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NOVA AGÊNCIA VAI UNIFICAR LICENCIAMENTO E FISCALIZAÇÃO EM PRESIDENTE PRUDENTE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2008

18/04/2008 - Os técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB e do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais – DEPRN passam a unificar os procedimentos de fiscalização e de licenciamento no Município de Presidente Prudente. Com essa finalidade, os dois órgãos vão se instalar na Agência Ambiental Unificada, na Rua Eufrásio Toledo, 38, no Jardim Marupiara, inaugurada nesta quinta-feira (17/4).

A medida faz parte do Projeto Licenciamento Unificado, uma das prioridades da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA, para atender as demandas do setor empresarial que cobra maior agilidade nos serviços prestados pelos órgãos ambientais.

O secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, afirmou que a unificação, para se tornar efetiva, necessita de uma legislação específica criando uma nova agência ambiental e definindo as suas atribuições. O projeto de lei com essa finalidade já está elaborado mas, segundo Graziano, “decidimos iniciar já os trabalhos de unificação, para que as equipes já estejam integradas quando a proposta for aprovada na Assembléia Legislativa”.

Segundo Helena Carrascosa, que coordena um dos projetos, “não é possível trabalhar de forma compartimentada, tornando-se necessária a unificação para obter respostas mais ágeis.” Para o diretor de Controle de Poluição Ambiental da CETESB, Otávio Okano, “as equipes precisam trabalhar juntas para termos resultados em termos de rapidez e qualidade, como na elaboração de pareceres para o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo – GRAPROHAB, elaborados em conjunto por técnicos da CETESB e do DEPRN”.

Aterro sanitário

O prefeito de Presidente Prudente, Carlos Roberto Biancardi, afirmou que está solucionando a questão do aterro sanitário da cidade. “Estamos elaborando estudos geológicos para definir o novo local do aterro e tenho certeza que a unificação dos procedimentos de licenciamento favorecerá esse trabalho”, explicou.

Graziano lembrou que a prefeitura apresentará em 60 dias o plano de encerramento das atividades do atual aterro e a definição do local do novo aterro e acrescentou que assumiu o compromisso, junto ao governador José Serra, de que “não existirão mais lixões e que apenas 20 municípios de todo o Estado possivelmente não terão 100% de seu esgoto tratado até 2010”.

O secretário também esteve em Rancharia para conhecer o projeto “Água e Verde para o Futuro”, idealizado pelo empresário Jovelino Carvalho Mineiro Filho, proprietário da Fazenda Sant’Anna, onde pretende plantar cerca de 400.000 mudas de espécies nativas nos próximos sete anos. Para formalizar a proposta, Jovelino assinou um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC com a Prefeitura de Rancharia e com o promotor de Meio Ambiente de Presidente Prudente, Nelson Bugalho.

O objetivo principal da ação, segundo Jovelino, é recuperar o Ribeirão da Confusão, que nasce em sua propriedade. “Vamos mobilizar a região e toda a sociedade para recuperar o ribeirão e dessa forma criar um novo ativo ambiental para nós e as próximas gerações”, declarou.

Para o prefeito de Rancharia, Alberto César Centeio de Araújo, a Fazenda Sant’Anna está sempre à frente nas ações ambientais. “Esse projeto é muito caro e audacioso, mas precisa ser feito”, afirmou. O promotor Nelson Bugalho declarou que “o Ministério Público Estadual quer acomodar os direitos ambientais e econômicos numa só equação”.

Graziano informou que se reunirá com técnicos da secretaria para desenvolver um projeto de recuperação de matas ciliares, nos moldes do que está sendo implementado na Fazenda Sant’Anna, para toda a região do Pontal do Paranapanema. “Estamos conseguindo conciliar a agricultura e o meio ambiente, reduzindo a distância entre os dois setores, pois o mundo muda e nós temos que mudar nossa concepção de mundo”, concluiu.
Texto: Valéria Duarte
Foto: Pedro Calado

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Conselho de regulamentação publicitária suspende anúncios de sustentabilidade da Petrobras

17/04/2008 - O CONAR - Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária suspendeu, nesta quinta-feira (17/04), dois anúncios da Petrobras que abordavam a sustentabilidade empresarial e responsabilidade socioambiental da empresa, por entender que estes compromissos não são comprovados. O julgamento contra a propaganda enganosa ocorreu em função da representação feita junto ao CONAR por diversas entidades governamentais e não-governamentais, como as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente de São Paulo e de Minas Gerais, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo, o Fórum Paulista de Mudanças Climáticas Globais e de Biodiversidade, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), o Greenpeace, a Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, o Instituto Akatu, o Movimento Nossa São Paulo, a SOS Mata Atlântica, a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e o Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (IBAP).

