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CETENE QUER BIOSSENSORES PARA CONTROLAR QUALIDADE DE BIODIESEL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

Nanotecnologia - 04/04/2008 - Sensores devem ser colocados no tanque de armazenamento de biodiesel da Usina de Biodiesel de Caetés
Parcerias nas áreas de biossensores e tecnologia de controle de qualidade de biocombustíveis, especialmente o biodiesel, estão em discussão no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene/MCT) e na Embrapa Instrumentação Agropecuária. Para que as duas instituições troquem mais informações sobre suas experiências, o chefe geral da unidade da Embrapa, Álvaro Macedo, e os pesquisadores Paulo Herrmann Júnior e Cauê Oliveira visitam, nesta sexta-feira (4), as instalações do Cetene, no Recife (PE).

Herrmann Júnior é um dos pesquisadores envolvidos na criação da língua eletrônica, invenção já patenteada e utilizada na análise da qualidade de substâncias como o café, sucos e água. A língua eletrônica é um dos projetos mais famosos de nanotecnologia desenvolvidos no Brasil. O equipamento foi criado pela Embrapa e pela Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), em 2001. Ela utiliza unidades sensoriais que conseguem perceber o gosto de forma ainda mais apurada que a língua humana.

"Queremos utilizar uma espécie de língua eletrônica para fazer o controle digital da qualidade do biodiesel armazenado, que é o uso de biosensores", aponta Fernando Jucá, diretor do Cetene. A intenção é associar estes biosensores a um equipamento de coleta e transmissão de informações, que nada mais é do que uma interface inteligente do sistema desenvolvido pelo Laboratório para a Integração de Circuitos e Sistemas (LINCS/MCT), uma design house que integra a estrutura do Cetene.

Inicialmente, os biossensores devem ser colocados no tanque de armazenamento de biodiesel da Usina de Biodiesel de Caetés, município do Agreste Meridional de Pernambuco. A usina é administrada pelo Cetene. As informações sobre a qualidade do biodiesel devem ser transmitidas via microondas pelo dispositivo eletrônico desenvolvido no LINCS para a central de informações do Cetene, em Recife.

"Existe hoje uma preocupação em controlar a qualidade do biodiesel, porque a tendência é que sua utilização na mistura com o óleo diesel seja crescente", aponta Jucá. O processo de produção do biodiesel faz com que, quando armazenado, ele sofra um processo natural de degradação, corrosão ou adulteração.

Desde 1º de janeiro último, está em vigor a obrigatoriedade de utilização de 2% de biodiesel no óleo diesel – o B2. O governo federal quer chegar ao B5 e o Cetene já avalia o uso do B20 em motores estacionários no arquipélago de Fernando de Noronha, território do estado de Pernambuco.

Além de conhecer as instalações do Cetene, com ênfase nas áreas de microscopia eletrônica, biofábrica e microeletrônica, os pesquisadores devem repassar informações sobre pesquisas em desenvolvimento pela Embrapa Instrumentação Agropecuária nas áreas onde o Cetene também atua. Cauê Oliveira também deve proferir palestra sobre a experiência da Embrapa na área de nanotecnologia.
Fabiana Galvão - Assessoria de Comunicação do MCT

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Inpe detecta redução de queima no plantio da cana-de-açúcar

Sensoriamento Remoto - 03/04/2008 - Imagens de satélite do projeto Canasat, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), revelam a redução da queima de palha de cana-de-açúcar no estado de São Paulo. Por meio de técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento, é mapeada a área cultivada, fornecendo informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar.

Os dados serviram de base para o Protocolo Agroambiental assinado recentemente pela Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar de São Paulo (Unica) e pela Secretaria de Meio Ambiente. O documento estabelece prazos para o fim das queimas nos canaviais em São Paulo e estipula ações de sustentabilidade ambiental.

Os mapas, elaborados pelos técnicos da Divisão de Sensoriamento Remoto do Inpe, mostram a redução da área de queima e, ao mesmo tempo, o avanço da mecanização nos canaviais. "Foram menos 108 mil hectares de área queimada, número 5% menor em relação à safra de 2007. Já a área cultivada cresceu 520 mil hectares", informa Bernardo Rudorff, pesquisador do Inpe.

Foram comparadas as duas últimas safras (2006-2007 e 2007-2008). No total, a colheita sem o uso do fogo ocorreu em 656 mil hectares, significando aumento de 34% para 46% da área total colhida em São Paulo, que foi de 3,79 milhões de hectares. O benefício é sobretudo ambiental.

Evitar a queima da cana significa reduzir a emissão de poluentes. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, a redução da área de queima evitou a emissão de 3.900 toneladas de material particulado, equivalente a 28% da emissão de partículas geradas pela combustão de óleo diesel por veículos na região da Grande São Paulo em 2006.

Fundamental para formular políticas públicas na área, as informações espaciais sobre a cana-de-açúcar são usadas para a previsão e estimativa da área cultivada. O próximo desafio do Canasat é utilizar as imagens para aferir a produtividade e mostrar como se dá o avanço da cultura. "À medida que o projeto evolui, temos cada vez mais dados e podemos agregar outras classes de informações. Logo poderemos saber se o plantio da cana passou a ocupar áreas de outras culturas ou atividades econômicas", diz Daniel Alves de Aguiar, que desenvolveu o método para a avaliação da área de cana colhida sem queima em seu curso de mestrado no Inpe.

Histórico

O projeto Canasat utiliza as imagens de sensoriamento remoto para mapear e quantificar a área plantada com a cultura da cana-de-açúcar no estado de São Paulo visando fornecer informações sobre a distribuição espacial da cana para diversos setores que, direta ou indiretamente, estão envolvidos com o agronegócio do setor.

Além de São Paulo, o satélite monitora o Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O projeto foi criado em 2003, em parceria entre Inpe, Unica, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP).

As informações estão disponíveis na internet por meio de mapas temáticos com a distribuição espacial da cana, e da localização de usinas e destilarias. O endereço eletrônico é: www.dsr.inpe.br/canasat.
Assessoria de Imprensa do Inpe.

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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