Panorama
 
 
 

RAPOSA SERRA DO SOL: CONFLITO DE ARROZEIROS E INDÍGENAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

PF ficará em Raposa Serra do Sol 60 dias após início da retirada dos não-índios, diz coordenador

2 de Abril de 2008 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O coordenador de Defesa Institucional substituto da Polícia Federal, Fernando Segóvia, informou hoje que os policiais deverão permanecer por no mínimo 60 dias após o início da operação de retirada dos não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no Nordeste de Roraima.

A medida, segundo ele, serviria para garantir a segurança dos indígenas após a saída dos arrozeiros: "Não há muitos trabalhadores na área, há uma redução natural do número de pessoas que poderiam nos atrapalhar na execução da operação."

Segóvia disse em entrevista coletiva, hoje (2), no Ministério da Justiça, que ainda confia em uma solução pacífica, embora a Polícia Federal esteja preparada para o pior. Os policiais, explicou, continuarão tentando convencer as pessoas a deixar o local.
“Estamos preparando a retirada das pessoas que não saírem espontâneamente até o início da operação, quando ainda tentaremos uma negociação final para que elas deixem a área pacificamente. Quem não quiser sair de maneira alguma vai ter de sair por força da lei”, afirmou.

Na mesma entrevista coletiva, o secretário-executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto, declarou estar esgotada a possibilidade de novas negociações com os não-índios que permanecem na área. E comentou que o serviço de inteligência da PF já mapeou todo o local e conhece quem “está incitando a população à violência, contra a polícia, arrumando bombas para explodir pontes e propondo a destruição de patrimônio público”.

Segóvia confirmou que desde o ano passado a PF vem estudando o local, "fazendo o planejamento, verificando o perfil das pessoas que residem ali, acompanhando todos os movimentos e sabendo as ameças que são dirigidas ao Estado brasileiro para o não-cumprimento da ordem legal”.

O coordenador disse não haver necessidade de utilizar tropas das Forças Armadas, mas confirmou ter pedido apoio à Força Nacional. Ele classificou o planejamento da operação como um “jogo de xadrez”, ao afirmar que "cada movimento é analisado diariamente – se sentirmos que há uma ameaça à integridade física, qualquer tipo de ação que ponha em risco a vida das pessoas, podemos entrar com uma medida judicial pedindo até mesmo a prisão de quem estiver por trás disso”.

+ Mais

Arrozeiros podem ser retirados de terra indígena a qualquer momento, diz coordenador

31 de Março de 2008 - Amanda Mota - Repórter da Agência Brasil - Manaus - A corrida para o cumprimento das medidas legais que prevêem a retirada dos não-índios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima, está na reta final. A avaliação é do coordenador executivo do Comitê Gestor do governo federal no estado, José Nagib Lima.

Em entrevista hoje (31) à Agência Brasil, ele informou que a Polícia Federal (PF) esteve na semana passada no local e, que a qualquer momento, pode ser efetivada a completa retirada dos produtores de arroz que ainda permanecem na reserva. Segundo Lima, a saída dos não-índios do local faz parte de um planejamento que teve início em 2005, com a homologação da terra indígena.

"Estamos indo para os momentos finais desse planejamento. A Funai está buscando isso. Na última sexta-feira, a Polícia Federal esteve na região e deparou-se com situações estranhas, como a presença de armadilhas para dificultar o trânsito e o trabalho da equipe. Um empregado de uma das fazendas foi preso e a polícia vai verificar o que houve", contou.

Desde 2005, com a assinatura do decreto de homologação da reserva Raposa Serra do Sol como terra indígena, a área de 1,7 milhão de hectares é de direito dos 18 mil indígenas que vivem na região.

Apesar das especulações da imprensa local sobre o início de uma operação da Polícia Federal para retirada dos últimos ocupantes não-índios da reserva - e que já é conhecida como Upatakon 3 -, o atual superintendente da Polícia Federal em Boa Vista, Ivan Herrero, não confirma nenhuma ação dos policiais no momento.

"Eu não confirmo o início dessa operação. Quando isso acontecer, a operação será coordenada pela superintendência de Brasília. Não convocaram a administração da PF em Boa Vista para comunicar o início da Upatakon", ressaltou Herrero.

A assessoria de comunicação da Polícia Federal em Brasília também não confirmou o início da Upatakon 3. Segundo os assessores, ninguém vai falar sobre a operação até que ela seja confirmada, sob pena de os trabalhos que competem ao órgão federal serem prejudicados.

