Panorama
 
 
 

PROJETO ANALISA INDICADORES DE ECOTOXICIDADE

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

(09/04/2008) A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com o Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas (CPQBA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolve projeto para analisar o efeito adverso causado por misturas de contaminantes ambientais.

A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente e coordenadora do projeto, Vera Castro, explica que esse efeito ainda é pouco conhecido, sendo muito pequena a quantidade de estudos a respeito das possíveis interações entre os compostos sobre as comunidades da biota e os conseqüentes prejuízos toxicológicos e patológicos em organismos não-alvo.

“Apesar disso, devido à complexidade das interações entre os ecossistemas e seus organismos, não se dispõe ainda de clareza sobre os efeitos causados por tais interações, pois uma mesma perturbação pode levar a diversas respostas dependendo de várias condições ambientais intercorrentes”, diz.

Para a pesquisadora, de acordo com esse enfoque, a saúde ambiental pode ser avaliada por meio do estudo de indicadores biológicos, a fim de facilitar a interpretação dos problemas para uma tomada de decisão efetiva e eficaz.

Com o objetivo de se obter informações sobre a qualidade do seu ambiente ou parte dele, o estudo de alterações fisiológicas, comportamentais ou de sobrevivência em um organismo, ou em uma população de organismos, constituem-se no bioindicador.

Quando as alterações são perceptíveis em níveis inferiores de organização biológica, tais como em componentes bioquímicos ou estruturais celulares, se faz referência aos biomarcadores.

“Determinar concentrações de misturas que causam efeitos não desejáveis em espécies não-alvo é um desafio para a pesquisa”, acredita Vera. “Uma vez que a possibilidade de implementação de melhorias nos testes de toxicidade favoreceria a previsão de possíveis interações de substâncias químicas, além de adicionar um importante componente aos aspectos de caracterização de perigo da exposição, pretende-se com esse estudo, contribuir para estabelecer e aprimorar metodologias de avaliação de risco ambiental, visando reduzir os impactos negativos de misturas de agrotóxicos”, explica.

A integrante da equipe e pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Elisabeth Fay realizará análises de resíduos de pesticidas em parceria com a Unicamp.

As perdas que ocorrem durante as aplicações de agrotóxicos são originadas por um conjunto de causas e contribuem para a contaminação ambiental, pois as gotas caem entre as folhagens das plantas, especialmente nos espaços entre as linhas da cultura e entre as plantas, atingindo o solo.

Nesse sentido, comenta Elisabeth, “um fator importante a considerar é a possibilidade de contaminação ambiental - água e solo”. “Além disso, a quantificação de resíduos que permanecem nos produtos agrícolas - frutos e grãos, deve atender à legislação nacional e internacional, a fim de evitar rejeição com conseqüentes perdas econômicas pelos produtores”.
Cristina Tordin

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Embrapa Pantanal atua em projeto de gestão em Bonito

(09/04/2008) Pesquisadores da Embrapa Pantanal e a Área de Comunicação e Negócios da Unidade estão envolvidos no projeto GEF Rio Formoso, em Bonito (MS). O projeto começou em 1997 e passou por amplo processo participativo da comunidade e de capacitação do corpo técnico. As primeiras ações começaram a mostrar resultados no ano passado.

Financiado pelo Banco Mundial, o GEF (Gestão Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio Formoso) tem como objetivo o uso racional dos recursos naturais. Para isso, realiza ações em áreas demonstrativas para entregar a produtores locais tecnologias de geração de renda com proteção ambiental das propriedades.

Importante cidade turística do Brasil, Bonito é famosa por seus rios transparentes, cachoeiras e grutas. A maioria dos passeios turísticos fica em propriedades particulares. O projeto prevê, inclusive, a recuperação de áreas degradadas.

Três pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, já participaram de cursos oferecidos pelo projeto e vão iniciar suas atividades ainda neste semestre. São eles o zootecnista Frederico Lisita e os agrônomos Alberto Feiden e Márcia Toffani.

Lisita já participou de três cursos oferecidos pelo projeto. Ele vai trabalhar com sistema agrosilvipastoril (uso de árvores em faixas nas áreas agrícolas e plantio no meio de pastagens). "Também vamos atuar na recuperação de áreas de preservação permanente e de outras matas, além do uso de espécies forrageiras", disse ele. Segundo o pesquisador, a Embrapa Pantanal já enviou a Bonito sementes de melancia forrageira.

Os agrônomos Alberto Feiden e Márcia Toffani também participaram de um curso do projeto. Ela vai atuar no uso e aproveitamento de resíduos de esgoto e ele, na produção agroecológica dos assentamentos. "Vamos acompanhar a transição para a produção orgânica e o uso de adubos verdes", afirmou Alberto. O pesquisador disse que pretende implantar uma unidade de observação em Bonito ainda neste mês, com o apoio do zootecnista.

Visita

Na semana passada, comunicadores das três Unidades da Embrapa no Mato Grosso do Sul (Corumbá, Campo Grande e Dourados), da Fundação Cândido Rondon, da Conservação Internacional e do próprio projeto se reuniram em Bonito para conhecer as atividades.

O grupo conheceu os SAFs (Sistemas Agroflorestais) de diversas propriedades, a Usina de Processamento de Lixo, o Viveiro Municipal, nascentes de rios e o assentamento Santa Lúcia. O coordenador técnico local, Airton Garcez, mostrou os primeiros resultados práticos do GEF em Bonito.

SAFs são áreas dentro das propriedades reservadas a um plantio diferenciado, onde ocorre a exploração vertical do espaço. Nessa área é feita uma verdadeira mistura de espécies: mandioca, angico, mamão, café, cana, melancia, abacaxi, guandu, abóbora, pimenta, guariroba, aroeira, amora, bocaiúva, embaúba, flor de mel... enfim, uma grande variedade.

Airton explicou que, no início, todas as espécies se desenvolvem bem. Com o tempo, sobrevivem apenas as mais altas e as que suportam sombreamento. As plantas que morrem acabam servindo de matéria orgânica para ajudar no desenvolvimento das outras.

A vantagem do sistema é a possibilidade de recompor matas com a exploração simultânea de algumas espécies. Pela diversidade de plantas, o SAF atrai animais silvestres e pássaros (que dispersam sementes), altera a relação entre umidade e temperatura, principalmente a do solo, e melhora a qualidade do ambiente. “Com o SAF o proprietário produz o ano inteiro”, lembra Airton.

A desvantagem, segundo ele, é a necessidade de mão-de-obra. “Mas o SAF é importante para fixar o homem no campo.”

Lixo

A usina de lixo receberá investimentos do GEF ainda neste semestre e passará a processar o lixo orgânico (úmido). O resíduo obtido será reaproveitado na produção de substrato para o viveiro de mudas e como fertilizante natural para os assentamentos de Bonito.

“Haverá um retorno econômico indireto”, explicou o agrônomo Paulo Sérgio Gimenes, da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) de Bonito. Além disso, o chorume (resíduo líquido do lixo orgânico) poderá ser utilizado para desentupimento de bicos de irrigação.

De acordo com Gimenes, também está prevista a implantação de um biodigestor na usina. Um triturador de galhos será instalado e vai reduzir a quantidade de queima de galhos na área urbana.

Todo esse trabalho será acompanhado de ampla atuação da equipe de educação ambiental do GEF, que já desenvolve atividades em Bonito. “É fundamental que a população colabore com a separação do lixo antes da coleta”, afirmou o agrônomo.
Ana Maio

 
 

Fonte: Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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