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LÍDERES INDÍGENAS ENTREGAM DOCUMENTO COM
REIVINDICAÇÕES AO PRESIDENTE DA CÂMARA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

16 de Abril de 2008 - Juliana Maya - Repórter da Rádio Nacional da Amazônia - José Cruz/Abr - Brasília - Presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), recebe indígenas de várias etnias no Congresso Nacional, que entregam carta Abril Indígena 2008
Brasília - Líderes indígenas entregaram hoje (16) ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), uma carta com as principais reivindicações de seus povos. No documento foi pedida a desintrusão da terra indígena Raposa Serra do Sol (RR) e a criação do Conselho Nacional de Política Indigenista. O principal foco da reunião, entretanto, foi o Estatuto dos Povos Indígenas, cuja tramitação está parada na Câmara dos Deputados há 13 anos.

A reunião, que faz parte das atividades do Acampamento Terra Livre, aconteceu na manhã de hoje (16) no salão negro da Câmara dos Deputados e contou com a participação do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, do vice-presidente da comissão de Direitos Humanos e Minorias, deputado Sebastião Rocha (PDT-AP), e do presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, deputado Eduardo Valverde (PT-RO).

Em seu discurso, o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, prometeu dar uma atenção especial à questão do estatuto e se disse solidário às demais reivindicações. Chinaglia garantiu que o estatuto será levado a plenário, mas explicou que sua aprovação depende dos demais deputados federais. O presidente da Funai, Marcio Meira, garantiu sua presença nos debates que ainda acontecerão no acampamento.

A grande maioria dos líderes indígenas se mostrou insatisfeita com o fato de os presidentes da Câmara e da Funai não terem permanecido até o fim da reunião. Muitos, inclusive, se recusaram a falar no palanque. Apenas o deputado Eduardo Valverde escutou todas as lideranças.

O representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Jecinaldo Sateré Maué, disse que os indígenas encararam o fato como um desrespeito. Segundo ele, sãos poucas as oportunidades de entrar em contato diretamente com as autoridades.

“A gente viu como um desrespeito, porque nós havíamos acordado com o cerimonial que falariam as lideranças e que o presidente ficaria um pouco mais de tempo, principalmente, o presidente da Funai”, disse Jecinaldo.

Apesar disso, ele considera o compromisso firmado por Chinaglia sobre o estatuto um grande passo para a consolidação dos direitos indígenas.

Para o deputado Valverde, que também é o relator do projeto de lei que trata da mineração em terras indígenas, a importância desse tipo de reunião é chamar a atenção das autoridades.

“Na verdade esse ato visou dar uma visibilidade a povos que muitas vezes passam despercebidos para a sociedade brasileira e para o parlamento brasileiro. E o Congresso Nacional tem que ter esse olhar, essa lupa para eles”, afirmou o deputado.

Os líderes do Acampamento Terra Livre ainda tentam marcar audiências com o presidente da República e com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas até o início da tarde de hoje (16), nenhuma reunião estava confirmada.

Para amanhã (17), penúltimo dia do Acampamento Terra Livre, estão previstos atos de protesto, inclusive em frente ao STF.

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CNPI reivindica aprovação de Estatuto dos Povos Indígenas no Congresso Nacional

16 de Abril de 2008 - Da Agência Brasil - Brasília - Há 14 anos, quatro meses e dez dias, três projetos de Estatuto dos Povos Indígenas estão parados no Congresso Nacional. Nós temos a esperança de que, no próximo ano, estaremos mostrando para o governo o nosso estatuto, elaborado pelo movimento indígena, junto ao Congresso e ao governo”. A declaração é do integrante da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), Caboquinho Potiguara, em entrevista à Agência Brasil. Ele participa, até sexta-feira (18), do movimento Abril Indígena, em Brasília, em busca da aprovação desse Estatuto.

O integrante da CNPI disse que "os povos indígenas são a favor do desenvolvimento do país, mas eles também querem participar". Potiguara explicou que as comunidades indígenas brasileiras costumam se reunir, com freqüência, em assembléias regionais, para levantar propostas e unificá-las nas conferências nacionais, como está acontecendo agora, na capital federal.

Potiguara relatou que os índios brasileiros enfrentam problemas em relação à saúde, à educação e às terras indígenas. De acordo com ele, há “conflitos” entre municípios e comunidades indígenas. “Na maioria das vezes o município quer municipalizar a saúde indígena, e o que nós mais reivindicamos é que a saúde indígena deve ser federalizada”, afirmou.

Na questão das terras indígenas, os índios buscam a demarcação, a proteção e, principalmente, a sustentabilidade. Potiguara apontou que no Nordeste, por exemplo, apenas 10% das terras indígenas foram demarcadas. Ele destaca que os índios do Brasil inteiro lutam pela garantia de demarcações de terras, homologações, registro e por um projeto de desenvolvimento sustentável.

A educação indígena vem sendo trabalhada, “lentamente”, segundo ele, na questão da diferenciação, ou seja, os povos indígenas aplicam conhecimentos próprios referentes à cultura, à religião indígena e às plantas medicinais usadas pelos índios, “porque não têm [esse conhecimento] na escola do branco”, disse Caboquinho Potiguara.

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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