+ Mais

Delegado da PF acredita em saída pacífica de arrozeiros de Raposa Serra do Sol

2 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Boa Vista (Roraima) - O delegado da Polícia Federal Romero Fernando Teixeira responsável pela Operação Upatakon 3, que tem o objetivo de retirar os não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, disse hoje à Agência Brasil que ainda acredita em uma solução pacífica, sem a necessidade de uso da força. “Continuamos na tentativa de acordo pacífico para a retirada.”

Teixeira admitiu existir uma preocupação especial em relação à região de Surumu, distrito de Pacaraima, onde manifestantes contrários à operação já destruíram pontes de acesso e interditaram a BR 355. Lá há também um acirramento entre grupos indígenas que se dividem entre o apoio e a cobrança da retirada dos arrozeiros.

“A Polícia Federal vai ter que estar presente no local de forma permanente para evitar conflitos, assim que tivermos meios operacionais adequados”, afirmou.

O delegado não revela detalhes do cronograma de ações da PF. O sigilo é uma estratégia para o sucesso da Upatakon 3. Nem mesmo o número de agentes envolvidos é divulgado. Entretanto, nos últimos dias, o efetivo da PF vem sendo reforçado com a chegada de policiais de outros estados.

Teixeira negou que ele ou qualquer subordinado tenha ofendido o deputado federal Márcio Junqueira (DEM-RR) na última segunda-feira em Surumu. Ontem (1º), o deputado alegou ter sido chamado de “boiola” pelo delegado da PF.

A presença dos policias federais na capital roraimense foi alvo de crítica em charge publicada hoje (2) pelo jornal Folha de Boa Vista. A ilustração traz uma caricatura do presidente Lula suspensa em uma nuvem com a inscrição 60%, em referência a pesquisas de opinião em que o desempenho do presidente é bem avaliado.

Abaixo, há um ônibus com a sigla da PF e a frase dita por um integrante do veículo: “Vamos aproveitar que o presidente tá viajando na popularidade e levar o caveirão para esculachar em Roraima!”. A charge faz alusão ao ônibus negro que transporta os agentes da PF na capital do estado.

+ Mais

Bancada de Roraima vai ao STF, mas ações contra terra indígena estão na PGR

3 de Abril de 2008 - Antonio Arrais - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O senador Augusto Botelho (PT-RR) disse hoje, (3) após audiência com o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal (STF), que os autos de várias ações que contestam a demarcação e a homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, encontra-se sob exame do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza.

Augusto Botelho, que esteve no STF junto com o governador de Roraima, Anchieta Júnior, e com os oito deputados da bancada do estado, disse que a preocupação do grupo é com a deflagração de uma operação da Polícia Federal para a retirada da área de cerca de 60 famílias de arrozeiros, “que ocupam há várias gerações a área, em convivência pacífica com as várias etnias indígenas e agora estão ameaçadas de perder suas terras”.

“A nossa preocupação é com a possibilidade de haver violência. Por isso fomos ao ministro Carlos Ayres Britto, para ver se o Supremo, de alguma forma, poderia antecipar-se e julgar as várias ações que contestam a demarcação e a homologação da reserva”, disse o senador Augusto Botelho.

Antes, segundo o senador, o grupo esteve com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, e com funcionários da assessoria jurídica do Ministério da Justiça, que confirmaram a continuação da operação da Polícia Federal na reserva.

Demarcada durante o segundo governo Fernando Henrique Cardoso e homologada no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva, a terra indígena Raposa Serra do Sol vem, segundo o senador Augusto Botelho, chamando a atenção no estado “há quase trinta anos”.

Segundo o senador, cerca de 500 famílias já saíram da região, recebendo indenizações que variam de R$ 3 mil a R$ 10 mil.

+ Mais

Ministério da Justiça diz ter esgotado negociações com arrozeiros de Raposa Serra do Sol

2 de Abril de 2008 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Estão esgotadas todas as possibilidades de negociação com os não-índios que permanecem na Terra Indígena Raposa Terra do Sol, informou hoje (2) o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto. A área tem 1,7 milhão de hectares e fica no nordeste do estado de Roraima.

“Não há mais espaço para negociação. Agora, chegou o momento de a Polícia Federal cumprir a lei e fazer a desintrusão, retirando todos os não-índios da região”, disse Barreto, em entrevista coletiva.