O principal motivo para as denúncias das entidades é que a Petrobras não vem cumprindo etapas obrigatórias preparatórias para o cumprimento da Resolução CONAMA 315, de 2002, que define que, a partir de 1º de janeiro do ano que vem, o diesel comercializado no Brasil contenha, no máximo, 50 partes por milhão de enxofre (ppm S). O diesel de referência para testes já deveria ter sido disponibilizado desde 2006, o que não ocorreu e configura um desrespeito à legislação ambiental – também Lei Federal 8.723/1993, além da Resolução CONAMA. A proporção hoje é de 500 ppm S nas regiões metropolitanas e de 2000 ppm S no restante do país. Esse atraso no processo visando a melhoria da qualidade dos combustíveis acarretaria graves consequências para a saúde pública, já que o óleo diesel é o principal responsável pela emissão de material particulado fino, em altas concentrações associadas à mortalidade prematura de 6,1 mil brasileiros por ano, ou 3 mil paulistanos anualmente.

“Para que uma empresa possa se afirmar sustentável e atenta aos princípios da responsabilidade socioambiental é necessário que se verifique um pressuposto básico: o cumprimento integral da lei, no caso da legislação ambiental. Coloca-se como uma análise ética a dicotomia existente entre a patrocinada pela Petrobras e a desconformidade em sua atividade principal”, afirma-se na Representação feita junto ao CONAR. O secretário estadual do Meio Ambiente do Governo de São Paulo, Xico Graziano, afirmou que a decisão do Conselho constitui-se em “uma vitória ética contra a impostura ambiental e serve de exemplo para as empresas que exploram o tema apenas como marketing, para proveito próprio”.

De acordo com os expositores da Representação no CONAR, durante o julgamento realizado hoje, além de não ter fornecido o combustível de referência para testes em 2006, a empresa, pela ausência de investimentos e planejamento e pelas suas reiteradas declarações, ao que tudo indica vai deixar de cumprir a legislação ambiental e não reduzirá a partir de 2009 o teor de enxofre no combustível para os 50 ppm regulamentados.

Por isso, diversas iniciativas e protestos tiveram lugar, desde o ano passado, como audiências públicas na Câmara dos Deputados e na Câmara Municipal de São Paulo, além de Representações nos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Também em setembro de 2007, dezenas de organizações assinaram uma representação no Ministério Público para que a Resolução do CONAMA não sofra alterações nem adiamentos.

O julgamento do CONAR ocorreu em sessão fechada, da qual participaram o secretário-adjunto da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Pedro Ubiratan Escorel de Azevedo, o secretário municipal do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge, o médico e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP Paulo Saldiva, o secretário executivo do Fórum Paulista de Mudanças Climáticas e Biodiversidade, Fábio Feldmann, o representante do Movimento Nossa São Paulo Oded Grajew e o integrante do Greenpeace Marcelo Furtado.

As duas campanhas publicitárias sustadas, que incluem versões de vídeo ou impressas, têm como tema “Petrobras – Sonhar pode valer muito” e “Petrobras – Estar no meio ambiente sem ser notada”. De acordo com Oswaldo Lucon, assessor da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que também esteve presente na sustentação oral na reunião do CONAR, “a propaganda ambiental que desvia a atenção do foco central do negócio de uma empresa é chamada de 'maquiagem ambiental' (em inglês, green washing). O julgamento do CONAR foi um importante precedente para a regulamentação da ética de sustentabilidade veiculada na propaganda brasileira”.

 
 

Fonte: Cetesb – Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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