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4° FÓRUM DAS ÁGUAS MOBILIZA BACIA DO RIO DOCE

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Abril de 2008

Os Governos de Minas Gerais e do Espírito Santo reafirmaram parceria para gestão integrada da bacia do rio Doce, durante a solenidade de abertura do 4° Fórum das Águas do Rio Doce, realizada nesta terça, 02, em Linhares/ES. Durante a cerimônia, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais em exercício, Shelley de Souza Carneiro, ressaltou a importância desse modelo especial de diálogo e cooperação entre os dois Estados para o desenvolvimento sustentável na bacia.

Shelley Carneiro informou, ainda, que a contratação do Plano Integrado de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Doce, que definirá as ações prioritárias na bacia, já está em fase de conclusão. "Minas Gerais está investindo recursos da ordem de 1,8 milhão, ao lado de investimento da Agência Nacional das Águas (ANA) e do Instituto Estadual de Meio Ambiente do Espírito Santo (Iema)", acrescenta.

O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, disse aos capixabas e mineiros que estão todos desafiados a recuperar o Rio Doce. "A água é uma questão central nesse tempo em que estamos vivendo. Cuidar de nossos rios, de nossos mananciais, priorizar o tratamento do esgoto e oferecer uma destinação adequada aos resíduos sólidos são ações fundamentais que precisamos desenvolver para garantir a qualidade e a quantidade de nossos recursos hídricos", destacou.

Para o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), José Machado, o Fórum das Águas é um encontro importante por disseminar conceitos, agregar pessoas e aprofundar discussões relacionadas aos recursos hídricos na região. Ele destacou que a bacia do Doce está passando por um processo de desenvolvimento extraordinário e que essa experiência "tem uma importância muito grande para a consolidação da gestão de recursos hídricos nos 27 Estados brasileiros".

Investimento

Durante o evento, o Governo de Minas Gerais e do Espírito Santo assinaram um termo de cooperação técnica para investimento em pesquisas científicas na bacia do rio Doce. Participam do termo, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais (Sectes), a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Sect) e o Fundo Setorial dos Recursos Hídricos (CT-Hidro).

O documento prevê um investimento total de R$3 milhões, sendo R$1 milhão do Governo de Minas, R$500 mil do Governo do Espírito Santo e R$1,5 milhão do CT-Hidro. Em Minas Gerais, o edital de pesquisa será lançado ainda este semestre pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Poderão pleitear o recurso instituições de ensino e pesquisa do Estado.

Programação

Mais de 100 atividades, dentre mini-cursos, palestras, debates, apresentações culturais, mesas redondas, visitas técnicas e exposições, compõem a programação do 4° Fórum das Águas do Rio Doce, que acontecerá até 05 de abril, em Linhares/ES. O Fórum é realizado pelo Projeto Águas do Rio Doce, com promoção do Governo de Minas, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), em parceria com o Governo do Espírito Santo e, este ano, com a Prefeitura Municipal de Linhares.

Com o tema "Do Doce para o Mundo", o evento tem o objetivo de despertar interesses para a questão das águas, fortalecer o sistema de gerenciamento de recursos hídricos, Organizações Não Governamentais (ONGs) e instituições públicas e privadas que efetivamente trabalham pelo desenvolvimento sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

O Fórum foi agrupado em Unidades Programáticas, para organizar a diversidade de temas, setores da sociedade e faixas etárias, de acordo com objetivos e interesses, para facilitar o envolvimento dos parceiros e públicos. Anualmente, os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo se revezam para sediar o encontro. Em 2007, o Fórum aconteceu em Ipatinga e contou com a presença de aproximadamente 130 mil pessoas.
02/04/2008
Fonte: Ascom / Sisema

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Revitalização de bacias é debatida no Fórum das Águas do Doce

A recuperação, a conservação e a preservação das águas e do meio ambiente é um grande desafio para todas as bacias hidrográficas do País. O desenvolvimento de ações integradas e permanentes que visem à melhoria ambiental nas diferentes regiões brasileiras foi o foco do debate ‘Revitalização de Bacias Hidrográficas' na manhã desta quinta-feira (03/04), no 4° Fórum das Águas do Rio Doce, em Linhares/ES.