Embora não tenha definido uma data para que a PF comece a retirar da terra indígena cinco grandes rizicultores e os proprietários de 53 pequenas áreas, Barreto informou que apenas uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pode impedir a operação policial.


“A desintrusão já foi objeto de diversas ações judiciais e em todas elas permaneceu o direito dos índios sobre a terra, ou seja, o ato de demarcação e homologação da terra. E eu acho que não há nenhuma razão que justifique um posicionamento diferente [da Justiça]", acrescentou.

Desde a homologação da terra indígena, em 2005, alegou, o ministério tem agido com “cautela e paciência”, buscando uma solução negociável que, segundo ele, foi frustrada pela resistência e pelas ações intimidatórias de pessoas que não aceitam deixar a área.

“Indenizações foram pagas. Oferecemos, com a interveniência do governador José de Anchieta Júnior, uma outra terra, não-indígena, para os produtores deslocarem suas plantações, mas os rizicultores recusaram a oferta", informou.

O secretário disse esperar que nos próximos dias os não-indígenas deixem a área voluntariamente, evitando qualquer tipo de violência: "Ali há uma resistência organizada, em partes, quase de guerrilha. E isso a PF não poderá tolerar. Vai reagir com a força e a inteligência que tem para manter o Estado democrático de direito.”

Da entrevista coletiva também participaram o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira; o coordenador de Defesa Institucional substituto da Polícia Federal, Fernando Segóvia; e o consultor jurídico do Ministério da Justiça, Rafael Favetti.

+ Mais

Conflitos em Roraima não impedem envio de merenda escolar ao interior, diz secretário

2 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Boa Vista - As manifestações de arrozeiros, indígenas ligados a eles e agricultores contrários à retirada dos não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, que resultaram na destruição de pontes da BR-355, não comprometem mais o envio de merenda escolar para as cidades de Pacaraima, Uiramutã e Normandia.

A garantia foi dada hoje (2) à Agência Brasil pelo secretário estadual de Educação, Luciano Moreira, que admitiu a interrupção da distribuição apenas durante a segunda-feira (31) e em metade do dia de ontem (1º).

“As escolas da área urbanas dos municípios estão com abastecimento suficiente para mais alguns dias. As da zona rural já foram atendidas por um avião pequeno que se deslocou hoje para lá. Mas não houve nenhum prejuízo”, disse Moreira.

Os três municípios citados recebem por mês, de acordo com a secretaria, 18 toneladas de merenda.

Em relação à Escola Padre José de Anchieta, na comunidade indígena conhecida como Barro, que teria sofrido um atentado relatado à Polícia Federal, o secretário confirmou que em virtude do ataque foi interrompida uma reforma na unidade de ensino. E disse que os alunos assistem às aulas em uma quadra, provisoriamente.

+ Mais

Polícia Federal prende líder arrozeiro na terra indígena Raposa Serra do Sol

31 de Março de 2008 - Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A Polícia Federal em Roraima prendeu hoje (31) o líder arrozeiro Paulo César Quartiero durante manifestação contra a retirada de não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, área de 1,7 milhão de hectares. Quartiero é presidente da Associação dos Arrozeiros do estado e defende a permanência dos produtores de arroz na área.

Segundo o delegado da PF Fernando Romero Teixeira, Quartiero liderou o protesto que interditou a BR-355 e destruiu uma ponte próxima à terra indígena. A manifestação foi desencadeada pela expectativa dos produtores agrícolas de que a PF começasse hoje a retirar os não-indígenas da reserva.

“A operação já está em curso, mas não houve desintrusão [retirada]”, afirmou Teixeira em entrevista à Agência Brasil, por telefone.

Na semana passada, o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, enviou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro, uma recomendação para que promovam a imediata retirada dos ocupantes não-indígenas da Raposa Serra do Sol.

O líder arrozeiro está sendo autuado por desacato à autoridade, obstrução de rodovia federal e incitação contra a ordem pública, de acordo com o delegado.

Mais cedo, o superintendente na PF no estado, Ivan Herrero, informou que a retirada será coordenada pela Superintendência em Brasília, que ainda não enviou nenhuma convocação nesse sentido às autoridades em Boa Vista, capital do estado.

Em entrevista concedida em janeiro, Quartiero disse não acreditar na realização de uma operação para retirar os produtores à força. “Isso já é um assunto superado porque não tem condição de ser efetivada uma operação dessa. A população de Roraima não aceita o intervencionismo do governo federal com medidas antidemocráticas e ditatoriais”, disse na ocasião.

