26 de
Março de 2008 - Alana Gandra - Repórter
da Agência Brasil - Rio de Janeiro - O presidente
da Associação dos Funcionários
da Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Rio de Janeiro (Aferj),
José do Carmo, criticou a proposta aprovada
pelo governo fluminense de expansão das florestas
de eucalipto no estado. Ele participou de ato público
de repúdio às monoculturas e ao financiamento
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) para o setor do agronegócio.
A manifestação foi
realizada hoje (26) em frente à sede do banco,
pela Rede Alerta Contra o Deserto Verde Fluminense
e do Espírito Santo, que é integrada
por cerca de 21 movimentos sociais do campo.
José do Carmo disse à
Agência Brasil que além de ser um “crime
contra a natureza”, a plantação de
eucaliptos acarreta perdas aos produtores que optam
por esse tipo de cultura em termos de diversificação
e de áreas agrícolas. “A gente não
concorda que esse tipo de expansão do eucalipto
seja implantado em um estado como nosso, pequeno”.
A Rede Alerta pretende ingressar
com uma Ação de Inconstitucionalidade
no Tribunal Regional Federal (TRF) do Rio de Janeiro
contra a lei estadual que aprovou, no ano passado,
o plantio de eucalipto em larga escala no território
fluminense, de até 400 hectares contínuos,
pela Aracruz Celulose. A expansão da plantação
pela empresa estaria isenta do licenciamento ambiental,
o que é contestado pelos manifestantes.
A Aferj também defende
que a agricultura fluminense seja reforçada.
Para José do Carmo, a Emater-RJ está
sendo desmantelada.
“Ela está precisando de
400 funcionários e demitiu 190. Então,
ao mesmo tempo em que permitem a expansão
de monoculturas, em vez de fortalecer a produção
da agricultura familiar, eles [governo estadual]
diminuem as oportunidades e tiram as condições,
porque a Emater-RJ é a empresa de assistência
técnica e extensão rural ao agricultor
familiar”, defendeu.
José do Carmo afirmou também
a necessidade de que o BNDES passe a financiar com
prioridade a agricultura familiar e não as
grandes empresas do agronegócio brasileiro.
“Quando o BNDES financia essas culturas, diminui
espaço da agricultura familiar”. Ele ainda
citou que quando um pequeno produtor decide plantar
eucalipto em sua propriedade, ele “deixa de produzir
feijão, arroz, milho”.
O presidente do BNDES, Luciano
Coutinho, não pôde se encontrar com
os representantes dos movimentos sociais no campo
porque se encontrava em Brasília, para reunião
de trabalho. Em seu lugar, um comitê foi formado
para atender os ativistas. O grupo - representado
pelo diretor da Área Social, Élvio
Gaspar, pelo chefe de gabinete, Paulo Mattos, o
assessor da presidência, Ricardo Henriques,
e o superintendente Administrativo, Carlos Roberto
Audi - recebeu dos manifestantes uma carta de reivindicações.
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Oficina ajuda municípios
a recuperar áreas de preservação
24 de Março de 2008 - Agência
Brasil - Brasília - A Coordenação
da Agenda 21, o Fundo Nacional de Meio Ambiente
(FNMA) e o Subprograma de Proteção
de Recursos Naturais (SPRN) do Ministério
do Meio Ambiente promovem, hoje (24) e amanhã,
uma oficina de apoio para a elaboração
do Plano Municipal de Intervenção
em Áreas Alteradas. O encontro será
na sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Dirigido aos municípios
da Amazônia Legal, o plano tem como objetivo
definir, com base na Agenda 21 Local, estratégias
de recuperação de áreas de
preservação permanente e de reserva
legal e reintroduzir áreas abandonadas no
processo produtivo municipal, sempre por meio do
uso sustentável dos recursos naturais.
Entre os participantes da oficina
estão representantes dos municípios
de Mâncio Lima (AC); Alta Floresta, Carlinda,
Denise, Juruena, Nova Olímpia, Nova Xavantina
e Paranaíta (MT); Gurupá, Itaituba,
Rondon do Pará, São Geraldo do Araguaia
e Uruará (PA); Ministro Andreazza, Ouro Preto
D'Oeste, Pimenta Bueno e Primavera de Rondônia
(RO); e Sampaio (TO).
Todos os municípios estão
em diferentes fases de elaboração
do Plano, mas têm em comum o compromisso de
apresentá-lo como produto, de acordo com
o edital.