Durante o debate, três experiências de revitalização já implementadas no Brasil foram discutidas: o projeto de revitalização da bacia do rio São Francisco, a revitalização da bacia do rio Paraíba do Sul e a experiência na bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jaguari (PCJ), onde está localizado o Sistema Cantareira, que abastece 50% da Grande São Paulo.

Para o gerente de projetos do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas do MMA, Rogério Bigio, os principais desafios ambientais enfrentados nas diferentes bacias brasileiras são o uso e a ocupação inadequados do solo, desmatamento, erosão e assoreamento, redução da biodiversidade, conflitos pelo uso da água, falta de articulação interinstitucional e planejamento estratégico e desigualdade social e estagnação econômica. "O Ministério vai priorizar, entre 2008 e 2011, ações de revitalização de bacias hidrográficas dos rios São Francisco, Tocantins-Araguaia, Paraíba do Sul, Parnaíba, Paranaíba e Alto Paraguai", ressalta.

Integração

Na terça, 02, o Plano Integrado da Bacia do Rio Doce foi o principal tema do seminário ‘Política Nacional de Recursos Hídricos e Comitês de Bacia Hidrográficas'. Segundo o presidente do Comitê Nacional de Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul, Paulo Teodoro de Carvalho, o Plano é o maior instrumento de gestão da bacia. "Este Plano será construído de forma efetivamente integrada com as políticas federais e dos governos de Minas Gerais e Espírito Santo", afirma.

O Plano conta com um investimento de R$ 2,7 milhões dos Governos de Minas e do Espírito Santo e da Agencia Nacional de Águas (ANA) e contempla a bacia federal, seis bacias afluentes no Estado de Minas Gerais e três no Estado do Espírito Santo. De acordo com a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Izabel Pedrosa de Melo, o início da elaboração do Plano está previsto para o segundo semestre deste ano. O Plano trará um conjunto de diretrizes, metas e programas para assegurar o uso racional da água na bacia.

Outro tema discutido no seminário foi o papel dos comitês de bacia hidrográfica. Segundo o presidente do Fórum Mineiro de Comitês de Bacia, Mario Dantas, os comitês devem gerenciar os recursos hídricos, solucionar conflitos e cuidar da qualidade das águas.

Saneamento

No segundo dia do Fórum das Águas do Rio Doce o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) apresentou sua experiência com o licenciamento e gestão ambiental no setor de saneamento. O coordenador técnico do programa "Minas sem Lixões", Breno Machado, destacou a importância da troca de experiências que o evento proporciona. "É importante mostrarmos nosso trabalho, que é referencia no Brasil, e contribuir para a melhoria da gestão de saneamento de outros Estados e municípios", observa.

Além do "Minas Sem Lixões", a Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) desenvolve outro importante programa na área de saneamento, o "Minas Trata Esgoto". Ambos os programas têm como objetivo melhorar a qualidade de vida da população. O Estado de Minas Gerais tem como meta a erradicação dos lixões e o tratamento de 70% do esgoto da população urbana até o ano de 2010. "A disposição inadequada do lixo causa poluição do solo, das águas e do ar, além de propiciar a proliferação de vetores de doenças. A busca por soluções deve passar pelo esforço integrado das prefeituras, órgãos estaduais e sociedade", afirma Machado.

Breno Machado ressalta que em Minas, o município que trata o esgoto sanitário e dispõe adequadamente o lixo amplia a arrecadação por meio do ICMS Ecológico - subcritério Saneamento Ambiental, de acordo com a Lei 13.803/00. "Hoje já são 110 municípios beneficiados", acrescenta.

Investimento - Durante o debate ‘Demandas e Fomento de Pesquisa e Tecnologia no Tema Água e Desenvolvimento na Bacia do Doce', também realizado no segundo dia do evento, a chefe de Gabinete do Igam, Moara Martinez, apresentou o Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado de Minas Gerais (Fhidro) como uma opção para financiamento de demandas de pesquisas científicas na bacia do rio Doce.

