Panorama
 
 
 

MINISTRA EXPLICA, NO CONGRESSO NACIONAL, MEDIDAS DE COMBATE AO DESMATAMENTO

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

09/04/2008 - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou nesta quarta-feira (9) as ações que o governo vem implementando para conter a tendência de aumento do desmatamento na Amazônia, detectada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no segundo semestre de 2007. "Neste momento, nosso foco é não permitir que se perca três anos de governança ambiental no País", afirmou, durante audiência pública conjunta nas Comissões de Agricultura, Meio Ambiente e da Amazônia; Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, na Câmara dos Deputados.

Marina Silva lembrou que o governo conseguiu reduzir o desmatamento de 27 mil quilômetros quadrados, em 2004, para 11 mil quilômetros quadrados, em 2007 - patamar semelhante ao registrado no início da década de 90. "Conseguimos isso a duras penas. Se a gente andar para trás será um prejuízo muito grande", ressaltou. Segundo a ministra, mais do que combater práticas insustentáveis do passado, é preciso assumir o compromisso de construir uma nova agenda para a Amazônia. "É preciso que sejam absorvidos os custos de fazer bem feito, porque os custos de fazer mal feito nós já conhecemos e são muito maiores e muito piores do ponto de vista ambiental, social e até político".

A ministra fez questão de ressaltar, no entanto, que não defende a ausência de atividades econômicas na Amazônia, e sim que a região seja um espaço para atividades econômicas diversificadas, ambientalmente sustentáveis e socialmente justas. "A equação que temos que responder neste século é: como promover o desenvolvimento econômico com preservação ambiental e como promover a preservação ambiental com desenvolvimento econômico", disse.

O secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, destacou que as ações do governo passam por cinco diretrizes: valorização da floresta, ordenamento fundiário e territorial; planejamento estratégico da infra-estrutura, monitoramento e controle ambiental, melhor uso das áreas desmatadas. Entre as medidas já adotadas estão a elaboração de uma lista com os 36 municípios com maior índice de desmatamento, a suspensão das atividades florestais nessas localidades, o embargo das áreas irregularmente desmatadas, o recadastramento dos produtores rurais, a restrição de crédito aos produtores em situação ambiental irregular e ainda a co-responsabilidade da cadeia produtiva.

Capobianco antecipou que um dos próximos passos será a entrada, na Justiça, com 51 ações civis públicas contra desmatadores ilegais da Amazônia. Serão as primeiras de um lote total de 150 que devem ser encaminhadas até junho. O objetivo é responsabilizar juridicamente aqueles que derrubam ilegalmente a floresta e garantir a reparação dos danos ambientais causados nas áreas. "Queremos punição exemplar aos desmatadores", acrescentou o secretário.

O diretor do Inpe, Gilberto Câmara, apresentou aos parlamentares o sistema de monitoramento da Amazônia por satélite. Ele comunicou que de novembro de 2006 a maio de 2007 foram identificados 346 pontos de alerta na Amazônia. Em novembro e dezembro de 2007, meses em que o Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter) registrou avanços no desmatamento, o número de alerta foi de 421. De acordo com Câmara, dos 40 pontos checados em campo pelo Inpe em fevereiro, quatro apresentam início de degradação e 36 tinham corte raso, ou seja, desmatamento total.

Câmara esclareceu que o trabalho do Inpe é de longo prazo, porém reconhecido nacional e internacionalmente. Ele destacou que tanto a revista Science, uma das principais publicações científicas do mundo, quanto a Academia Brasileira de Ciência manifestaram recentemente total confiança na capacidade e integridade científica do Inpe e em seu sistema de monitoramento na Amazônia. "Temos o apoio substancial da comunidade científica internacional", finalizou.

+ Mais

Conama apresenta contribuições para enfrentamento das mudanças climáticas

10/04/2008 - Gisele Teixeira - A Câmara Técnica de Economia e Meio Ambiente do Conama aprovou nesta quinta-feira (10) o relatório do Grupo de Trabalho que estudou os impactos das mudanças climáticas no Brasil e o papel do Conama na adoção de medidas de adaptação. O texto é resultado de seis reuniões com diversos segmentos da sociedade ao longo de um ano e de um painel que agrupou 15 cientistas, sendo sete deles autores contribuintes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Mais de cem pessoas participaram das discussões realizadas no âmbito do Conama, órgão consultivo do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

De acordo com Fernando Caminati, assessor do Conama, uma das principais contribuições do documento é reunir todos os conceitos relativos à "adaptação" às mudanças do clima e disseminá-los. O termo refere-se às medidas necessárias para adaptar atividades humanas (agricultura, abastecimento de água, geração de energia, transporte, habitação, etc) aos impactos irreversíveis de mudanças de clima.