A homologação da terra indígena, em abril de 2005, é definida pelo arrozeiro como “medida fraudulenta”. Ele ressalta que a atividade agrícola gera R$ 130 milhões de faturamento bruto por ano e fortalece a economia do estado.

+ Mais

Conselho Indígena alega que arrozeiros dominaram riquezas na Raposa Serra do Sol

2 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado Especial - Boa Vista (RR) - A ganância de agricultores brancos é a razão apontada pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR) para o agravamento da disputa entre índios e arrozeiros na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

Ouvido pela Agência Brasil na sede da entidade, o coordenador geral do CIR, índio macuxi Dionito José de Souza, lembrou que, ao ocuparem a área, a primeira ação dos arrozeiros foi proibir a caça e a pesca, atividades tradicionais da cultura indígena. Além disso, as promessas de geração de riqueza para todos não teriam se concretizado.

“Quando a pessoa quer 'enricar' [enriquecer] sozinha, quer tudo só para ela. Os rizicultores não nos favorecem, trabalham somente para o seu bolso. Acreditamos que ia ser bom, mas fomos ficando sem terra, sem saúde e sem educação que respeite a nossa cultura”, recordou o Macuxi.

Desde a homologação da Terra Indígena em maio de 2005, os índios representados pelo CIR aguardam ansiosos a retirada dos brancos. Uma espera que já dura três anos e gera uma súplica para que a Polícia Federal não recue da operação de desintrusão: “Se ela [ PF] veio para fazer o trabalho, com o dinheiro da Nação empenhado, e o Estado brasileiro reconheceu o direito dos povos indígenas, vai ter que cumprir esse papel”.

Agora os arrozeiros, acrescentou Souza, só não saem da Raposa Serra do Sol “se não tiver policial macho no Brasil”. Mas Independente da ação da PF, o representante do CIR avisa que os índios saberão reagir diante de qualquer agressão por parte daqueles que insistem em permanecer n área homologada: “Agüentamos muito tempo com paciência, mas não vamos aceitar ver índio tombar [morrer] de graça”.

O CIR quer o apoio do governo federal na implantação de projetos de desenvolvimento sustentável em benefício das comunidades da Raposa Serra do Sol. Segundo o conselho, vivem na área de 1,7 milhão de hectares 18.992 índios divididos em 194 aldeias. Mas nem todos defendem a retirada dos arrozeiros. Aproximadamente um terço deles, pelos cálculos do CIR, participam de associações dissidentes ligadas aos agricultores.

+ Mais

Arrozeiros podem ser retirados de terra indígena à força, afirma administrador da Funai

2 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Boa Vista - A operação para a retirada dos arrozeiros e agricultores não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, poderá ser realizada com o uso de força pela Polícia Federal (PF) e pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Entretanto, segundo informou hoje (2) o administrador executivo da Funai em Roraima, Gonçalo Teixeira, as autoridades federais na região ainda aguardam ordens de Brasília.

"A retirada está planejada, pode acontecer a qualquer momento, e nós vamos ter que acalmar os ânimos dos indígenas. a parte operacional da Funai está pronta para deflagrar a ação, mas uma decisão nesse sentido virá de Brasília."

De acordo com o administrador, a divisão entre grupos étnicos que vivem na Raposa Serra do Sol é "histórica" e foi utilizada pelos arrozeiros para ganhar a simpatia de parte da população indígena.

"Eles [arrozeiros] chamaram gente para ficar do lado deles por meio do dinheiro. Prometem coisas como carros e plantio nas comunidades", conta.

Ao defender a necessidade da saída dos arrozeiros da terra indígena, Teixeira rechaça críticas de políticos que dizem haver em Roraima terra indígena em excesso para a quantidade de índios.

"Temos em Roraima 50 mil índios aldeados. Como o índice de natalidade entre eles é altíssimo, daqui a dez anos as terras podem ser pequenas."

Segundo a Funai, existem atualmente cerca de 10 milhões de hectares de terras indígenas demarcadas em Roraima, que correspondem a 46,24% do total do estado.

Na área de 1,7 milhão de hectares da Raposa Serra do Sol vivem 18 mil índios. A divisão se reflete na existência de 16 associações representativas das comunidades.

As duas principais são o Conselho Indígena da Roraima, favorável à homologação da área, e a Sociedade dos Índios em Defesa de Roraima (Sodiur), aliada aos arrozeiros.

