O desafio
de compatibilizar a atividade de ecoturismo com
a preservação do meio ambiente foi
o tema do ‘Encontro de Agro e Ecoturismo das Águas
do Rio Doce', realizado na noite de quinta-feira
(03), no 4º Fórum das Águas do
Rio Doce, em Linhares, Espírito Santo.
O desafio de compatibilizar a
atividade de ecoturismo com a preservação
do meio ambiente foi o tema do ‘Encontro de Agro
e Ecoturismo das Águas do Rio Doce', realizado
na noite de quinta-feira (03), no 4º Fórum
das Águas do Rio Doce, em Linhares, Espírito
Santo.
Na abertura do encontro, a secretária
de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
do Espírito Santo (Seama/ES), Maria da Glória
Brito Abaurre, afirmou que é preciso compatibilizar
as visitas às unidades de conservação
e o impacto que elas podem causar ao meio ambiente
com a preservação das águas,
terras e florestas. "Precisamos buscar o equilíbrio
entre turismo e conservação, pois
as pessoas têm o direito de conhecer e usufruir
as belezas cênicas e o lazer que as atividades
de ecoturismo proporcionam", observou.
De acordo com o professor da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCar) Zysman Neiman,
no mundo contemporâneo, as populações
urbanas têm menos contato com os recursos
hídricos, como os rios, lagoas e cachoeiras
e, por este motivo, a preservação
dos mesmos fica comprometida. "Como as águas
não fazem parte do cotidiano das pessoas,
elas não se sentem responsáveis pela
sua conservação. Atividades como o
ecoturismo promovem o encontro entre o ser humano
e a natureza, propiciando uma maior aproximação
e agregando valores afetivos e de preservação
ao meio ambiente", afirmou. Neiman também
lembrou que as atividades de ecoturismo só
acontecem devido à existência de áreas
protegidas.
O analista ambiental e turismólogo
do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Vinícius
de Assis Moreira, destacou a importância de
uma unidade de conservação na preservação
da biodiversidade, dos recursos hídricos
e na manutenção da beleza das paisagens
proporcionadas pela natureza. Moreira citou como
exemplo o Parque Estadual do Rio Doce (PERD), unidade
de conservação administrada pelo IEF.
Segundo o analista ambiental, "o PERD é
o terceiro maior complexo lacustre do Brasil, possuindo
42 lagos. Além disso, tem a maior área
contínua de Mata Atlântica do Estado".
Moreira explicou que um dos principais
objetivos da criação de uma unidade
de conservação é a preservação
dos recursos naturais. De acordo com ele, hoje,
a situação da mata ciliar do rio Doce
na zona de amortecimento do Parque é mais
preservada do que no restante do rio e várias
espécies de animais ameaçados de extinção
ainda são encontradas no PERD. "Isso
demonstra como as áreas protegidas são
fundamentais para a preservação do
meio ambiente. O PERD é aberto à visitação
e possui vários atrativos para os turistas,
como caminhadas ecológicas e trilhas, porém
ele não perde uma de suas principais características,
que é a conservação do meio
ambiente para as gerações futuras",
finalizou.
04/04/2008
Fonte: Ascom / Sisema
+ Mais
Promata-MG é referência
para Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas
O Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
(Sisema) está recebendo nesta semana um grupo
de assessoria técnica da Secretaria de Estado
de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
do Amazonas (SDS). O objetivo da visita é
conhecer os instrumentos usados em Minas Gerais
para a implantação, gestão
e execução do Promata, coordenado
pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O Estado do Amazonas pretende formular um projeto
focado na área ambiental nos moldes do programa
mineiro de cooperação financeira Brasil-Alemanha
por meio do Banco Kreditanstalt für Wiederaufbau
(KfW), agente financiador do Ministério de
Cooperação Internacional da Alemanha
(BMZ). “A referência de convênios de
melhor gestão, execução e eficiência
é em Minas Gerais, por isso, queremos aproveitar
a experiência mineira e adaptar à realidade
do projeto no Amazonas”, ressalta a técnica
da SDS, Ana Paula Paiva.
Paiva ressaltou que apesar da
floresta, a questão ambiental no Amazonas
é nova. “Queremos criar no Amazonas um programa
de diminuição do desmatamento e redução
da pobreza por meio da sustentabilidade”, frisa.
Se o acordo com o Banco KfW for fechado, esse será
o primeiro convênio bilateral no Estado do
Amazonas.
Durante visita à Sede do
Sisema, o coordenador do Promata, Eduardo Grossi,
apresentou aos técnicos um escopo do projeto
em Minas Gerais, bem como suas execuções
técnica e financeira. Até o final
da semana o grupo visitará o Parque Estadual
do Itacolomi, em Ouro Preto, e o Parque Estadual
da Serra Rola-Moça, na Região Metropolitana
de Belo Horizonte (RMBH).
Promata - Com o objetivo de promover
ações de proteção, recuperação
e uso sustentável na região da Mata
Atlântica em Minas Gerais, o Governo do Estado
desenvolve, desde abril de 2003, o Projeto de Proteção
da Mata Atlântica (Promata-MG).
O Projeto encontra-se em sua segunda
fase, atuando diretamente em 22 Unidades de Conservação
e seus entornos, abrangendo uma área total
de 229 mil quilômetros quadrados distribuídos
em 429 municípios pertencentes ao Alto Jequitinhonha,
Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Centro-Sul e Sul
do Estado. Toda essa área equivale a aproximadamente
25% do território mineiro.
Na Fase II do Projeto, de 2008
a 2011, o Governo alemão disponibilizará
cerca de 8 milhões de Euros a fundo perdido
e, em contrapartida, o Governo de Minas destinará
7,3 milhões de Euros, atingindo 95% da área
de abrangência da Mata Atlântica e ecosistemas
associados em Minas Gerais.
Data: 09/04/08
Fonte: Ascom / Sisema