O texto deverá contribuir para que outros órgãos de meio ambiente, como secretarias estaduais e municipais, por exemplo, possam construir suas políticas públicas levando em conta uma provável alteração do clima. "E não apenas políticas ambientais, mas também gerais, como ordenamento urbano", diz Caminati. Segundo ele, a alteração do clima precisa estar, daqui para frente, de forma transversal em todas as políticas públicas.

Uma das recomendações do relatório, aliás, é que as secretarias de estado e municipais de Meio Ambiente considerem, em suas avaliações e estudos relacionados à adaptação à mudança do clima, as conclusões trazidas pelo texto, bem como promovam ações para a identificação de vulnerabilidades locais à mudança do clima, baseadas em modelos de projeções climáticas, e definam medidas prioritárias, com base na vulnerabilidade percebida e projetada.

Segundo o texto, é necessário que o Plano Nacional sobre Mudança do Clima, em elaboração pelo governo federal, considere a realização de Planos Estaduais que contemplem preocupações específicas, voltadas para bacias hidrográficas e sub-bacias, biomas, zoneamentos ecológico-econômicos e áreas protegidas.

O documento inclui, ainda, uma moção direcionada aos órgãos públicos de fomento à pesquisa científica, para que estes incentivem ao máximo a realização de trabalhos científicos nas áreas referentes ao estudo da mudança global do clima e no desenvolvimento de tecnologias de mitigação e adaptação, bem como considerem a importância de se aumentarem o número de bolsistas pesquisadores relacionados a esses temas.

O relatório será apresentado aos conselheiros do Conama na próxima reunião extraordinária da entidade, nos dias 24 e 25 de abril, em Fortaleza.

 
 

Fonte: Ministério do Meio Ambiente
Ascom

 
 
 
 

 

Universo Ambiental  
 
 
 
 
     
SEJA UM PATROCINADOR
CORPORATIVO
A Agência Ambiental Pick-upau busca parcerias corporativas para ampliar sua rede de atuação e intensificar suas propostas de desenvolvimento sustentável e atividades que promovam a conservação e a preservação dos recursos naturais do planeta.

 
 
 
 
Doe Agora
Destaques
Biblioteca
     
Doar para a Agência Ambiental Pick-upau é uma forma de somar esforços para viabilizar esses projetos de conservação da natureza. A Agência Ambiental Pick-upau é uma organização sem fins lucrativos, que depende de contribuições de pessoas físicas e jurídicas.
Conheça um pouco mais sobre a história da Agência Ambiental Pick-upau por meio da cronologia de matérias e artigos.
O Projeto Outono tem como objetivo promover a educação, a manutenção e a preservação ambiental através da leitura e do conhecimento. Conheça a Biblioteca da Agência Ambiental Pick-upau e saiba como doar.
             
       
 
 
 
 
     
TORNE-SE UM VOLUNTÁRIO
DOE SEU TEMPO
Para doar algumas horas em prol da preservação da natureza, você não precisa, necessariamente, ser um especialista, basta ser solidário e desejar colaborar com a Agência Ambiental Pick-upau e suas atividades.

 
 
 
 
Compromissos
Fale Conosco
Pesquise
     
Conheça o Programa de Compliance e a Governança Institucional da Agência Ambiental Pick-upau sobre políticas de combate à corrupção, igualdade de gênero e racial, direito das mulheres e combate ao assédio no trabalho.
Entre em contato com a Agência Ambiental Pick-upau. Tire suas dúvidas e saiba como você pode apoiar nosso trabalho.
O Portal Pick-upau disponibiliza um banco de informações ambientais com mais de 35 mil páginas de conteúdo online gratuito.
             
       
 
 
 
 
 
Ajude a Organização na conservação ambiental.