+ Mais

Resistentes à saída da Raposa Serra do Sol querem fazer Quartiero governador em 2010

4 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado Especial - Vila Surumu (Terra Indígena Raposa Serra do Sol) - Os funcionários de arrozeiros, indígenas e populares que montaram barreira na Vila Surumu, distrito de Pacaraima, para resistir à ordem dada pelo governo federal de retirada dos não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, já sabem o que querem para as eleições de 2010: fazer do líder dos arrozeiros, Paulo César Quartiero, prefeito cassado de Pacaraima por compra de votos que tenta reaver o mandato na Justiça, governador do estado de Roraima.

“Vamos apoiar Qaurtiero porque é a única pessoa do estado de Roraima que enfrenta com coragem organismos estrangeiros e nacionais que lutam contra o povo”, declarou a descendente de índios Teia Mota, espécie de porta-voz do grupo, sob aplausos de dezenas de companheiros ao seu redor.

O índio macuxi José Romão de Pinho, vereador de Pacaraima e morador da Vila Surumu, disse que Quartiero “é um brasileiro que está aqui produzindo”, que nunca esqueceu as comunidades indígenas: “Mesmo depois de cassado, ele sempre está aqui nos acompanhando”.

+ Mais

Líder arrozeiro revela admiração por Hugo Chávez, a quem pediu apoio

4 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Roosewelt Pinheiro/Abr - Boa Vista - Paulo César Quartiero, líder dos arrozeiros que insistem em ficar na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, concede entrevista no silo de sua propriedade
Boa Vista - A bandeira da Venezuela está hasteada na base de resistência montada por moradores da Terra Indígena Raposa Serra do Sol que se recusam a deixar a área homologada. Em Boa Vista, populares sempre falam em uma ligação entre o presidente venezuelano e o líder arrozeiro Paulo César Quartiero, prefeito afastado de Pacaraima, na fronteira entre os dois países.

Hoje, em entrevista à Agência Brasil nos silos de sua empresa, Quartiero se disse “admirador” de Chávez. E, após um comportamento evasivo inicial, confirmou a existência de um pedido formal de apoio ao governante vizinho.

“O apoio maior que ele nos dá é o exemplo de como um presidente pode ser cioso e intransigente na defesa do interesse nacional. Isso aí vale mais do que qualquer auxílio material”, disse Quartiero. “Temos por ele admiração, respeito e Pacaraima depende muito da Venezuela”, acrescentou.

O líder arrozeiro revelou, ainda, ter entregue a Chávez, durante encontro em Manaus, uma “carta do povo de Roraima” pedindo a ajuda do governante ao movimento de resistência. Chávez, conforme Quartiero, foi cordial e levou o documento para ler.

Sobre o fato de populares sugerirem sua candidatura a governador em 2010, o gaúcho de 55 anos que está em Roraima desde os 24 – e tenta reaver na Justiça o mandato de prefeito de Pacaraima – comentou com certa dose de ironia: “Esse pode ser o sonho deles, mas o meu sonho hoje é sobreviver e não virar sem-terra.” Se voltar à prefeitura, disse, quer “formalizar um acordo cultural, econômico e de segurança com a Venezuela”.

Na empresa do líder arrozeiro, as máquinas estão paradas e parte dos funcionários, de braços cruzados. Uma faixa na entrada pede desculpas à população pela paralisação.

“Não temos condição de trabalhar. Não estamos em condições psciológicas, de tranqüilidade, temos receio de alguém se ferir no interior e ficamos de prontidão para a necessidade de resgatar algum ferido”, justificou Quartiero, em referência à possibilidade iminente de confronto entre a Polícia Federal e o grupo contrário à Operação Upatakon 3.

+ Mais

Incra aponta "má-fé" de arrozeiros em ocupação na Terra Indígena Raposa Serra do Sol

4 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Boa Vista - Como já sabiam que a Constituição Federal proíbe ocupações ou posses de terrenos em área indígena, “os arrozeiros agiram de má-fé” ao consolidar plantações na Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

A afirmação foi feita hoje (4) pelo superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Roraima, Pedro Paulino Soares, em entrevista à Agência Brasil.

Paulino acrescentou que os arrozeiros não atenderam a um edital de convocação publicado pelo Incra no fim de 2007, visando a um acordo para o reassentamento. Mas admitiu que o órgão não tem como oferecer a eles áreas com condições semelhantes para a produção de arroz.

