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ASSENTAMENTOS PERNAMBUCANOS RECEBEM LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

09/05/2008 O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Médio São Francisco/PE recebeu até o final do mês de abril o licenciamento ambiental de 40 Projetos de Assentamentos da reforma agrária de sua área de atuação, sendo 14 licenças de instalação e 26 prévias. Estas autorizam a criação dos assentamentos e, aquelas, a implantação do projeto e liberação dos créditos.

As licenças foram emitidas pela Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) em obediência à Resolução 289, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Para a obtenção do licenciamento ambiental, o Incra elaborou um relatório de cada assentamento e os enviou ao CPRH. De posse desses documentos, a Agência Estadual avaliou o pedido e um técnico foi deslocado até as áreas para checar as informações, quando elaborou o parecer técnico que permitiu a emissão das licenças.

Cada relatório enviado contém: o laudo de vistorias de sua criação, que descreve a vegetação e o relevo da área; mapas descritivos do local, com a especificação da reserva legal, que deve corresponder a 20% da área total do assentamento; e o documento de anuência da Prefeitura, declarando que não há nenhuma restrição quanto ao uso da terra.

De acordo com a asseguradora ambiental do Incra, Andréa Cruz, a importância destas licenças ambientais vai além da liberação dos créditos e do cumprimento da legislação. “Além de permitir a criação dos assentamentos e a liberação dos créditos para estas famílias, vai favorecer o planejamento de ações que visem ao desenvolvimento sustentável dos assentamentos”, afirmou.

Planejamento das ações

Para o presidente da associação do assentamento São Paulo, Quirino Rodrigues, a comunidade está muito feliz com a preparação para o recebimento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que vai fomentar a produção do assentamento. “Nós já estamos produzindo desde o recebimento do Crédito Fomento. Compramos alguns animais de pequeno porte (cabra, ovelha e galinha) e investimos nas roças de subsistência como feijão, milho, mandioca e melancia, mas agora com o Pronaf A vamos poder ampliar a nossa área plantada e comercializar a produção”.

O Projeto de Assentamento São Paulo foi criado em novembro de 2003, em uma área de mais de 352 hectares, no município de Petrolina (PE). Vinte famílias de agricultores foram beneficiadas com um lote de 8 hectares, dos quais dois são de área irrigada para a fruticultura e seis para a criação de ovelha de corte e caprino de leite.

A comunidade possui 71 hectares de Caatinga nativa preservada, que compõem a reserva legal. Segundo Quirino Rodrigues, os agricultores não só preservam como, também, cuidam da mata nativa, impedindo a passagem dos animais que tentam pastar na área.

Legislação relacionada

O licenciamento ambiental de projetos agrícolas, incluindo os Projetos de Assentamentos da reforma agrária, estão previstos na Resolução 289, de 25 de outubro de 2001, que estabelece diretrizes específicas para esse tipo de licenciamento; e na Resolução 387, de 27 de dezembro de 2006, que estabelece o procedimento para o licenciamento ambiental.

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Beneficiamento de castanha protege biodiversidade em MT

07/05/2008 Uma etapa do Projeto de Recuperação e Conservação de Recursos Naturais do Projeto de Assentamento (PA) Vale do Amanhecer, no município de Juruena (MT) foi concluída este mês com a inauguração de uma unidade de beneficiamento de castanha-do-brasil. Com capacidade para beneficiar até 50 toneladas/mês, a unidade é parte do projeto de proteção dos castanhais da região e de áreas situadas no corredor de biodiversidade da margem esquerda do rio Juruena, que passa ao lado das reservas legais de assentamentos e terras indígenas.

A maior parte da matéria-prima será coletada nos 7.200 hectares da reserva legal do assentamento. Outra parte será fornecida pelos PAs Juruena e Nova Cotriguaçu, por indígenas da etnia Rikbaktsa, por coletadores de castanha da Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt e por fazendas próximas.

O PA Vale do Amanhecer, criado em dezembro de 1998, ocupa uma área de 14.500 hectares, com capacidade para assentar até 250 famílias. Em 2008, a unidade deve beneficiar cerca de 180 toneladas de castanha-do-Brasil porque o período da safra, de janeiro a maio, já está se encerrando.

