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ESTUDO INDICA VULNERABILIDADES NATURAIS DIANTE DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS

Panorama Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Abril de 2008

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de Minas Gerais e os seus cenários exploratórios foram apresentados por professores da Universidade Federal de Lavras (Ufla) e representante da Fundação João Pinheiro (FJP), nesta quinta-feira (24), no 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio).

Construído a partir de estudos das vulnerabilidades naturais e da potencialidade social e econômica, o ZEE tem como objetivo contribuir para a definição de áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável de Minas Gerais. "O estudo orienta os investimentos do Governo e da sociedade civil seguindo as peculiaridades regionais", completa Scolforo.

O trabalho segue as diretrizes metodológicas estabelecidas pelo Programa de Zoneamento Ecológico-Econômico do Ministério de Meio Ambiente (MMA). Foi elaborado Ufla em convênio com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.

Segundo o Pró-Reitor de Pesquisa da UFLA, José Roberto Scolforo, o ZEE-MG é um importante instrumento que possibilita a identificação de conflitos nos usos dos recursos naturais. "O estudo indica os cenários para a consolidação das potencialidades econômicas, o planejamento de ações para a recuperação de áreas degradadas e para a ocupação territorial integrada e ordenada", explica.

Cenários

O professor da Ufla, João José Marques, apresentou estudos específicos sobre a vulnerabilidade natural e qualidade ambiental das áreas de mineração, de acordo com os impactos ambientais causados pela atividade. "Em um estado como Minas Gerais, os estudos podem auxiliar o estabelecimento de políticas para a extração de minerais", explica.

Já o professor da Ufla, Carlos Rogério de Melo, demonstrou cenários da disposição de resíduos sólidos. Ele apresentou mapas que permitem determinar qual a probabilidade de contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas de cada ponto de depósito de resíduos do Estado. "Os estudos mapas indicam quais as áreas prioritárias para o monitoramento", acrescenta Carlos.

Unidades de Conservação

O "Planejamento de Unidades de Conservação", apresentado pelo professor Júlio Neil Cassa Louzada, utiliza o Zoneamento para verificar a vulnerabilidade natural na microrregião da Serra de Carrancas e no município de Luminárias, no Sul do Estado. A região é apontada como área prioritária para conservação pelo livro ‘Biodiversidade em Minas Gerais: um Atlas para sua Conservação'.

Segundo Júlio Louzada, o ZEE é um excelente instrumento de gestão para ordenação do uso do território. "Utilizando as Cartas de Vulnerabilidade à Erosão, Fauna, Vegetação e Solo e a Carta de Vulnerabilidade Natural da Região conseguimos delimitar a melhor localização para a criação de uma Área de Preservação Ambiental e, possivelmente, um Parque Estadual", completa.

A área estudada levou em consideração a densidade e variedade de mata nativa e da fauna, a vulnerabilidade natural e do solo, além de abranger locais que possuem baixa resiliência e resistência, permitindo o estabelecimento de níveis variados de intervenção e conservação.

Cana-de-açúcar

José Roberto Scolforo apresentou, ainda, um estudo de caso para exemplificar como o ZEE pode ajudar na escolha do local para a produção agrícola, assim como para orientar a regularização ambiental. No "Zoneamento da Cana-de-Açúcar em Minas Gerais", foram sobrepostos os mapas de aptidão climática com o de conflito de uso da água e os fatores condicionantes socioeconômicos. A partir deles foi elaborado um "Mapa de Fatores Condicionantes para Implantação de Novas Culturas", que define quais as melhores áreas para a plantação de cana-de-açúcar.
24/04/2008
Fonte: Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade

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2º Combio: IEF apresenta ações para conservação do Cerrado e da Mata Atlântica

Os detalhes do projeto do Projeto Estruturador ‘Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica' foram apresentados nessa sexta-feira (25/04) no 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio), que acontece em Belo Horizonte. O projeto, coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), faz parte do esforço do Governo de Minas para melhorar a qualidade ambiental do Estado concentrando recursos e equipamentos nas metas estabelecidas.

"A meta é ampliar as áreas de vegetação nativa do Cerrado e da Mata Atlântica, recuperando 120 mil hectares até 2011", afirma o diretor-geral do Instituto, Humberto Candeias Cavalcanti. O trabalho será executado principalmente nas áreas de conexão entre os grandes maciços florestais dos biomas.

