Panorama
 
 
 

JUÍZES E PROCURADORES DO TRABALHO QUEREM
BANIR USO DE AMIANTO NO PAÍS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

2 de Abril de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Mesmo de forma controlada, a utilização do amianto – mineral fibroso utilizado pela indústria da construção civil – é prejudicial à saúde dos trabalhadores. Dentre os danos associados à manipulação da substância está o endurecimento dos pulmões, alguns tipos de câncer e derrames.

O argumento será apresentado hoje (2) ao Supremo Tribunal Federal (STF) por juízes e procuradores do trabalho. Por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), eles questionam a Lei 9.055/95, que autoriza a continuidade do uso do amianto no Brasil.

O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Cláudio Montesso, lembra que os 25 países da União Européia, além de países latino-americanos como Argentina e Chile, já aboliram por completo a utilização do amianto – exemplo que, segundo ele, precisa ser seguido pelo Brasil.

Em 1995, o uso do amianto foi proibido no país. Mas a variedade conhecida como crisotila ou amianto branco foi permitida a partir de 1997, em função de propriedades como a alta resistência da fibra ao calor.

“Existem substâncias que podem ser utilizadas no lugar do amianto. As empresas já possuem produtos que utilizam outras fibras, até porque o mercado já possui uma consciência ecológica muito forte. É substituí-lo por outras fibras que são, do ponto de vista ecológico, mais responsáveis e que não causam danos à saúde do trabalhador”, destacou Montesso.

O presidente da Anamatra acredita que, apesar de ser o maior produtor mundial de amianto, o país não deve sofrer grandes impactos na economia caso seja aprovada a proibição da substância. O maior impacto, segundo ele, ficaria concentrado apenas na única mina brasileira que trabalha com a extração do mineral, localizada no município de Minaçu, em Minas Gerais.

"Uma ação governamental naquela área poderia minorar ou mesmo resolver o problema da proibição da exploração. Tudo isso é um custo pequeno e mínimo em prol da segurança dos trabalhadores. Se analisarmos até do ponto de vista governamental, em relação às despesas que isso causa no sistema de previdência do Brasil, haverá economia”, disse.

+ Mais

Empresas teriam custo adicional de 10% para substituir amianto, afirma procurador

2 de Abril de 2008 - Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A substituição do amianto por fibras menos prejudiciais à saúde do trabalhador não deve causar impacto significativo às indústrias que usam a substância como matéria-prima ou que utilizam produtos que têm o mineral na sua composição. A avaliação é do presidente da Associação Nacional de Procuradores do Trabalho (ANPT), Sebastião Caixeta.

Segundo ele, o custo de substituição deve ser 10% maior do que é gasto com a manipulação do amianto. "A cadeia produtiva, mesmo as empresas que exploram o mineral, também oferecem os produtos substitutivos. É absolutamente viável”, completou o procurador, ao citar alternativas como o polipropileno e o polivinílico-álcool (PVA).

O argumento será apresentado hoje (2) ao Supremo Tribunal Federal por juízes e procuradores do trabalho. Por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin), eles questionam a Lei 9.055/95, que autoriza a continuidade do uso do amianto no Brasil.

A insistência na utilização do amianto por parte das empresas mesmo com o acesso a outras alternativas se deve, na avaliação de Caixeta, ao baixo custo do mineral. Ainda assim, o procurador se mantém otimista em relação à aprovação da proposta pelo STF.

“A nossa Constituição determina que o poder público e a sociedade devem velar pela saúde, que é um direito de todos. Como temos produtos que se prestam a substituir o amianto sem danos à saúde, o Brasil está pronto e maduro para também banir esse produto, utilizando-se das opções tecnológicas hoje disponíveis.”

Em dezembro de 2007, o STF concedeu uma liminar suspendendo a lei paulista 12.684/2007, que proibia o uso e a comercialização, em São Paulo, de produtos com qualquer tipo de amianto. O pedido para a suspensão da norma foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), que alegou o prejuízo e lesão à ordem econômica com a proibição. No Brasil, há 27 leis estaduais e municipais banindo ou restringindo o uso da substância.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.