A construção da unidade é uma iniciativa da Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (Aderjur), com apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que destinou R$ 112 mil para o projeto. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) disponibilizou recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

Licenciamento ambiental

O projeto também é importante para o licenciamento ambiental do assentamento junto à Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o que permitirá a titulação definitiva dos lotes pelo Incra. “Os parceleiros têm por obrigação fazer a recomposição das suas áreas para que futuramente recebam o título da sua terra. Quem tem lote com área degradada vai ter muita dificuldade de comercializar seus produtos daqui pra frente, porque, se não estiver cumprindo com a legislação ambiental, não conseguirá nem crédito”, alerta a chefe do Serviço de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Incra, Rozimeiry Gomes Bezerra.

Integrante da equipe da Aderjur, Edgar Alves da Costa Júnior destaca que unidade de beneficiamento de castanha-do-brasil vai gerar emprego e renda para a comunidade. Costa Júnior afirma que a entrada em operação da unidade reforça o processo de adequação ambiental do PA Vale do Amanhecer, pois, a partir de agora, será possível implementar a etapa de melhor aproveitamento do que existe no lote, com a recuperação de áreas degradadas e proteção dos recursos naturais com a implantação de sistemas agroflorestais.

“Com a diversidade de produtos, geramos segurança alimentar para a nossa mesa e retorno econômico para as famílias do assentamento”, afirma Costa Júnior. “A idéia é que o agricultor que está assentado melhore de vida com o recurso que existe aqui, sem destruir o recurso que existe no assentamento”, reforça a engenheira agrônoma do Incra Lucila Nunes de Vargas, que destaca a importância de os assentados manejarem a floresta e industrializarem a produção.

Recomposição

Como parte da primeira etapa Projeto de Recuperação e Conservação de Recursos Naturais no PA Vale do Amanhecer também foram instaladas placas de identificação da reserva legal comunitária do assentamento e, com cercas, isoladas áreas e obstruídos acessos à reserva utilizados por carreadores.

O projeto também prevê a recomposição de áreas de preservação permanente por meio de reflorestamento, de conservação da regeneração natural e plantios de enriquecimento e a implementação de sistemas agroflorestais nas áreas alteradas e degradadas. As mudas serão fornecidas por um viveiro construído no PA. A meta é produzir pelo menos 300 mil mudas, mas a previsão é de que a produção chegue a 500 mil. “A idéia é que se plantem espécies que vão dar um retorno econômico para o agricultor”, explica a engenheira agrônoma Lucila Nunes de Vargas.

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SC inicia projeto de recuperação ambiental em assentamentos

05/05/2008 A Superintendência Regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Santa Catarina inicia nesta terça-feira (06) um projeto de educação e recuperação ambiental nos assentamentos localizados no município de Passos Maia. Trata-se de um projeto-piloto que será levado aos outros assentamentos e que atende ao processo de licenciamento ambiental das áreas destinadas à reforma agrária no estado. Nessa etapa serão atendidos os 14 assentamentos do município, beneficiando 431 famílias de agricultores assentados. Para a execução do projeto o Incra/SC está investindo R$ 287 mil.

O projeto desenvolvido em Passos Maia será dividido em duas partes: educação ambiental e recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs). O trabalho de educação, aberto a todas as famílias assentadas, é composto por quatro oficinas, ministradas por especialistas, que abordarão temas relacionados à questão ambiental. A partir de agosto começa a etapa de recuperação das APPs dos 14 assentamentos. No total serão reflorestados 98 hectares, com o plantio de mais de 160 mil mudas de espécies nativas, como araucária, cerejeira, pitangueira, cedro e angico.

O projeto faz parte do licenciamento ambiental dos assentamentos catarinenses. Os assentamentos atendidos nesta etapa já obtiveram a Licença Ambiental de Operação (LAO), com a recomendação da Fatma, órgão ambiental do estado, de que fossem realizadas ações mitigadoras e de recuperação.

“Estamos iniciando um processo que visa mudar a realidade dos assentamentos de Santa Catarina, principalmente com a recuperação de um passivo ambiental que já existia antes mesmo da desapropriação dessas áreas para a reforma agrária”, ressalta o superintendente do Incra/SC, João Paulo Strapazzon. No total já estão licenciados 68 assentamentos catarinenses. A meta é chegar a 100% até o final do ano.

 
 

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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