Segundo Moara, o Fhidro tem por objetivo financiar ações que promovam a racionalização do uso da água e a sua melhoria nos aspectos quantitativo e qualitativo no Estado de Minas Gerais. Na bacia do rio Doce, já foram aprovados cinco projetos, com investimentos de aproximadamente R$ 4,5 milhões.

Podem pleitear os recursos do Fundo, instituições públicas ou privadas com atuação na área ambiental. Para 2008, o Fhidro tem previsto recursos da ordem de R$ 77 milhões e os interessados têm até o dia 1° de agosto deste ano para protocolar as propostas para análise no Igam. A lista com a documentação necessária e o roteiro para elaboração do projeto/programa estão disponíveis no site www.semad.mg.gov.br
03/04/2008
Fonte: Ascom / Sisema

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Fórum das Águas discute ecoturismo como alternativa para o desenvolvimento sustentável

O desafio de compatibilizar a atividade de ecoturismo com a preservação do meio ambiente foi o tema do ‘Encontro de Agro e Ecoturismo das Águas do Rio Doce', realizado na noite de quinta-feira (03), no 4º Fórum das Águas do Rio Doce, em Linhares, Espírito Santo.

O desafio de compatibilizar a atividade de ecoturismo com a preservação do meio ambiente foi o tema do ‘Encontro de Agro e Ecoturismo das Águas do Rio Doce', realizado na noite de quinta-feira (03), no 4º Fórum das Águas do Rio Doce, em Linhares, Espírito Santo.

Na abertura do encontro, a secretária de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (Seama/ES), Maria da Glória Brito Abaurre, afirmou que é preciso compatibilizar as visitas às unidades de conservação e o impacto que elas podem causar ao meio ambiente com a preservação das águas, terras e florestas. "Precisamos buscar o equilíbrio entre turismo e conservação, pois as pessoas têm o direito de conhecer e usufruir as belezas cênicas e o lazer que as atividades de ecoturismo proporcionam", observou.

De acordo com o professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Zysman Neiman, no mundo contemporâneo, as populações urbanas têm menos contato com os recursos hídricos, como os rios, lagoas e cachoeiras e, por este motivo, a preservação dos mesmos fica comprometida. "Como as águas não fazem parte do cotidiano das pessoas, elas não se sentem responsáveis pela sua conservação. Atividades como o ecoturismo promovem o encontro entre o ser humano e a natureza, propiciando uma maior aproximação e agregando valores afetivos e de preservação ao meio ambiente", afirmou. Neiman também lembrou que as atividades de ecoturismo só acontecem devido à existência de áreas protegidas.

O analista ambiental e turismólogo do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Vinícius de Assis Moreira, destacou a importância de uma unidade de conservação na preservação da biodiversidade, dos recursos hídricos e na manutenção da beleza das paisagens proporcionadas pela natureza. Moreira citou como exemplo o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), unidade de conservação administrada pelo IEF. Segundo o analista ambiental, "o PERD é o terceiro maior complexo lacustre do Brasil, possuindo 42 lagos. Além disso, tem a maior área contínua de Mata Atlântica do Estado".

Moreira explicou que um dos principais objetivos da criação de uma unidade de conservação é a preservação dos recursos naturais. De acordo com ele, hoje, a situação da mata ciliar do rio Doce na zona de amortecimento do Parque é mais preservada do que no restante do rio e várias espécies de animais ameaçados de extinção ainda são encontradas no PERD. "Isso demonstra como as áreas protegidas são fundamentais para a preservação do meio ambiente. O PERD é aberto à visitação e possui vários atrativos para os turistas, como caminhadas ecológicas e trilhas, porém ele não perde uma de suas principais características, que é a conservação do meio ambiente para as gerações futuras", finalizou.
04/04/2008
Fonte: Ascom / Sisema

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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