“A característica da área que eles [arrozeiros] ocupam é de lavrado e savana, e só aceitam ser assentados em áreas com essas mesmas características. Se fosse para reassentá-los em projetos ou áreas de mata, ou se tivessem interesse em parceria, seria bem mais fácil para nós”, ressaltou Paulino.

Em recorrentes entrevistas, o líder dos arrozeiros, Paulo César Quartiero, definiu os assentamentos do Incra como “campos de extermínio” ou “favelas rurais”.

O superintendente confirmou que a estrutura ainda não é a ideal em muitos locais, mas disse que o Incra se esforça para melhorar as condições dos assentados: “Ainda não atendemos todas as famílias [que deixaram a área] com infra-estrutura e assistência técnica, mas trabalhamos em conjunto com o Poder Público, municipal e estadual, na busca de condições adequadas de moradia, produção e financiamento.”

De acordo com o Incra, havia 292 famílias de não-índios cadastradas na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Delas, 139 já foram reassentadas em lotes no Projeto de Assentamento Nova Amazônia, nas proximidades de Boa Vista, e no município de Alto Alegre, a 55 quilômetros da capital.

Entre os reassentados, 64 lotes têm até 100 hectares e o restante, de 100 a 500 hectares. Cada família recebe no ato de reassentamento, além de uma indenização a cargo da Fundação Nacional do Índio (Funai), R$ 2,4 mil do Incra para compra de alimentos e ferramentas de trabalho.

Estão em construção – numa parceria entre o Incra, Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Boa Vista –, informou o superintendente, 64 casas para reassentados. São construções de alvenaria, cobertas com telha de barro, e deverão estar concluídas em 90 dias.

+ Mais

“Irmãos” favoráveis à retirada de arrozeiros são preguiçosos, afirmam índias

4 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado Especial - Vila Surumu (Terra Indígena Raposa Serra do Sol) - Uma das centenas de pessoas entrincheiradas na Vila Surumu, distrito de Pacaraima, para resistir à retirada iminente dos não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a senhora indígena Valdísia da Silva, da comunidade Prakuár, se apresenta espontaneamente e pede para conceder entrevista. Diz morar ali desde que nasceu e estar “engasgada” para falar o que sente. Ela não poupa críticas aos parentes que defendem a expulsão dos arrozeiros da área.

“Se ficar essa área liberada, ninguém faz nada. Nossos irmãos do CIR [Conselho Indígena de Roraima] só dão dor de cabeça para nós, empatam a pescaria, não querem trabalhar, só querem ficar dormindo e comendo sem fazer nada”, disse a senhora.

Para Valdísia, a população da área já perdeu sua identidade cultural há muito tempo e deve se adequar à realidade: “Nós não somos mais índios, nós somos aculturados, somos brancos já. A maioria é casada com branco, tem filho branco, marido preto e não sou contra isso”.

Os arrozeiros, segundo a senhora, sempre ajudaram as comunidades da área. Quem deveria sair, ressaltou, “são esses que são contra nós”.

Ainda na empoeirada estrada de acesso à Vila Surumu, a índia Ilda Silva, que pegava carona na carroceria da caminhonete de um arrozeiro, também saiu em defesa dos patrões e criticou a operação da Polícia Federal em curso: “Essa polícia não devia fazer isso com a gente. Precisamos trabalhar. Quando ele [Quartiero, líder dos arrozeiros] era prefeito, dava rancho [comida] para o colégio. Hoje, nós estamos machucados”.

A índia acrescentou que os patrões são responsáveis pela produção de arroz que “vai para Pacaraima, Boa Vista, todo o estado”.

Nas proximidades da Vila Surumu estão as fazendas do líder dos arrozeiros Paulo César Quartiero. Cinco grandes máquinas agrícolas e dezenas de pneus reforçam a barreira montada, que tem as bandeiras brasileira e venezuelana estendidas (a fronteira está a poucos quilômetros dali).

+ Mais

Moradores de terra indígena se dizem injustiçados e prontos para eventual confronto

3 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Roosewelt Pinheiro/Abr - Vila Surumu (RO) - Manifestantes empunham suas armas e prometem resistir à retirada de não-indígenas da reserva Raposa Serra do Sol
Vila Surumu (Terra Indígena Raposa Serra do Sol) - “Pátria ou morte.Venceremos!” A frase estampada em uma faixa estendida na ponte do Rio Surumu, no distrito de mesmo nome pertencente ao município de Pacaraima, resume o que centenas de moradores da Terra Indígena Raposa Serra do Sol que permanecem entrincheirados estão dispostos a fazer: resistir à possível retirada dos não-índios da área.

