Panorama
 
 
 

BANCO MUNDIAL DEFENDE MUDANÇA EM LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA HIDRELÉTRICAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

31 de Março de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Os custos diretos e indiretos do licenciamento ambiental para a construção de uma usina hidrelétrica podem chegar a 20% do orçamento total da obra. Além do custo, a falta de clareza entre as atribuições de gestores ambientais estaduais e federais, e a má-qualidade dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) também restringem investimentos em geração hidrelétrica.

O diagnóstico é do Banco Mundial, apresentado no relatório Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Hidrelétricos no Brasil: Uma Contribuição para o Debate.

“O licenciamento ambiental de projetos hidrelétricos no Brasil é considerado um grande obstáculo para que a expansão da capacidade de geração de energia elétrica ocorra de forma previsível e dentro de prazos razoáveis”, aponta o documento.

De acordo com um dos autores do relatório, Garo Batmanian, os gargalos do licenciamento começam na fase inicial dos processos. “Se o planejamento energético definisse melhor quais são as hidrelétricas que vão ficar no mesmo rio, seja nos próximos cinco anos, isso ajudaria a análise para obter a licença prévia de uma vez só, por exemplo. Alguns assuntos ambientais e sociais que poderiam ser resolvidos no planejamento, de decisão preliminar, acabam sendo discutidos no momento de licenciamento do empreendimento em si”, afirmou.

Outros pontos críticos, segundo Batmanian, são a demora na elaboração dos termos de referência – que fornece os critérios básicos para o licenciamento – e a falta de qualidade dos estudos de impacto ambiental, produzidos pelos proponentes da obra. Ele destacou que em 2005 era de 13 meses a média de tempo de elaboração de termos de referência pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O relatório do Banco Mundial critica ainda a atuação “ilimitada” do Ministério Público, que, segundo os autores, “é importante fator para a falta de previsibilidade e cumprimento com os cronogramas do processo de licenciamento ambiental, pois permite que seus membros participem de atos técnicos ou administrativos típicos do órgão ambiental”. Para Batmanian, "se a divisão de tarefas fosse mais clara, seria menos necessária a atuação do Ministério Público – quando a zona cinza é muito grande, existe uma tendência de o MP intervir com maior vigor".

O estudo sugere medidas para garantir mais eficiência ao licenciamento, entre elas a definição, por lei, das atribuições estaduais e federais no processo; o aperfeiçoamento profissional dos agentes públicos e privados responsáveis pela elaboração e análise de estudos e licenças; e a criação de mecanismos administrativos de solução de conflitos, para evitar que cheguem à Justiça.

As recomendações também incluem a dispensa de estudos e relatórios de impacto ambiental para concessão de licença prévia, limitando a restrição para a etapa da licença de instalação.

O Ministério de Minas e Energia, que colaborou para a elaboração do relatório, informou por meio de sua assessoria que reconhece a necessidade de mudanças apontadas nas recomendações.

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Área de Itaipu invadida por Ñandeva é imprópria para abrigar indígenas, diz técnico

28 de Março de 2008 - Lúcia Nórcio - Repórter da Agência Brasil - Curitiba (PR) Curitiba (PR) - O coordenador do Programa de Sustentabilidade das Comunidades Indígenas de Itaipu, Gilmar Secco, avaliou hoje (28), a situação de 17 famílias da tribo de índios Ñandeva (cerca de 60 pessoas) que ocuparam, no último dia 17, uma faixa de preservação ambiental localizada à margem de reservatório da hidrelétrica binacional .

“Eles estão numa área imprópria para abrigar indígenas, sem terras disponíveis para o plantio e vulneráveis a questões de segurança. Como a região fronteiriça tem problemas ligados ao contrabando, além de problemas de saúde, eles estão expostos a doenças como dengue, malária e febre amarela.”

Esta é a segunda vez que os Ñandeva ocupam a área. De acordo com Secco, em outubro do ano passado, a Justiça Federal havia dado ganho de causa a Itaipu, que realocou os índios para a Terra Indígena de Marrecas, uma área com 18 mil hectares, no município de Turvo. “Isso significa que eles têm onde ficar. Lá, a Funai [Fundação Nacional do Índio] vinha assistindo as famílias com o fornecimento de cestas básicas e atendimento à saúde.”

De acordo com Secco, a volta dessas famílias à região de Guaíra "foi uma desobediência à ordem judicial”. Ele informou que a hidrelétrica vai pedir novamente à Justiça Federal a reintegração de posse da área.

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Brasil e Suécia estudam cooperação em projeto de bioenergia

1 de Abril de 2008 - Danilo Macedo - Repórter da Agência Brasil - Marcello Casal Jr./Abr - Brasília - Em visita ao Brasil, ministro da Agricultura da Suécia, Eskil Erlandsson, reúne-se com o ministro Reinhold Stephanes. Eles falaram sobre a importação de carne brasileira, entre outros assuntos.

Brasília - Em reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes e sua equipe técnica, o ministro da Agricultura da Suécia, Eskil Erlandsson, se disse satisfeito com o fato de que a questão do embargo da carne brasileira por parte da União Européia (UE) esteja a caminho de ser resolvida. Erlandsson falou, ainda, de uma possível parceria entre os dois países em pesquisas de sustentabilidade para a bioenergia.

“Minha esperança é que possamos cooperar com o Brasil nessa área [de bioenergia], já que somos um dos maiores importadores do álcool brasileiro dentro da União Européia”, afirmou o sueco. Stephanes disse que o país está aberto a parcerias na área e ressaltou que o governo tem a preocupação de que a produção de bioenergia não dispute espaço com a de alimentos.

Em relação ao embargo da carne, Stephanes disse que “o Brasil errou muito em assumir alguns compromissos e em não cumpri-los, mas tem que ficar claro que, após essa parte [de honrar os compromissos assumidos], vamos rediscutir as negociações com a UE”. O ministro brasileiro disse ao colega sueco que o Brasil exporta carne para 180 países e que nunca houve reclamação de problemas sanitários.

“Nunca tivemos dúvidas quanto à sanidade do nosso gado. A única doença que, eventualmente, nosso gado pode ter, que é a aftosa, não pode ser transmitida para humanos”, afirmou Stephanes. Por isso, segundo o ministro, o objetivo, agora, é cumprir os compromissos para recuperar a confiança pelos erros praticados e, depois, rediscutir as negociações com a UE.

O ministro da Agricultura sueco está no Brasil para conhecer as especifidades do setor e um pouco da legislação brasileira. Erlandsson fez questão de dizer ao ministro brasileiro que seu país tem avançado na redução dos subsídios para seus produtores rurais, um dos maiores entraves para o sucesso da Rodada Doha.

Até o final de abril, estão previstas as visitas do ministro da Agricultura do Japão e de parlamentares da UE.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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