27 de
Abril de 2008 - Mariana Jungmann - Repórter
da Agência Brasil - Antonio Cruz/Abr - Brasília
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, participa
da solenidade de abertura da 1ª Conferência
Nacional de Juventude
Brasília - A necessidade de cuidar do meio
ambiente ao pensar nas políticas de desenvolvimento
foi uma das preocupações apontadas
pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na
abertura da 1ª Conferência Nacional de
Juventude, hoje (27), em Brasília.
"Temos que atender às
legítimas reivindicações das
gerações presentes, mas sem esquecer
dos legítimos direitos das gerações
futuras", disse Marina aos cerca de 2 mil delegados
estaduais e municipais eleitos nas pré-conferências
que antecederam a etapa nacional. "Sabemos
que se trabalharmos para vocês, nós
não teremos futuro. Mas se trabalharmos com
vocês nós venceremos", completou
a ministra.
Nas pré-conferências,
o meio ambiente foi um dos assuntos de destaque
entre os jovens. A juventude também se mostrou
atenta a temas como educação, saúde
e emprego.
O ministro da Secretaria-Geral
da Presidência da República, Luiz Dulci,
destacou que já existem políticas
públicas voltadas para essas questões.
"Temos políticas públicas [nas
temáticas apresentadas pelos jovens], mas,
com base nas propostas e contribuições
dos jovens, essas políticas podem ser aperfeiçoadas",
disse o ministro.
+ Mais
Segurança alimentar não
compromete preservação da floresta,
afirma ministra
28 de Abril de 2008 - Luana Lourenço
- Repórter da Agência Brasil - Brasília
- A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou
hoje (28) que a necessidade de produção
de alimentos não compete com a preservação
da biodiversidade do planeta e que, no caso do Brasil,
não é necessário avançar
sobre as florestas para garantir a segurança
alimentar e expandir a oferta de grãos e
carne.
“Temos mais de 166 mil quilômetros
quadrados na Amazônia que estão abandonados
ou semi-abandonados e podem produzir grãos
e carne desde que utilizando tecnologias que já
estão disponíveis, sem que se precise
avançar sobre a floresta”, argumentou durante
entrevista coletiva por ocasião da visita
do ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Sigmar
Gabriel.
A União Européia,
segundo Gabriel, está preparando para este
ano uma nova legislação para regulamentar
critérios de produção sustentável
para os países exportadores de biocombustíveis.
“Serão exigidos certos critérios de
sustentabilidade dos produtos. Os países
que atenderem esses critérios, continuarão
com os mercados [europeus] abertos”, anunciou.
Após reunião fechada
com a equipe da ministra Marina Silva, Gabriel afirmou
que recebeu do governo brasileiro a informação
de “que os biocombustíveis não estão
pressionando a fronteira agrícola sobre a
floresta nem a competição entre a
produção de alimentos e biocombustíveis”.
Ele negou que a recente redução
do percentual de etanol ao combustível vendido
nos postos alemães tenha sido uma “maneira
de barrar o etanol brasileiro”, e sim um ajuste
à realidade da frota que circula na Alemanha,
que, segundo ele, não comporta altos índices
de mistura de combustíveis.
“Mas a Europa mantém a
meta de até 2020 chegar progressivamente
ao percentual de 10% de mistura de combustíveis
alternativos aos combustíveis fósseis”,
afirmou. Em maio, a chanceler alemã, Angela
Merkel assinará um acordo energético
entre os dois países, durante visita ao Brasil.
Até sexta-feira, o ministro
alemão irá visitar uma floresta nacional
no Pará e uma usina de produção
de etanol em São Paulo. O objetivo da visita,
de acordo com a delegação, é
fortalecer parcerias entre os dois países
para preservação dos recursos naturais.
De acordo com Marina Silva, a Alemanha é
um dos maiores doadores de recursos para o Programa
Piloto para a Proteção das Florestas
Tropicais do Brasil – PPG7.