Cinco grandes máquinas agrícolas e dezenas de pneus reforçam a barreira montada, que tem as bandeiras brasileira e venezuelana estendidas (a fronteira está a poucos quilômetros dali). No grupo estão funcionários de arrozeiros, índios (das comunidades Prakuár, Taxi, Flechal e Contão) contrários à desintrusão, vereadores e lideranças locais.

A dificuldade para se chegar até lá pelo caminho terrestre convencional mostra que não será simples retirar os ocupantes do local. Antes da base montada pelos moradores, é preciso atravessar dois igarapés (um com água e outro seco) que tiveram as pontes destruídas, ação não assumida pelos manifestantes. A travessia é missão que só pode ser cumprida a pé, de moto ou com veículo tracionado, pois há muitas pedras. Da BR 174 até a base são 26 quilômetros de estrada empoeirada, com muitos buracos e pregos espalhados em alguns locais.

Quem consegue ir até o Surumu é recebido com natural desconfiança. “Policial federal não é bem-vindo aqui hoje, não foi antes e nem será amanhã”, avisa um dos vigilantes. Após detalhada apresentação, permitem a entrada e são atenciosos. Oferecem água e almoço, feito com alimentos doados, conforme dizem, por simpatizantes da ação. E aos poucos se sentem à vontade para criticar a Operação Upatakon 3 - o que chamam de “injustiça" do governo federal.

“A nossa população fica completamente desassistida, sem assistência do governo. Aqui é o povo pelo povo, enquanto o governo federal gasta milhões do nosso bolso para agredir o estado de Roraima”, afirma Téia Mota, descendente de macuxi, uma espécie de porta-voz do grupo. Segundo ela, a base de resistência é uma ação espontânea de moradores que não aceitam deixar a terra. Eles contam com apoio do líder arrozeiro Paulo César Quartiero, mas dizem que não foram obrigados.

Téia acrescenta que as únicas pessoas “proibidas” de passar por ali são, além dos agentes da PF, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai).

“A Funai olha por um lado só, o da população ligada ao CIR [Conselho Indígena de Roraima]. Daqui a pouco vão pedir passaporte para passarmos numa rua aqui no distrito de Surumu”, disse a porta-voz em referência à suposta influência de organizações não-governamentais (ONGs) estrangeiras sobre os índios que defendem a expulsão dos não–índios. Ela nega que o grupo dificulte a passagem de doentes ou que tenha atacado com bombas os índios que cobram a retirada.

Para o índio José Romão de Pinho, vereador de Pacaraima, a PF deve respeitar a população. “Quem é nativo daqui não pode sair para outro lugar. Existe terra para todo mundo”.

O fazendeiro João Oliveira da Silva, conhecido como João do Boi, nasceu na região é casado com índia, e tem propriedade em Raposa Serra do Sol há treze anos. Ele diz que pretende resistir. O fazendeiro sabe que se aceitasse colocar sua propriedade para uso comum poderia ficar de forma legal, mas define essa possibilidade como “proposta indecente” do governo.

“Hoje somos tratados como bandidos e não como trabalhadores. Nossa arma é o nosso suor”, reclamou. “Querem fazer daqui um zoológico humano. Pessoas que nem brasileiras são querem ter prioridade. O que mais se vê aqui é padre e gringos que nem sabem falar português”, acrescentou.

Com as armas em punho, os “soldados” prometem impedir a concretização da Operação Upatakon 3 e dizem que estão preparados para um eventual confronto.

+ Mais

Para governador, responsabilidade por conflitos em Raposa Serra do Sol será do governo federal

3 de Abril de 2008 - Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, não acredita que a Polícia Federal (PF) consiga retirar pacificamente os não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, área de 1,7 milhão de hectares, no Nordeste do estado. Para Anchieta Júnior, o governo federal está assumindo toda a responsabilidade pelos confrontos que podem ocorrer durante a operação policial.

"O Ministério da Justiça está trabalhando para evitar esse confronto. Nós que estamos vivendo lá é que não acreditamos nessa retirada pacífica”, declarou o governador após se reunir com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em Brasília. “Saímos daqui conscientes de que o governo federal vai assumir o ônus desta operação.”

