Paula
Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Elza Fiúza/ABr
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, dá entrevista a emissoras de rádio
no estúdio da Rádio Nacional
Brasília - A ministra do
Meio Ambiente, Marina Silva, considerou “lamentável”
a absolvição do fazendeiro Vitalmiro
Bastos Moura, o Bida, acusado de ser mandante do
assassinato da missionária norte-americana
Dorothy Stang, ocorrido no município de Anapu
(PA), em fevereiro de 2005.
“É lamentável. O
Brasil fica estarrecido com a decisão. No
país, poucos mandantes foram punidos e temos
que ter uma Justiça que seja capaz de punir
tanto aquele que executa o crime como o que manda
e contrata, porque são esses que patrocinam,
principalmente na Amazônia e no estado do
Pará, milhares de assassinados”, avaliou.
Por cinco votos a dois, Bida foi
absolvido na última terça-feira (6),
em novo julgamento na 2ª Vara do Júri
de Belém (PA). No primeiro, o fazendeiro
havia sido condenado a 30 anos de prisão.
Marina destacou que a absolvição
do fazendeiro desfavorece a imagem do país,
“na medida em que não somos capazes de cumprir
processos de Justiça”.
“Justiça não é
vingança, é um resgate do criminoso,
para que ele pague o crime que cometeu. O que aconteceu
com a decisão do Tribunal do Júri
é que quem cometeu o crime, mandando assassinar
a irmã Dorothy, foi privado do que seria
sua maior conquista: resgatar a si mesmo.”
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Brasil pode produzir biocombustível
sem comprometer segurança alimentar, diz
Marina
9 de Maio de 2008 - 15h41 - Última
modificação em 9 de Maio de 2008 -
15h41
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, disse hoje (9) que as energias renováveis
representam a saída para a “confusão
climática” enfrentada pelo planeta e defendeu
a produção de biocombustíveis
no Brasil.
“O Brasil pode ter uma produção
de biocombustível sem comprometer a segurança
alimentar e o meio ambiente”, afirmou a ministra,
em entrevista a emissoras de rádio no estúdio
da Empresa Brasil de Comunicação (EBC),
em Brasília.
Marina Silva disse que, com a
produção de biocombustíveis,
sobretudo do etanol, o Brasil pode oferecer uma
“contribuição” aos países.
“O Brasil possui uma grande quantidade de terra
fértil – mais de 300 milhões de hectares
de área agricultável e mais de 50
milhões de hectares de áreas de repouso.
Todo o nosso esforço de mais de 30 anos nos
dá oportunidade de contribuir.”
Segundo ela, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
já faz um zoneamento agrícola do país
para que se delimitem as áreas consideradas
de risco, as áreas em que pode haver produção
e as áreas onde pode haver plantações.
No caso da Amazônia brasileira,
ressaltou Marina, a decisão do governo federal
é proibir o plantio da cana-de-açúcar
para a produção de etanol.
“Para os biocombustíveis
se constituírem em uma alternativa neste
momento, terá que ser com sustentabilidade
ambiental e social, com produção com
respeito à reserva legal, com respeito aos
ecossistemas, observando a capacidade de suporte
deles e observando a capacidade de suporte no que
concerne a segurança alimentar”, concluiu
a ministra.