Ações para diminuir o desmatamento também serão executadas nos moldes do Projeto de Desenvolvimento Sustentável implementado em 2005 na região do rio Pandeiros, em Januária, no Norte de Minas. A região apresentava altíssimos índices de desmatamento, o que foi drasticamente reduzido.

"As comunidades da região receberam subsídios, equipamentos, insumos e assistência técnica para o desenvolvimento de atividades alternativas que minimizassem as ações predatórias", informa Candeias. Já estão em estudo ações no município do Serro, apontado pelo Mapa da Cobertura Vegetal de 2008 como um dos que mais sofrem com os desmates ilegais.

Unidades de Conservação

A criação e implantação de Unidades de Conservação é um dos componentes mais importantes do Projeto Estruturador, que prevê a criação de 400 mil hectares de áreas protegidas até 2011. A meta para 2008 é a criação de 80 mil hectares de novas UCs.

"Esse ano, já foram criadas duas unidades de proteção integral: o Parque Estadual do Alto Cariri e o Refúgio de Vida Silvestre Mata dos Muriquis, no nordeste do Estado, totalizando cerca de nove mil hectares", observa Humberto Candeias. "Somados aos 35 mil hectares em Reservas Particulares do Patrimônio Natural, representam cerca de 44 mil hectares", afirma.

Candeias destaca os investimentos nos mecanismos de prevenção e combate a incêndios florestais nas áreas protegidas do Estado. Ele cita a ampliação do número de bases da Força-Tarefa Previncêndio, que realiza o trabalho de combate ao fogo nos meses mais secos do ano. "Além de Curvelo e Januária, que já operam, este ano a base de Viçosa diminuirá ainda mais o tempo de resposta do IEF, reduzindo as perdas em função do fogo", explica.

Reserva Legal

Além dos recursos destinados às Unidades de Conservação, o IEF volta suas ações para as áreas protegidas de domínio privado. Diversos mecanismos de estímulo à conservação de áreas de reserva legal estão sendo criados para estimular os produtores rurais. A Reserva Legal é a área localizada no interior da propriedade e que deve ser equivalente a, no mínimo, 20% da área total, além de representativa do ambiente natural da região. A manutenção dessas áreas é necessária para garantir a conservação da biodiversidade e o abrigo e proteção da fauna e flora nativas.

Humberto Candeias observa que se todos os proprietários respeitassem as áreas de reserva, o Estado teria hoje cerca de onze milhões de hectares em áreas protegidas, o que representa um número quatro vezes maior que as atuais Unidades de Conservação estaduais existentes em Minas.

Para garantir a participação da sociedade, IEF e o Ministério Público juntaram forças para estimular o registro das áreas de reserva legal no Estado. No último dia 22, as instituições assinaram um Termo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento de ações conjuntas. Entre as medidas acertadas, está a isenção da taxa de averbação para pequenas propriedades rurais.

Reflorestamento

A ampliação das áreas de reflorestamento em Minas envolve, além da ação do Estado, os setores produtivos e pequenos proprietários. "A meta é estimular o plantio de cerca de 700 mil hectares até 2011 para auto-suprimento, o que contribui para a diminuição a pressão sobre as matas nativas", explica Candeias. "Em 2007, somente o IEF foi responsável pelo plantio de cerca de 30 mil hectares de florestas", completa.

Humberto Candeias informa que o Projeto prevê estímulos à realização pesquisas sobre o uso de espécies nativas como alternativa ao plantio das espécies mais comuns: eucaliptos e pinus. Entre as espécies atualmente em estudo estão o Baru, o Vinhático e a Sucupira.
26/04/2008
Fonte: Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade

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2º Combio: Novas espécies são destaque de Inventário Florestal de Minas Gerais

A descoberta de 14 novas espécies arbóreas em Minas Gerais, nunca antes publicadas, é um dos destaques do Inventário Florestal de Minas Gerais. Os dados foram apresentados pelo professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), José Roberto Scolforo, na última sexta-feira (25), durante o 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio).

Segundo o professor, durante a elaboração do estudo foi possível detectar as novas espécies que, agora, estão em processo de descrição por especialistas. Além disso, ele destacou outras 64 que, apesar de já serem conhecidas, nunca tinham sido registradas em Minas Gerais.

