29/04/2008
- Brasília (29.4.2008) - Estimulada pela
forte expansão do álcool no mercado
e pelas perspectivas de crescimento nas exportações,
a indústria brasileira vai esmagar entre
558,1 e 579,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar
na safra 2008, sendo 309.8 a 321.9 milhões
de toneladas para a fabricação do
combustível e 248.3 a 257.9 milhões
de toneladas para o açúcar. O volume
destinado é recorde e representa 11,3% a
15,6% a mais que o do período passado.
A colheita total de cana também
é a maior da história e está
estimada entre 607.8 e 631.5 milhões de toneladas,
ou 8,8% a 13,1% superior à produção
anterior, que foi de 558,5 milhões de toneladas.
Além da quantidade da matéria-prima
que será transformada pela indústria,
serão destinadas para outros fins, como sementes
e mudas, cachaça, rapadura e alimentação
animal, 49,68 a 51,75 milhões de toneladas
de cana.
Os principais motivos dessa alta
são o clima favorável, os investimentos
no melhoramento tecnológico das unidades
de processamento e o plantio de variedades mais
produtivas. Os dados fazem parte do primeiro levantamento
da cultura que anunciado nesta terça-feira
(29), às 14h30, pelo presidente da Conab,
Wagner Rossi, e pelo secretário de Produção
e Agroenergia do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manoel Bertone.
O crescimento desta safra também
se deve ao cultivo de novas áreas, que saiu
de 7 milhões para 7,8 milhões de hectares,
resultado, na sua maioria, da instalação
de novas usinas, sobretudo em áreas de pastagens.
"O Brasil tem hoje 276 milhões de hectares
de terras cultiváveis. Dessas, 72% ocupadas
por pastagens naturais/cultivadas, 16,9% por grãos
e apenas 2,81% por cana-de-açúcar.
Esse quadro mostra que esta cultura mantém
um comportamento normal, com potencial de ser ampliada
em áreas de pastagens", disse o presidente
da estatal.
Exportação - A cana
começou a ser moída neste mês
de abril nos estados do centro-sul, responsáveis
por cerca de 90% da produção total.
Pela projeção da Conab, o Brasil vai
fabricar neste ano entre 26,45 bilhões e
27,49 bilhões de litros de álcool,
14,97% a 19,46% a mais que em 2007. Desses, 4,2
bilhões de litros deverão ser exportados,
a maioria (2,5 bilhões de litros) para os
Estados Unidos. A justificativa está no aumento
da mistura do álcool à gasolina naquele
país e no consumo interno, onde as frotas
de veículos flex-fuel vem crescendo a cada
ano. "No Brasil, essa categoria representa
85% das vendas de carros novos, já são
mais de 5 milhões de unidades em circulação",
calculou.
Já a produção
de açúcar, apesar do crescimento de
8,27% a 12,41% em relação ao mesmo
período, ficará entre 33,87 e 35,16
milhões de toneladas. Para concluir o estudo,
cerca de 50 técnicos da estatal visitaram,
no período de 31 de março a 11 de
abril, 361 unidades de produção em
todos os estados onde a atividade é desenvolvida.
A evolução dos números será
acompanhada ao longo desta safra, em outros dois
levantamentos, e passarão a ser divulgados
sem os intervalos inferior e superior. (Conab)
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Embrapa lança segunda edição
do livro Microbiologia Ambiental
(30/04/2008) A segunda edição
do livro Microbiologia Ambiental será lançada
pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna/SP),
unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária,
vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento, no início de maio de 2008.
O estudo dos efeitos aplicados
de microrganismos no ambiente e nas atividades humanas
é o grande propósito do livro, que
abrange assuntos de importância atual e futura
em áreas emergentes da biotecnologia ambiental.
O pesquisador da Embrapa Meio
Ambiente Itamar Soares de Melo é editor técnico,
junto com João Lúcio Azevedo, professor
da Universidade de São Paulo. Melo explica
que esta edição ampliada incorpora
capítulos de interesse em microbiologia ambiental
e ecologia microbiana, voltados para servir como
referência aos cursos de graduação
e pós-graduação do país.
Além disso, focaliza o
problema da contaminação ambiental,
principalmente por xenobióticos, plásticos,
petróleo, tintas, corantes e metais pesados.
Além disso, trata também da biodeterioração
de monumentos históricos e estruturas de
concreto.
O livro também aborda biofilmes,
biossurfactantes, rizorremediação,
biocatálise, microbiolgia marinha, fitorremediação,
de monoterpenos, biodegradação anaeróbica
de PCBs, de cafeína, mudanças climáticas
globais, entre outros.
São 647 páginas.
Pode ser adquirido pelo site www.cnpma.embrapa.br
Cristina Tordin