 2008 - Hugo Costa - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não precisa mais realizar licitações para regularizar propriedades de até 1.500 hectares (15 módulos fiscais). A mudança consta de medida provisória assinada ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada hoje (26) no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com a assessoria de imprensa do Incra, a alteração deve beneficiar 90% dos posseiros da Amazônia, que poderão pagar pelas terras ocupadas sem concorrência externa. Antes da publicação da medida, apenas propriedades de até 500 hectares eram dispensadas de licitação. Cada hectare corresponde, aproximadamente, a um campo de futebol.

A definição de módulo fiscal é feita pelos municípios e pode variar entre 10 e 100 hectares. Com a regularização, os proprietários receberão a Certidão do Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) e terão as terras incluídas no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), o que permite comercializar as propriedades de forma legal.

A medida provisória tem força de lei por até 90 dias, mas para vigorar de forma definitiva precisa ser aprovada no Congresso Nacional.

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MP que regulariza áreas na Amazônia causou surpresa negativa, diz Chinaglia

27 de Março de 2008 - Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticou hoje (27) a edição, nesta semana, da medida provisória (MP) que regulariza áreas de até 1.500 hectares na Amazônia. "A MP era inesperada e causou surpresa negativa”, disse ele. A medida foi publicada no Diário Oficial de ontem (26).

Chinaglia ressaltou também que a medida provisória trata de um tema discutido pelos parlamentares em projeto de lei que está em caráter terminativo na Comissão da Amazônia.

O projeto foi apresentado em outubro do ano passado e, em dezembro, já estava na fase final de votação, lembrou Chinaglia, que considerou a medida provisória editada pelo governo uma "cópia fiel" do projeto de lei.

“Para piorar, o governo mandou uma MP que é cópia fiel do projeto que etá tramitando. Os funcionários deixaram todas as digitais de que copiaram o trabalho feito pela Câmara. E, de forma arrogante, tentam impor à Câmara o ritmo que a burocracia acha que tem que ter. Isso elevou a temperatura na Câmara, e não sabemos como será a evolução da matéria. Foi um problema a mais para os problemas que já tínhamos.”

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Contag e Imazon pedem mapeamento e incentivos para regularização fundiária

26 de Março de 2008 - Gilberto Costa - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - Brasília - Trabalhadores da agricultura e ambientalistas manifestaram hoje (26) apoio à edição da Medida Provisória nº 422, que estendeu a dispensa de licitação pública para posse definitiva e regularização fundiária de áreas com até 15 módulos fiscais.

De acordo com o agrônomo Paulo Amaral, pesquisador do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) não haverá avanço na preservação ambiental da região "sem que a questão fundiária seja regularizada". Ele apontou, no entanto, que o governo deve associar a regularização fundiária com ações de monitoramento e gestão das áreas que devem ser protegidas. E defendeu a adoção de incentivos para o manejo florestal.

Para o diretor de Política Agrária e Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Paulo Caralo, a medida provisória "é importante para o combate ao desmatamento", e a regularização deve ser feita com o georreferenciamento para mapear as áreas.

O diretor da Contag disse considerar exagerado o limite de até 15 módulos fiscais, que pode chegar a 1.500 hectares. "O governo tem que ficar muito atento para que um posseiro não tenha outras pessoas da família com posses de 1.500 hectares", alertou.

Segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) serão poucos esses casos de posses com 1.500 hectares, uma vez que 80% dos módulos da Amazônia têm entre 65 e 75 hectares. O tamanho dos módulos fiscais varia
de acordo com o município.

O diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra, Roberto Kiel, explicou que a regularização vai favorecer o controle do Estado e, finalmente, identificar produtores.."Vamos pegar uma lupa e enxergar a turma que está garimpando os recursos naturais e não tem nenhuma responsabilidade com o desenvolvimento daquela região", disse.

De acordo com o Incra, os estados do Pará e Rondônia, o noroeste do Mato Grosso e o sul do Amazonas serão as regiões mais afetadas com a medida de regularização fundiária. O Incra fará trabalho de vistoria de todas as propriedades pretendidas para verificar produtividade, danos ambientais, posse pacífica e situação trabalhista de empregados.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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