O trabalho permitiu, também, a quantificação de carbono existente em cada espécie que compõe o inventário. "Para descobrirmos esse dado, abatemos 2,5 mil árvores e as levamos para laboratório. Lá, descobrimos quanto cada uma tinha de carbono e geramos um modelo matemático. Medimos a altura e o diâmetro de cada árvore e entramos com esses dados na fórmula. O resultado é a quantidade de carbono que cada uma estoca", explicou Scolforo.

Com isso, ele explica que foi possível extrapolar esse cálculo para as florestas mineiras. "Por meio de técnicas de amostragem e do Mapa da Cobertura da Vegetação Nativa do Estado de Minas Gerais sabemos o quanto tem de carbono estocado nas florestas do Estado", esclareceu o professor.

Scolforo afirmou que dados como esse mostram que Minas Gerais é um Estado limpo, que faz boa gestão ambiental e, por isso, é capaz de atrair grandes investimentos econômicos.

O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, ressaltou que o inventário, bem como o Mapa da Cobertura da Vegetação Nativa e o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) serão validados como documentos oficiais e servirão para nortear toda a base normativa do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema).

"Esse trabalho não se trata apenas de um contrato de consultoria. Ele faz parte das políticas do Sisema, inseridas em um Projeto Estruturador, que está entre os projetos tidos como prioritários pelo Governo de Minas", disse José Carlos Carvalho, referindo-se ao Estruturador ‘Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica.

Carvalho destacou a expectativa de continuar trabalhando para aprimorar os métodos de gestão. "Não estamos fazendo isso apenas para o Sisema, Instituto Estadual de Florestas (IEF) ou Governo. Essa ferramenta será usada por nós e também pelos empresários, consultores, produtores rurais e outros interessados. É uma ferramenta para melhorar a gestão ambiental no Estado", completou.
26/04/2008
Fonte:Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade

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2º Combio: IEF lança publicações sobre a biodiversidade

Quatro produtos foram lançados pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) na sexta-feira (25), durante o 2º Congresso Mineiro de Biodiversidade (Combio): o banco de dados oficiais sobre as Unidades de Conservação (UCs); a revista científica MG Biota; os Guias Turísticos dos Parques Estaduais do Ibitipoca e do Rio Preto e o sítio das áreas protegidas estaduais.

Os guias trazem informações sobre as belezas naturais, a fauna, a flora, os atrativos turísticos e infra-estrutura. Já foram lançados os dos parques estaduais da Serra do Brigadeiro, do Itacolomi e do Rio Doce. Na semana do Meio Ambiente, em junho, será publicado o guia do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça.

No sítio dos parques estaduais (http://www.parquesdeminas.mg.gov.br/) estão disponíveis informações sobre os atrativos naturais das áreas protegidas sob a responsabilidade do IEF. O conteúdo inclui dicas sobre a região onde estão localizados os parques, o que levar para a viagem, onde se hospedar, além de dados sobre pesquisas científicas desenvolvidas nas unidades de conservação.

O banco de dados sobre as áreas protegidas estaduais reúne informações para gestão das UCs. Inicialmente, estarão disponíveis apenas para o Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema). "Os dados poderão auxiliar os técnicos em análises de processo, apoio na elaboração de projetos, entre outras contribuições", explica o gerente de Áreas Protegidas, Roberto Alvarenga. Em breve, as informações serão abertas para consulta na internet, na página do Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam).

Biodiversidade

"Biota, o lugar da vida" é a definição do diretor de Biodiversidade do IEF, Célio Murilo Carvalho Vale, para a revista MG Biota. A publicação, que é bimestral e terá distribuição gratuita, disponibiliza informações sobre pesquisas científicas realizadas nas unidades de conservação de Minas Gerais, com uma linguagem acessível. A princípio, serão priorizadas pesquisas feitas nas áreas protegidas do Estado, mas nada impede que um cientista disponibilize seu estudo feito em qualquer local.

A primeira edição tem como tema uma pesquisa feita no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro sob a coordenação do pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFv), Renato Neves Feio.

Quem se interessar em receber a publicação pode entrar em contato com a Diretoria de Biodiversidade do IEF pelo e-mail projetospesquisas@ief.mg.gov.br.
26/04/2008
Fonte: Sala de Imprensa
2º Congresso Mineiro de Biodiversidade

 
 

Fonte: Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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