Brasília
(01/04/08) - O Ibama realizou no último sábado
(29) a soltura de oito araras-canindé. A
reintrodução dessas aves no meio ambiente
faz parte do projeto Araras Livres, que pretende
readaptar na natureza, aves provenientes do tráfico
ilegal de animais que estavam depositadas em criadouros
conservacionistas.
“O depósito desses animais
em criadouros não deve ser algo permanente,
mas sim, temporário enquanto a causa que
deu origem à apreensão é transitada
e julgada pelo Ibama”, afirmou o analista ambiental
do Ibama, Anderson do Valle.
O projeto está na fase
inicial. As aves estavam depositadas há cinco
anos em um criadouro e foram soltas em um hotel
fazenda, próximo a Brasília. O proprietário
do criadouro afirmou estar feliz com a devolução
das aves ao seu habitat natural, “Não agüentava
mais ver elas presas. As aves são mais belas
escondidas no meio das árvores”, disse Marcelo
Imperial.
“Das oito araras, apenas uma não
voou. Duas estão desaparecidas e as demais
voam e voltam aos poleiros construídos na
copa de buritizais. Está sendo feito também
o monitoramento diário dos animais para verificar
o sucesso de fixação deles na natureza”,
comentou Anderson.
As aves ainda estão sendo
alimentadas normalmente, o que segundo Anderson
é um bom motivo para que elas se mantenham
nas proximidades.
A infra-estrutura montada nas
copas dos buritizais será reaproveitada nas
próximas etapas do projeto, que se estenderá
por mais um mês. “Apesar do receio dos técnicos,
considerando a dificuldade de soltura de psitacídeos
os resultados parciais são animadores”, garantiu
o analista.
Luciana Melo
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Ibama PA faz soltura de cobras
em Inhangapi/PA
Belém (01/04/08) - Na manhã
de hoje, fiscais do Ibama soltaram, em uma área
verde de Inhangapi, a 63 km de Belém, seis
filhotes de cobras. Uma era da espécie jararaca
e, as outras, dormideiras (não venenosas).
Elas foram encontradas na última segunda-feira,
dia 31/03, em um sítio localizado em Bragança,
nordeste paraense, e na área verde de um
condomínio em Belém, na rodovia Augusto
Montenegro, pelos próprios moradores. Depois,
foram entregues aos responsáveis pelo Bosque
Rodrigues Alves, que as repassou ao Ibama.
Esta não é a primeira
vez que cobras são encontradas na cidade.
Só neste ano, mais de vinte e uma cobras
foram apreendidas ou doadas ao Ibama e soltas pelos
fiscais em áreas verdes, longe de residências.
De acordo com o chefe da Divisão de Fauna
e Pesca do Ibama, Alex Lacerda, umas das principais
causas da vinda desses animais para áreas
urbanas são as chuvas, o desmatamento e o
acúmulo de lixo nos grandes centros. “Com
o desmatamento e a conseqüente perda do seu
habitat, as cobras procuram alimentos nas áreas
inundadas e sujas dos centros urbanos”, informa
Alex.
A maior incidência
tem sido de sucuris e jibóias, que se alimentam,
principalmente, de roedores e pássaros. No
caso dos roedores, são muito comuns em áreas
urbanas como resultado da falta de saneamento básico.
Apesar disso, na ausência deles, as cobras
podem vir a comer animais de maior porte como cachorros
e gatos. “Onde tem gente, tem lixo e, onde há
lixo, certamente há ratos, que atraem cobras”,
acrescenta o chefe da Divisão.
Francisco Jorge Filho e Luciana Almeida