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EMPRESAS TERÃO METODOLOGIA INTERNACIONAL PARA MEDIR GASES DO EFEITO ESTUFA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Maio de 2008

09/05/2008 - Suelene Gusmão - As empresas brasileiras podem contar a partir de agora com uma metodologia internacional de cálculo para compreender, quantificar e controlar as emissões de gases de efeito estufa. Trata-se do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol) que estará à disposição das empresas interessadas a partir do lançamento do Programa Brasileiro de Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa. O programa, que será lançado nesta segunda-feira (12), às 9h, na sede do Ibama, é desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), com o World Resources Institute (WRI), com o World Business Council for Sustainable Development (WBCSD) e com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS).

O Programa Brasileiro GHG Protocol tem como principal objetivo desenvolver a capacidade técnica e institucional das empresas para auxiliar no gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa, combatendo desta forma o aquecimento global. Sua utilização contribui para o desenvolvimento de ações de marketing socioambiental e vem sendo usado no Brasil por empresas como Petrobras, Natura, Bradesco e Votorantim. Programas semelhantes são desenvolvidos em países como Índia, China, México e Filipinas. As empresas que aderirem à iniciativa receberão treinamento sobre a aplicação da metodologia e elaboração de inventários que devem ser publicados ao final do projeto.

De acordo com a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Thelma Krug, o Programa GHG Protocol tem o apoio do MMA por se tratar de uma opção para empresas e instituições públicas, para a elaboração voluntária de seus inventários de gases de efeito estufa, incluindo orientação técnica e assegurando a abrangência adequada para a estimativa de emissões e remoções destes gases, de forma completa, consistente e transparente. Segundo ela, "o Programa prevê opções para o gerenciamento adequado das informações contidas nos inventários, permitindo que seus usuários implementem ações e medidas para reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa".

As empresas que aderiram à iniciativa e são membros fundadores do Programa Brasileiro GHG Protocol são as seguintes: Anglo American, Banco do Brasil, o Boticário, Camargo Correa, Copel, Natura, Nova Petroquímica, Sadia e Wal-Mart.

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III CNMA realiza plenária final neste sábado

09/05/2008 - Gisele Teixeira - A III Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), iniciada na quarta-feira, realiza neste sábado (10) sua plenária final. Durante o dia de hoje, os delegados se dividiram em 16 grupos de trabalho, por temas, para discutir as propostas recebidas de todo o Brasil. De acordo com o coordenador-geral da III CNMA e diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Ivo Batista, os grupos de Florestas e Cidadania Ambiental foram os mais concorridos, junto com o grupo de Educação Ambiental, que precisou ser dividido em três devido ao grande número de participantes.

"A Conferência aprovou o regulamento proposto pela Comissão Organizadora Nacional e os grupos de trabalho transcorreram da forma mais harmoniosa possível", avaliou Pedro Ivo, acrescentando que os debates foram de alto nível e a maioria das emendas propostas foram aprovadas de forma consensual. As 5.132 propostas oriundas de todo o Brasil foram compiladas para facilitar as discussões. As contribuições foram colhidas em 751 conferências municipais e estaduais que envolveram mais de 100 mil pessoas desde o final de 2007.

Exatamente pela abrangência da discussão, o encontro está sendo marcado pela diversidade de temas trazidos pelos delegados. Do Rio Grande do Sul, Sérgio Reis, da Rede Bioma Pampa, trouxe para a conferência a preocupação com a chegada de três grandes empresas de celulose no estado. Segundo ele, "é preciso levar em consideração os diversos estudos técnicos que apontam os impactos que serão gerados pela plantação de eucaliptos e da acácia negra". Apesar de ser um tema local, ele faz questão de destacar o assunto no debate nacional.

Já o representante dos povos indígenas da Mata de Brito, no Tocantins, Sewre Xerente, ressalta que a inclusão dos indígenas no debate é fundamental. "Não podemos discutir as florestas, as matas, os rios, sem discutir nossas questões locais. Somos natos em preservação do meio ambiente", afirma. Sewre defende o aumento no percentual de representatividade dos povos indígenas, que nesta edição, garantiu que 5% do total de vagas da sociedade civil fosse destinado aos povos indígenas.

