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WAL-MART REALIZA FÓRUM PARA DISCUTIR A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2008

27/03/2008 - A Rede Wal-Mart, engajada em ações de responsabilidade ambiental, realizou um fórum no dia 25 de março para discutir o tema “Política de Resíduos Sólidos para o Brasil”. O encontro contou com a participação de Xico Graziano, secretário estadual do Meio Ambiente, Luciano Zica, secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente Urbano, do Ministério do Meio Ambiente, e Arnaldo Jardim, deputado federal (PPS). O debate foi conduzido por André Vilhena, diretor-executivo do CEMPRE – Compromisso Empresarial para a Reciclagem.

Na abertura do painel, Luciano Zica abordou a importância da aprovação do Projeto de Política Nacional de Resíduos Sólidos, que tramita no congresso há 17 anos. As principais causas, segundo Zica, para a situação caótica dos resíduos sólidos no país são, entre outras, a pouca capacidade de gestão dos municípios em geral; falta de planejamento das ações; falta de pessoal qualificado; custo elevado da prestação de serviços para municípios com baixa arrecadação; baixo índice de reciclagem dos resíduos gerados; e inércia na solução de problemas antigos. “Ao assumir a secretaria, a ministra Marina Silva me atribuiu a responsabilidade de fazer avançar o projeto e, para isso, abri um debate sobre o tema no Congresso Nacional. O projeto recebeu mais de uma centena de propostas e, no momento, está pronto para ser votado. Para agilizar o andamento, os senadores também foram envolvidos nas discussões e assim, após ser votado no Congresso, poderá seguir para o Senado e ter um andamento expedito”, informou.

Não cabe à União, segundo Zica, fazer a gestão dos resíduos e, sim, estabelecer as diretrizes para que os municípios possam aplicar a boa gestão. “80% dos municípios brasileiros precisam de apoio para tratar da questão com eficiência, sendo necessário estabelecer planos de gestão integrada para que recebam recursos federais, baseados nos consórcios”.

A lei, por meio de um mecanismo denominado logística reversa, definirá as responsabilidade dos diferentes segmentos da sociedade, facilitando a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores, para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos. Define, ainda, a proibição da importação de produtos que prejudicam o meio ambiente. O projeto, porém, não determina punições específicas aos infratores em nenhum ponto do texto, mas vincula o descumprimento de suas regras às da rígida legislação ambiental vigente no país.

O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, informou ao público que o Estado de São Paulo já dispõe de uma lei, aprovada há dois anos, de autoria do deputado Arnaldo Jardim, que deverá ser regulamentada em breve. “A regulamentação da política estadual de resíduos sólidos enfocará os setores que mais nos preocupam, por serem muito impactantes, como pilhas e baterias, óleos lubrificantes e suas embalagens, pneus, lâmpadas fluorescentes, óleos e gorduras, equipamentos eletroeletrônicos e outros”, disse.

A lei estadual também estabelecerá, em sua regulamentação, a responsabilidade do setor produtivo quanto aos resíduos gerados no pós-consumo. “O poder público tem de enfrentar os problemas. No caso das embalagens plásticas, estamos desenvolvendo um projeto semelhante ao do mercado de crédito de carbono. Cada empresa que colocar no mercado algum tipo de resina plástica, deverá demonstrar no final do exercício fiscal a comprovação de que garantiu, direta ou indiretamente a sua reciclagem”, informou Graziano.

O secretário informou, também, que uma outra linha de atuação adotada pela secretaria é a do Projeto Município Verde. “Estamos pontuando os municípios e o melhores avaliados terão prioridade nos programas públicos. Quem não fizer a ‘lição de casa’ criará uma inadimplência ambiental e não terá acesso a vários fundos que são repassados pelo governo”, garantiu Graziano.

Outras duas ações visando a redução da geração e a minimização do impacto ambiental causado por resíduos foram anunciadas por Graziano. A primeira ação será a realização de um mutirão para o recolhimento de pilhas, baterias e demais produtos eletro-eletrônicos. “A nossa sociedade consumista gera uma quantidade absurda de resíduos e, por isso, estamos trabalhando, por meio dos mutirões, para chamar a atenção da opinião pública. Queremos que as pessoas pensem e questionem, o que levará a uma transformação na postura individual, resultando na cobrança por produtos cada vez menos poluidores”, afirmou.

Finalizando, informou que está elaborando um protocolo para ser assinado com a indústria da construção civil do Estado, para a redução na geração de resíduos.
O deputado Arnaldo Jardim saudou o Wal-Mart pela iniciativa e pelo conteúdo do fórum. “Temos um público versátil aqui, sei que não são todos funcionários do Wal-Mart, porque vi muitos empresários na platéia, eles estão aqui porque os resíduos são uma oportunidade de negócios”, salientou Jardim.

O deputado considera necessário que sejam estabelecidas sanções para quem desrespeitar a legislação: “Poluir tem que custar muito caro”, disse.
“A Política Estadual de Resíduos Sólidos foi aprovada por consenso, após consulta aos vários segmentos da sociedade. Já no nível federal, considero que estamos fazendo uma política para o futuro, com sustentabilidade para as futuras gerações”, concluiu Jardim.
Texto: Cris Olivette
Foto: José Jorge

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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