Panorama
 
 
 

PRESIDENTE DA FUNAI DIZ QUE AÇÃO DE ARROZEIROS EM TERRA INDÍGENA É CRIMINOSA E ILEGAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2008

19 de Abril de 2008 - Pedro Ivo de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Fabio Rodrigues Pozzebom/Abr Brasília - O presidente da Funai, Márcio Meira, fala com a imprensa após reunião com o presidente Lula e lideranças indígenas no Palácio do Planalto
Brasília - A ação do grupo de produtores - liderado pelo empresário arrozeiro Paulo César Quartiero - contrário à desocupação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) é criminosa, por usar artifícios como “explosão de pontes” e “bombas caseiras”, e ilegal, por não ter cumprido, pacificamente, o prazo para deixar a região. O decreto de homologação da terra indígena foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2005.

A afirmação foi feita pelo presidente da Funai, Márcio Meira, hoje (19), Dia do Índio, em entrevista à Rádio Nacional. De acordo com o presidente, o grupo de resistência tem passado uma imagem de conflitos internos entre as etnias indígenas que convivem na reserva, o que não seria verdade.

Segundo Meira, “a maioria absoluta dos cerca de 18 mil indígenas que vivem na região aguarda que seja cumprida a retirada dos empresários que resistem na região”.

Sobre a tensão causada pela resistência, o presidente comentou que a situação está totalmente sob controle, que os indígenas aguardam a decisão do STF e que acreditam que a presença da Força Nacional de Segurança e da Polícia Federal serve para assegurar que a questão será resolvida de forma pacífica.

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Romero Jucá tenta acordo para Terra Indígena Raposa Serra do Sol

22 de Abril de 2008 - Marcos Chagas - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tem conversado com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar viabilizar um acordo que permita resolver o impasse criado entre arrozeiros e indígenas sobre a demarcação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Ele já esteve com o ministro Carlos Ayres Britto, relator de uma ação que tramita no Supremo, e pretende marcar uma audiência com o ministro Gilmar Mendes, que amanhã assume a presidência do STF.

Jucá disse que conta com o apoio do governador de Roraima, José de Anchieta Júnior. O parlamentar lembrou que há 10 anos defende uma solução de entendimento para a demarcação, mas que foi vencido dentro do governo federal, seja no atual ou no do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A proposta de Romera Jucá é manter a reserva contínua e já demarcada, excluindo quatro áreas: o Vale do Arroz, onde estão os produtores; as terras destinadas à construção da Hidrelétrica de Cotingo; a área do Vale do Surumu; e a manutenção da infra-estrutura turística do Lago do Caracaranã.

O líder do governo no Senado considera que no Executivo as discussões estão superadas. "O assunto já fugiu da alçada do governo federal. Não tive êxito nas discussões. Agora, vou conversar com os ministros do Supremo. Já conversei com o ministro Ayres Britto e vou marcar uma reunião com o ministro Gilmar Mendes", disse Jucá.

O senador acredita que com o apoio do atual governador de Roraima, existe a possibilidade de se construir um acordo no STF em torno da sua proposta.

Hoje (22), Jucá também conversou com o advogado dos arrozeiros, Ilmar Galvão, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal.

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Proposta de Jucá para Raposa Serra do Sol não tem apoio do governo federal, diz Nagib Lima

23 de Abril de 2008 - Marco Antônio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - A proposta do senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, de excluir algumas áreas da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a fim de permitir a permanência de não-índios e a construção de uma hidrelétrica, é uma posição individual e não encontra ressonância no governo federal. A afirmação foi feita hoje à Agência Brasil pelo coordenador executivo do comitê gestor do governo federal em Roraima, José Nagib Lima.

“O senador fala por ele, enquanto cidadão de Roraima, mas não procurou em nenhum momento as instâncias administrativas do governo com essa proposta. Nunca conversei com ele sobre isso”, afirmou Nagib Lima.

Segundo o representante do governo, a discussão sobre a exclusão de áreas da demarcação contínua da reserva já foi travada anteriormente ao decreto de homologação.

Ele prevê problemas caso uma proposta neste sentido seja acatada e determinada por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), responsáveis pelo julgamento de ações pendentes contra a homologação.