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Marina Silva recebe convidados internacionais para encontro informal

09/05/2008 - Grace Perpetuo - Como parte da programação da III Conferência Nacional do Meio Ambiente, a ministra Marina Silva recebeu nesta sexta-feira (9) um grupo de 54 observadores internacionais para um encontro informal no Hotel Grand Bittar, em Brasília. Os observadores participam da conferência para levar a seus países - além de avanços sobre os temas ambientais em debate - algo da experiência brasileira na condução desse que está sendo considerado, por muitos, um exemplo único de processo de gestão democrática e participativa.

O Ministério do Meio Ambiente foi representado no evento também pelo secretário de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Hamilton Pereira; pelo diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental, Pedro Ivo Batista; pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Egon Krakhecke; e pelo assessor de Assuntos Internacionais, Fernando Lyrio.

Ao agradecer a presença dos delegados internacionais representantes da academia, dos governos e da sociedade civil de diversos países - na III CNMA, a ministra reiterou a importância do rápido encontro, ainda que informal. "Ter esse espaço de interação, poder falar um pouco da política ambiental do Brasil, é algo que nos apraz muito - porque é a oportunidade de iniciarmos conversas que poderão ser desdobradas depois, em interações futuras de nossa relação bilateral", disse.

Marina Silva lembrou a enorme responsabilidade ambiental do Brasil na América Latina e no mundo. "Somos responsáveis por 11% da água doce disponível no mundo e 20% das espécies vivas do Planeta; temos a maior floresta tropical do mundo e a maior diversidade cultural, sem sombra de dúvida: no Brasil ainda temos 220 povos que falam mais de 200 línguas, e esses conhecimentos tradicionais associados aos recursos naturais se constituem em uma grande riqueza para nós."

A ministra explicou aos convidados internacionais as quatro diretrizes da política ambiental brasileira: controle e participação social, que dizem respeito à própria CNMA ("os governos não podem ignorar a sociedade nos processos de tomada de decisão"); o desenvolvimento sustentável ("para países em desenvolvimento e países desenvolvidos, não há como enfrentar a necessidade de proteger os recursos naturais sem compreender as equações 'desenvolvimento com proteção ambiental' e 'proteção ambiental com desenvolvimento'"); fortalecimento do Sistema Nacional de Meio Ambiente ("nossa legislação ambiental talvez esteja entre as melhores do mundo, todavia há um baixo índice de implementação"); e transversalidade.

Marina Silva falou também sobre mudanças climáticas e biodiversidade; sobre as muitas ações do ministério no combate ao desmatamento; sobre a criação de Unidades de Conservação e a homologação de terras indígenas pelo governo brasileiro; e sobre os planos de realização da Conferência Internacional Infanto-Juvenil do Meio Ambiente, em 2010. Por fim, respondeu a perguntas dos delegados.

Entre os convidados internacionais presentes ao encontro estavam a secretária nacional de meio ambiente da Argentina, Romina Picolotti, e a diretora de Cooperação Internacional da Central dos Trabalhadores (CTA) daquele país, Norma Díaz; a coordenadora do programa Gênero, Identidade e Trabalho da Fundación Sólon/Movimiento Boliviano em Defensa del Agua, Elizabeth Peredo, da Bolívia; o diretor do Centro de Estudos sobre Brasil da Universidade de Québec, em Montreal, Gaetan Trembley, do Canadá; o senador Guido Girardi, do Chile; o senador Jean Desessard, do Partido Verde da França; a diretora do Centro de Desenvolvimento Local e Comunitário do Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente de Cuba, Ada Guzón; e o secretário-nacional da Campanha Global contra Mudanças Climáticas do Reino Unido, Jonathan Neale.

 
 

Fonte: Ministério da Ciência e Tecnologia
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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