Acompanhado pelo senador Augusto Botelho (PT) e pelo deputado Urzeni Rocha (PSDB), Anchieta Júnior foi ao ministério pedir para que o governo aguardasse a decisão final sobre o assunto que será dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Fomos à exaustão nas negociações e o governo federal se posicionou de uma forma que não volta atrás na sua decisão. A operação vai continuar e a retirada das pessoas vai ser feita. Foi isso que o ministério disse”, afirmou o governador acrescentando que não tinha conversado sobre a data do início da ação.

“Temos certeza de que se esperássemos por esta decisão final nós evitaríamos confrontos, já que as pessoas que estão lá, resistindo, alegam que iriam respeitar a decisão do Supremo.”

O governador confirmou que, há cerca de um mês, tentou negociar uma transferência com alguns arrozeiros. “O governo de Roraima daria toda a infra-estrutura, estradas, energia. Infelizmente, a proposta não foi aceita.”

O presidente da Funai, Márcio Meira, que participou de parte da reunião, disse não haver necessidade de aguardar qualquer decisão do STF.

“Essa é uma falsa questão. O Supremo não tem nada a resolver. O que existe é uma determinação constitucional e legal para a desintrusão. Aqueles que se sentem prejudicados entram com pedido de liminar, mas o STF já negou mais de 20. Não podemos esperar que o Supremo negue mais uma liminar para que a operação seja feita”.

Meira também refutou a responsabilidade do governo federal caso haja feridos ou mortos. “O ônus, se houver algum caso de derramamento de sangue, será daqueles que estão se armando para combater o Estado de direito. A tradição da PF é de não usar uma bala, de não dar um tiro.”

Segundo Meira, o governo tem indícios de que fazendeiros estejam adquirindo armas para resistir à retirada.

+ Mais

Líder indígena em Raposa Serra do Sol denuncia à PF atentados a bomba

2 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Enviado especial - Boa Vista - O tuxaua Moacildo da Silva Santos, equivalente a um cacique, da comunidade do Barro, localizada dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, nas proximidades do distrito de Surumu, denunciou hoje (2) à Polícia Federal atentados contra sua vida e contra a estrutura física da escola que atende os índios.

Santos disse ter sido atingido por uma bomba caseira jogada na porta de sua casa por um motoqueiro. “A bomba me atingiu, desmaiei lá dentro e fui acordar já na nossa casa de apoio”, afirmou o tuxaua, que teve ferimentos nos braços e pernas. Em entrevista à Agência Brasil, ele creditou o ataque a “pistoleiros do Paulo César [Quartiero, líder dos arrozeiros]”.

O líder indígena ressaltou que sua comunidade não trabalha com os arrozeiros, por preferir investir nas roças próprias: "Plantamos mandioca, jerimum, milho, melancia e feijão. Nós temos nossa comida e não precisamos de arrozeiro.”

E prometeu que se a Polícia Federal não retirar os arrozeiros da área, os índios irão para o combate: “Nós mesmos vamos fazer.”

O tuxaua esteve na delegacia acompanhado pela advogada Joênia Carvalho, do Conselho Indígena de Roraima (CIR). Ela relatou ter sido este o primeiro depoimento de índios da comunidade sobre ataques que se iniciaram há alguns dias. Um deles teria atingido a Escola Padre José de Anchieta, onde as aulas foram interrompidas nesta semana.

“A escola foi invadida, ocupada, teve portas arrombadas, conforme os depoentes, por moradores de Boa Vista levados por Paulo César Quartiero e pelo deputado federal Márcio Junqueira [DEM-RR]. Cadeiras, armários e merenda escolar foram furtados”, descreveu a advogada.

A destruição de pontes com dinamite e motosserras, promovida por manifestantes contrários à homologação da áreas, acrescentou, ainda prejudica o deslocamento de doentes. A Polícia Federal se comprometeu a investigar a autoria dos ataques à comnidade.

Hoje, a reportagem tentou contato com Paulo César Quartiero para que ele respondesse às denúncias dos índios, mas o arrozeiro estava com o telefone celular desligado. O filho dele, Renato Quartiero, de 23 anos, está internado em um hospital de Boa Vista, também por ter sido atingido por uma bomba na segunda-feira (31). Renato foi ferido na mão esquerda, nos braços e no tórax, quando participava de um protesto contra a homologação da terra indígena.

A Polícia Federal negou ter arremessado a bomba contra os manifestantes.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.