“Se for aceita [a proposta no Supremo], teria que voltar [para a Raposa Serra do Sol] todo o pessoal que já foi reassentado e recebeu indenização”, argumentou Nagib Lima.

A proposta de Romero Jucá é manter a reserva contínua e já demarcada, excluindo quatro áreas: o Vale do Arroz, onde estão os produtores; as terras destinadas à construção da Hidrelétrica de Cotingo; a área da Vila Surumu, onde foi montada uma base de resistência por moradores quando a Operação Upatakon 3 estava em curso; e a infra-estrutura turística existente no Lago do Caracaranã.

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Para Jucá, proposta para terra indígena "soluciona questão sem criar problemas"

23 de Abril de 2008 - Marco Antonio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que sua proposta com relação à demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) seria uma solução a ser avaliada pelo governo federal.

“Apresento uma estratégia que solucione a questão sem criar problemas para o governo, para os índios ou para o desenvolvimento de Roraima”, afirmou Jucá ao chegar à cerimônia de posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

A proposta de Romero Jucá é manter a reserva contínua e já demarcada, excluindo quatro áreas: o Vale do Arroz, onde estão os produtores; as terras destinadas à construção da Hidrelétrica de Cotingo; a área da Vila Surumu, onde foi montada uma base de resistência por moradores quando a Operação Upatakon 3 - realizada pela Polícia Federal para retirada de não-índios da região - ainda estava em curso; e a infra-estrutura turística existente no Lago do Caracaranã.

“Minha proposta mantém a área contínua, o perímetro da demarcação e exclui áreas potencialmente importantes para o estado que representam espaço irrisório perante os 1,7 milhão de hectares demarcados”.

O senador também explicou o porquê de não ter apresentado a proposta ao comitê gestor do governo federal em Roraima. “A proposta foi colocada a todos os ministros da Justiça que passaram pelo cargo e ao presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva]. Não tratei com o representante Nagib [José Nagib Lima] porque não estava na alçada dele resolver a questão.”

Hoje (23), em entrevista à Agência Brasil, o coordenador executivo do comitê gestor do governo federal em Roraima, José Nagib Lima, afirmou que Jucá ainda não tinha procurado "as instâncias administrativas do governo com essa proposta".

Também presente à cerimônia do STF, o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) não criticou diretamente a demarcação da terra indígena em área contínua, mas ressaltou que o governo precisa “combinar” a garantia da identidade cultural dos povos indígenas com as necessidades de outros brasileiros que vivem na região amazônica.

“Temos 210 mil índios e 24 milhões de brasileiros que foram para lá [Amazônia] em busca de oportunidades. Temos que combinar a garantia do direito dos povos indígenas com políticas para a ampla maioria de brasileiros que não tem tido a atenção necessária do Poder Público.”

Mercadante defende que a Amazônia esteja incluída em um plano nacional de desenvolvimento econômico. “Não dá para termos a ingenuidade de tratar a Amazônia fora de um projeto de desenvolvimento. A região precisa de política industrial, política de serviços, política agrícola e também de preservação ambiental”, afirmou o senador.

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Índios criticam militares que são contrários à demarcação de Raposa Serra do Sol

17 de Abril de 2008 - Marco Antonio Soalheiro - Repórter da Agência Brasil - Brasília - Centenas de índios realizam neste momento uma manifestação na Esplanada dos Ministérios. Eles cobram das autoridades federais a retirada de não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR).

O protesto foi mais acirrado na porta do Ministério da Defesa onde manifestantes criticaram militares que são contrários à demarcação da reserva.

“Exigimos respeito do general Heleno [comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno]. Ele deve procurar os bandidos e deveria respeitar os povos indígenas”, gritou do alto-falante o índio Gecinaldo Sataré-Maué.

“Esse é um protesto contra o comando militar da amazônia que faz discurso a favor daqueles que invadem as terras indígenas”, acrescentou.

Os índios farão dentro de instantes uma nova parada em frente ao Ministério da Saúde onde vão reivindicar mais assistência da pasta às comunidades.

Os manifestantes carregam um caixão com a inscrição: Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

 
 

Fonte: Agência Brasil - Radiobras

 
 
 
 

 

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